Negócio de grego

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Bella narrando- Tentar comover o MB era a minha única saída, eu sei que ele é um cara bom, e que não vai deixar que o kauã mate o Fábio, não importa se ele mesmo tenha que morrer pra isso, eu sei que ele ainda me ama, eu vi no olho dele, eu vi que ele nunca me esqueceu, que apesar de tudo o sentimento dele por mim não mudou.

È um ponto pra mim, sei que a Duda é só um passa tempo que ele deve usar pra tentar substituir meu corpo.

Sei também eu deveria considerar os anos de amizade pela Ana, más não vou, ela não teve consideração comigo quando deixou a filha dela ficar com o MB, a filha que eu ajudei a cuidar, que andava na minha casa, amiga da Elisa, eu não vou levar nada e nem ninguém em consideração.

Mas alguma coisa ele sente por ela, ele me bateu para defender a piranha novinha quando eu xinguei ela, eu vou tirar ela do meu caminho, e vai ser a próxima coisa que eu vou fazer.

Com a mão sangrando eu voltei para o lado sul, o Kauã acha que vai ficar por isso? que esse tiro que ele deu na minha mão, não vai dar em nada? Se o Fábio não tivesse nas mãos dele eu já tinha feito o barão explodir o São Carlos inteiro, e foda-se quem morrer, morreu.

Chamei uma mulher que trabalha no hospital para fazer um curativo na minha mão, ainda bem que o Barão não tá aqui, más vou ter que explicar esse tiro, se eu falar que foi o Kauã ele vai invadir o lado norte, e isso vai acabar dando ruim para o Fábio, se eu falar que o MB me bateu então, ele vai revirar esse morro, o Barão tá mais forte do que qualquer morro desse Rio de janeiro, forte para conseguir o que quer, o MB não teria chance nenhuma de levar a melhor.

Tomei banho para tirar o sangue do corpo, falei para o meu segurança ficar de bico fechado se não eu mesmo mato ele.

Ascendi um cigarro, vestida de calcinha e sutiã, tomei uma dose de vodica e fiquei na janela olhando para o lado norte, tenho que fazer uma visita para a novinha talarica. O barão chegou.

Barão- tava aonde minha rainha?

Bella- no lado norte.

Barão- você tá doida porra? você tá carregando meu herdeiro.

Bella- e o meu herdeiro tá la nas mãos deles, e você não tá fazendo nada.

Barão- eu tô fazendo caralho, eu tô montando uma tropa pra resgatar o pivete, más se você ficar agindo nas minhas costas não vai dar bom.

Ele puxou o cigarro da minha boca, e jogou o copo de vodica pela janela que quebrou.

Bella- o que foi? tá nervoso? porquê?

ele colocou a mão no meu pescoço e fechou devagar, beijou meu rosto.

Barão- não brinca comigo, eu não nasci pra ser corno, não engulo trairagem, eu te mato!

Bella- eu não tô traindo você, tá maluco?

Barão- foi atrás do MB, quis falar sozinha com ele, queria dar pra ele ?

Bella- como você sabe?

Barão- eu não sou o otário do MB, não vacila comigo caralho.

Bella- eu fui salvar o meu filho.

Barão- salvou? não né? tomou tiro.

Bella- eu não amo o MB, eu não ligo pra ele, eu amo você, já provei isso e não vou ficar engolindo seu terror, tá desconfiado? tá de paranoia? se adianta, você não é obrigado a ficar comigo e eu não vou deitar pra você, pode cantar de chefe com seus soldados.

Ele me olhou com a cara fechada.

Barão- eu não perdoo tá ligada? não vou te aliviar se eu souber de uma parada errada sua, eu vou te enjaular até o meu filho nascer e quando ele nascer a mãe dele vai morrer no parto, então eu vou cantar de chefe aqui também, porquê eu sou chefe, eu não vou me adiantar, nós dois só tem um fim e você sabe qual é!

Liberdade Condicional (cárcere 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora