Mãe

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Elisa narrando- eu não sei o que fazer para convencer o Kauã a me deixar ver a minha mãe, eu só sei que eu preciso ver ela, agora nada importa, nada do que ela fez importa, eu só preciso ver ela, é uma sensação angustiante, que não me deixa pensar em outra coisa, que não me deixa respirar direito, eu só preciso ver ela e pronto.

Elisa- amor por favor, me deixa ver ela, por favor, pelo amor de Deus, me deixa ver a minha mãe! Eu preciso ver ela, e não quero fazer isso de outro jeito, eu vou entrar na penitenciária e vou ver minha mãe com a sua ajudar vai ser melhor, então por favor me ajuda e deixa eu ver ela.

Kauã- porquê isso agora Elisa?

Elisa- eu não sei explicar, eu só preciso ver ela!

Kauã- tá bom, se é isso que você quer ,eu vou dar um jeito de fazer você entrar lá dentro, e ver a sua mãe.

Ele ficou com raiva, eu sei que ficou, más depois eu resolvo isso com ele, agora tudo o que eu preciso é ver a minha mãe. Enxuguei as lágrimas, o Kauã saiu para falar com alguém no telefone, tomei banho, me arrumei, dei mamar para a Mel.

Kauã- o Fumaça vai te levar, tem certeza que é isso que você quer? ver a mulher que mentiu pra você, que sequestrou sua filha, que matou seu irmão, que quase destruiu a nossa vida?

Elisa- eu não sei como explicar o que eu tô sentindo agora, más é parecido com o sentimento que eu senti quando vi você, quase morrer na minha frente.

Kauã- tenho medo do que ela pode ser capaz de fazer com você, se ela machucar você amor?

Elisa- ela não vai fazer nada comigo, eu prometo! Eu juro!

Kauã- eu faço tudo por você, faço tudo pra ver você feliz! 

Elisa- eu te amo! obrigada por fazer isso por mim, eu não vou levar a Mel.

Acho que ele nunca ia permitir isso, e também não passou pela cabeça.

Kauã- eu cuido dela, se cuida vida,eu ainda acho uma loucura você querer fazer isso, más sei também que ninguém vai tirar isso da sua cabeça.

Beijei ele, eu sei que ele tá se corroendo por dentro, com tanta raiva que cerra os dentes, ele não quer que eu vá, e eu não sei se estou fazendo a coisa certa.

Entrei no carro com o fumaça. Olhando a paisagem pela janela do carro, eu fui pensando, o que eu vou dizer quando ver a minha mãe, o que eu vou fazer quando tiver de frente para a mulher que me causou tanta dor.

Cheguei na entrada do presidio, dei o nome do cara que o Kauã falou para eu procurar. Entreguei meu documento, ele fez meu cadastro, passei na revista, por sorte hoje é dia de visita, depois de um tempão eu consegui entrar.

Fiquei olhando o pátio repleto de mulheres recebendo seus familiares, e não vi a minha mãe, sai andando procurando ela e nada, me aproximei de um agente para perguntar.

Elisa- licença, a minha mãe, não está no pátio, pode me dizer se ela está na cela?

XXX- qual o nome da sua mãe?

Elisa- Isabella Mendonça.

XXX- Bella, a detenta que matou o filho?

Elisa- ela mesmo.

Minha mãe jamais mataria o Fábio por querer, ela pode ter cometido os piores erros desse mundo más jamais tiraria a vida de um filho, eu sei que não fosse o Fábio, seria o meu pai.

XXX- vou ver se ela está na cela.

A agente saiu, e voltou sem a minha mãe.

Elisa- e então? onde ela está?

Liberdade Condicional (cárcere 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora