Quebrando regras

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Kauã narrando- uma doença que faz a pessoa gostar de quem faz mal para ela? Foi isso aí que a Elisa falou, pra quem entende, meia palavra é frase, eu tô ligado que essa porra dessa doença existe. A porra da maldade que eu fiz foi amar demais e depois tive medo de perder pra sempre.

Amava a Elisa em silêncio guardava pra mim, tentando sufocar a porra de um sentimento, tentando substituir com outros amores, com outros beijos, com outros corpos e nada resolvia.

Tive medo de perder, quando o Lucas foi lá e em pouco tempo, teve o que eu tanto queria, o amor que eu tanto sonhei pra mim, fui um otário, de chantagear, de obrigar ela a ficar do meu lado, essa porra dessa culpa eu vou carregar, eu sei que vou! Mas jamais tocaria nela pra machucar e quem vier pra machucar ela vai ter que bater de frente comigo.

Fiquei bolado com a parada que a Elisa me falou, más segurei minha onda, ela tá mal, viu a mãe toda fodida. Não foi eu que mandei torturar aquela desgraçada, eu não tenho pressa pra fazer com  a Bella tudo o que eu quero fazer, ela vai pagar muito caro, e não tem ninguém no mundo que me impeça de fazer minha cobrança. 

Ai quem bate esquece quem apanha nao esqueçe não mano,enquanto eu coloquei o meu na reta para livrar o dela e o do Fábio , ela olhou na minha cara, e disse que eu tinha roubado a boca e tinha caguetado o MB, ela sabia que eu ia morrer e manteve a palavra de mentira dela, forjou a morte, o filho dela foi lá no hospital terminar o serviço, não conseguiu, sequestrou a própria neta, veio aqui meter o louco para tomar o morro,  depois pegou a Duda ai de refém, se juntou com inimigo, pode passar mil anos, eu nunca vou esquecer o olhar dela, a voz dela dizendo que foi eu que fiz as paradas, não vou esquecer da cara dela de satisfação quando me viu enterrar o MB, quando me viu encuralado com a arma na cabeça, não vou esquecer da cena, ela descendo com a Melissa no colo, devolvendo para Elisa, como se não tivesse feito nada de errado,essa dona não merece perdão, porra nenhuma, e não vem com idéia que fez para defender o filho não, já pensou toda dona Maria que for defender o filho fizer o que ela fez?

Já vi muita mãe tirar da boca da família pra pagar divida de droga de filho, já vi umas se meter na frente do chumbo, já vi altas pegar o pouco que tinha e meter o pé levando o filho pra longe. A parada da Bella foi achar um culpado pra tudo, só não conseguiu enxergar que o maior erro sempre foi ela.

Ela tinha altos caminho pra seguir e foi pro errado porquê quis, continuou no errado sabendo onde tava, e que a estrada que ela tava indo junto com o Fábio não tinha curva e nem saída. Ela cresceu na porra do crime, sabe como termina a vida de quem trai o movimento, de quem trai a família, ela fez o que fez sabendo do final.

O Bagulho errado não foi ter deixado o moleque fazer o que ele queria, queria ver ele uma semana ai no movimento, tomando tapa na cara de policia, levando tiro de alemão, queria ser bandido tinha que ter deixado, mandado pra casa do caralho enfrentar guerrilha , em dois tempos ia querer virar padre, só fica na porra do crime, só sustenta essa vida quem não tem a opção de  sair dela. 

Acordei cedo, deixei os bagulho do café pronto, não comi, tô sem fome, vou descobrir quem foi o caralho que passou por cima do meu comando e torturou aquela filha da puta.

Liguei o Fumaça.

Fumaça- fala ai patrão!

Kauã- Bora fazer uma visitinha pra uma doente.

Fumaça- vai na cola da vadia? Será que ela não foi pro saco?

Kauã- foi porra nenhuma, se vaso ruim é difícil de quebrar, aquela ali pra morrer tem que ser um atropelo daquele jeito.

Fumaça- de rocha!

Entrei no carro com o Fumaça, e partiu hospital! Na recepção a moça sorrir pra mim,hô fia guarda esse sorrisinho, que eu só me importo com um.

Liberdade Condicional (cárcere 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora