Insanidade

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Kauã narrando- eu ainda tenho uma pá de marca pelo corpo, daquele maldito dia, más só um desgraçado é culpado por tudo o que rolou, o Fábio, posso tá ficando louco, curtindo lombra, más se tiver um por cento de chance dele está vivo eu vou descobrir e vou acabar com ele.

Fiz o bagulho certo, devolvi o morro pro MB, e tá de boa , melhor deixar o que rolou no passado, o cara já pagou como tinha que pagar, cada um teve o que mereceu nessa parada toda, só não troquei ideia ainda com o Lucas, é que nós tem um bagulho pesado, que envolve a Elisa e a corocinho , sempre que ele chega perto eu saio fora, ele já se ligou e não força barra, é melhor assim.

Sou inseguro cabuloso com essa parada, sei lá , parece que eu tô no meio, atrapalhando, é foda pensar essas paradas, más é assim que eu me sinto.

Saí da boca e fui pra casa, passei pelo campinho de terra, a molecada tá jogando bola.

Kauã- para ai fumaça!

Ele parou o carro tirei a blusa, deixei o fuzil e a pistola dentro do carro e desci voado.

Fumaça- ixi vai ficar de bobeira no campo? desarmado, dando mole? 

Kauã- tú tá ai pra quê? relaxa mano é só uma partida.

a molecada já ficou doida quando me viu.

Kauã- próximo ai viu, valendo a coca.

Esperei o jogo que tava rolando acabar, e entrei pra jogar com os moleque, eles não alivia não, tomei um carrinho e fui parar no chão, meti dois gol, más meu time perdeu, passei um rádio pros cara trazer coca e lanche pros pivete, ficamos fazendo resenha no campo, nem vi a hora passar, levei maior susto quando vi a Elisa de braços cruzados me olhando, levantei voado, a pivetada toda riu, carai dei mole.

Elisa- que lindo eim Kauã, eu em casa toda preocupada e você aí jogando bola.

Kauã- nem vi a hora passar foi mal amor.

Elisa- custa ligar Kauã? me atender pelo menos, tá sem camisa, a torcida ali tá adorando a cena.

Ela apontou para um grupo de dona, que tela o movimento. Não tô acostumado com esses bagulho de alguém se preocupar comigo, então pra mim é de boa, tanto fazia eu chegar em casa ou não.

Kauã- vacilei, tenho que me acostumar com essa parada de avisar...

Elisa- agora você tem alguém que se preocupa e te espera, eu tenho medo, e quando você fica assim fora do ar já penso coisa ruim, não faz isso amor.

Kauã- desculpa meu amor.

Elisa- tá tudo bem, é tão lindo isso, você com as crianças da favela.

 Dei tchau para molecada e fui pra casa com a Elisa, estranhei a porta de casa aberta.

Kauã- você deixou a porta aberta?

Elisa- eu não lembro, más acho que fechei.

entrei em casa e fui direto para o quarto, não sei, é como se alguém tivesse entrado aqui, tó com um bagulho estranho, sentindo que alguém acabou de sair daqui, olhei em baixo da cama, por todos os cômodos da casa, sei não tá esquisito.

Elisa- tá procurando o quê?

Kauã- sei lá, parece que tinha alguém aqui dentro.

Elisa- você já tá indo longe demais, com essa idéia de achar que o Fábio tá vivo e atrás de você.

Não respondi, perguntei para os seguranças que não viram nada, más o Fábio é capaz de entrar e sair sem ser visto de qualquer lugar.

Elisa- para com isso kauã, tá parecendo loucura, e você tá me assustando.

Liberdade Condicional (cárcere 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora