Capítulo 11

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Dominic


No dia de sábado à noite, como combinado, fomos os dois (Sam e eu) ao clube. Estava lá um alvoroço de homens e mulheres elegantes, em um ambiente adornado de muito requinte, sem falsa modéstia, onde eu gostava de estar.

Estávamos sentados nas banquetas, com os braços debruçados no balcão do bar, ambos com copos de um bom conhaque em mãos. Não foram necessárias muitas horas para o entusiasmo do amigo aparecer.

— Veja lá! Que belíssima moça! Ela levantou o olhar para você. Essa e muitas outras, devo lhe dizer.

Olhei na direção da qual ele apontava; era uma moça apurada, de boas feições, mas que não prendeu a minha atenção.

— O que há contigo, Dominic? Sei que és difícil de se contentar, mas tu hás de convir que...

— Minha cabeça está voltada para aquela mulher de cabelos castanhos e pele rosada. Já estou ficando louco. Preciso tê-la embaixo de mim.

Havia me convencido do óbvio: minha fascinação pela desconhecida se tratava de um caso sexual. Holmes suspirou derrotado e nada falou. Eu o olhei brevemente e disse:

— Decerto, é um caso perdido, disso eu sei. Como chegarei a ter qualquer coisa com ela, sem ser visto? Nem lhe falar posso eu. O que diriam se me vissem a conversar com uma dessa gente? De tantas moças... justo essa?!

Ri sem humor. Achava-me com pouca sorte por cair nos encantos daquela mulher.

— Vou ajudá-lo, meu amigo. A primeira coisa a ser feita é buscar saber de quem se trata a moça; ela deve ter alguma amizade. Vou descobrir, no teu lugar, para poupá-lo.

Minha surpresa foi tamanha, pela sua presteza, que eu o olhei espantado.

— Você faria isso por mim?!

— Por que não fazê-lo? Somos amigos, irmãos.

Disse isto e ergueu o copo, tilintando-o em um brinde.  

Impossível Para MimOnde histórias criam vida. Descubra agora