Elisa narrando- me senti estranha quando vi a Lorena dando em cima do Kauã, estranho porque já vi ela com ele outras vezes e não senti tanta raiva dela como estou agora, fiquei com tanta raiva que me deu vontade de bater nela até ela aprender a respeitar homem casado.
Casado? Um casamento de mentira, uma vida de aparências, então porquê o ciúmes foi verdadeiro? Quando imaginei que ele poderia tá ficando com ela eu fiquei triste e com ódio ao mesmo tempo. Ele negar meu beijo também me deixou triste, ele fez tudo o que fez pra me rejeitar depois? más ele tem razão, eu ainda penso no Lucas, mesmo que doa tanto quando eu penso.
A minha relação com a minha mãe voltou a ter um buraco no meio, um buraco menor do que tinha antes, más ele tá ali no meio de nós duas, não sei se a reaproximação dela foi verdadeira ou se ela se sentiu tão culpada por encobrir o Fábio tantas vezes que fez ele chegar a um extremo que nem ela conseguiu aguentar, e tentou forçar uma barra que ela não conseguiu levar a diante.
Não tive a presença dela como mãe por muito tempo e acho que essa afinidade não nasce assim do nada,precisa ser reconstruida, fiquei triste por não pensar nela como a primeira pessoa que eu queria contar sobre o bebê, pensei que não agi como outras pessoas fariam, reunir a família e contar sobre a gravidez, só meu pai interessa nisso tudo, não imagino o Fábio ou a minha mãe tratando essa fase com a alegria que merece ter, não sei se estou certa, más me acostumei com isso, me acostumei a ter só pai.
E não é besteira isso, desde que eu vim morar aqui com o Kauã, ela não veio me ver, mal me liga, manda uma mensagem, ela tá bem o Fábio ta bem é isso que no fundo importa. As vezes me sinto uma idiota por ter aceitado ser refém do Kauã para proteger quem nunca me defendeu, muito pelo contrário, não exitaram em me acusar e me magoar por tantas vezes.
Acordei cedo e mesmo assim o Kauã já tinha acordado e feito café e tem um monte de frutas em cima da mesa. EU toda descabelada, vestida com uma blusa grande de time rasgada,com a cara inchada e ele ainda me olhou sorrindo.
Elisa- Bom dia!
Kauã- e aí ? De boa?
Elisa- tô parecendo um mano seu, más não sou não, pode falar comigo direito.
Olha eu cobrando um bom dia carinhoso.
Kauã- tá sensível é? Bom dia Elisa.
Elisa- pra quê esse tanto de frutas, nunca vi fruta nessa casa.
Kauã- o caroço de feijão precisa rangar direito né pô, se comer só essas besteira que tu come não vai dar bom.
Elisa- caroço de feijão é o rei dessa casa então?
Kaua- ou a princesa, larga esses bolo aí e come as frutas.
Elisa- você que manda chefe.
Kauã- que horas é a consulta?
Elisa- a tarde.
Kauã- vou dá um pulo no QG pra acertar uns bagulho e volto antes do almoço.
Elisa- tá bom!
Kauã- outra parada, a diretora da escola me parou na rua, quer saber se você não vai voltar pra escola.
Elisa- vou não.
Kauã- vai sim! Vai voltar pra escola, já tá acabando que ela falou, e você vai terminar.
Elisa- nossa parece até meu pai falando.
Kauã- quer virar exemplo ruim pro bebê? Vai falar o que? estuda meu filho que sua mãe desistiu. Quando sair do posto vou te levar na escola pra tu trocar ideia com a diretora .
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Liberdade Condicional (cárcere 2)
RomanceElisa é uma menina linda más que se acha feia e estranha, não se dá bem com a mãe, que sempre está a favor do irmão e contra ela, Elisa sente que não deveria ter nascido, se acha incapaz de despertar o amor de alguém, se acha inferior a todo mundo é...