Dominic
Vendo-a entrar na sala de banho, fiz o mesmo no quarto ao lado. Um tempo depois, de volta ao meu quarto, Elisa ainda estava no banho. Demasiadamente nervoso, agora que estávamos sozinhos, eu não sabia muito bem como eu iria proceder. Deitei-me logo na cama, esperando-a sair. Quinze minutos mais tarde, quando isso aconteceu, recebi um imenso choque e o ar quase me faltou.
Elisa vestia uma camisola cor de rosa que, apesar de comportada, exibia as suas curvas com uma fidelidade enlouquecedora; mas o que me abalou mesmo foi o busto que se insinuava de uma forma atordoante pelo colo descoberto.
Aquela visão foi, para mim, esmagadora, e comecei a sentir despertar em meu corpo o desejo que eu tanto controlava.
Elisa, alarmada com o meu olhar predatório em sua direção, tentou escapar do quarto e, como me forçavam as circunstâncias, impensadamente, prometi-lhe que eu não lhe chegaria muito perto. Digo, impensadamente, pois não medi muito bem a tempestade que iria pairar sobre a minha cabeça.
Me ignorando completamente, Elisa deitou-se bem distante de mim. Agitado como eu estava por tê-la ali, senti, em poucos minutos, a temperatura do meu corpo subir. Querendo-a com tamanha força e paixão, lutei por algumas horas contra o desejo quase irresistível de me aproximar; entretanto, subitamente, compreendi que meu corpo não responderia por muito tempo aos constantes esforços que eu fazia para o dominar e, antevendo o que poderia acontecer, em um rompante, arremessei-me depressa para fora da cama.
Depois, já mais calmo, fiquei sentado no sofá da sala, apoiando a cabeça nas mãos, quando, de súbito, e não muito longe de onde eu estava, ouvi o choro do meu filho.
Em um instante, entrei no quarto do bebê e, devagar, levantei-o do berço. Tendo me certificado de que Benjamim não precisava de cuidados, e não querendo que, pela proximidade dos quartos, o seu choro acordasse sua mãe, resolvi voltar para a sala.
Prestando-lhe uma cuidadosa atenção enquanto andava com ele, eu lhe falava baixinho para o acalmar, e, assim, consegui que Benjamim voltasse a dormir.
Passados alguns minutos, percebi, então, que Elisa estava parada no meio da sala fitando-me com um olhar espantado e aflito ao mesmo tempo.
Tive de lhe explicar o que havia acontecido. Elisa me pediu que lhe entregasse Benjamim. Entreguei-o e, antes que eu pudesse lhe falar mais alguma coisa, ela começou a caminhar, dirigindo-se para o corredor, e eu a segui.
Permaneci perto da porta enquanto via Elisa deitar Benjamim no berço. Com o movimento que fez ao se agachar, sua camisola levantou, tirando-me a respiração e tornando as coisas muito difíceis para mim.
A medida que eu a olhava, com seu corpo curvado, meu sangue latejava e um suor frio me escorria pela testa; um desejo irrefreável de tocá-la me consumiu e, como sinal da perda do meu controle, pus-me por trás dela.
Elisa ergueu a grade do berço e se virou, encontrando-me. Rápido me inclinei, pondo minhas mãos no berço. Seus olhos temerosos me proibiram de avançar, sendo assim, eu deveria ter me afastado, mas a sede de tê-la foi maior e eu já não conseguia parar.
Sem lhe dar tempo de qualquer reação e com toda tenacidade de que eu era capaz, pus minha mão em sua nuca, enterrando os meus dedos em seu longo cabelo e, quase de uma maneira selvagem, segurei-a com o braço, trazendo-a para mim.
Famintos, os meus lábios apoderaram-se depressa dos seus. Elisa relutou, mas, depois, entregou-me sua boca. O beijo longo, violento e cheio de ardor deixou todo o meu corpo em chamas. Repentinamente, e me surpreendendo, ela pôs-se nas pontas dos pés e, em um impacto aferrado, lançou seus braços ao redor do meu pescoço, puxando-me com maior vigor para junto dela.
Agarrando-a ainda mais contra mim, se é que isso fosse possível, meus lábios se afastaram de sua boca, deslizando pelo seu pescoço, beijando com cadência toda a sua pele. Seus olhos estavam fechados e eu ouvia a sua respiração pesada.
Sem parar de lhe beijar, abaixei uma das alças de sua camisola, deixando um dos seus seios exposto. Elisa, parecendo voltar a si, protegeu rapidamente o seu seio com uma das mãos e, com a outra, espalmou o meu peito, me fazendo parar.
— Dominic, o que estás fazendo? Pare...
Sussurrou, puxando a alça da camisola para cima.
— Seja minha Elisa, eu a quero tanto... estou enlouquecendo.
Com o coração palpitando fortemente no peito, meus lábios tomaram outra vez sua boca, beijando-a com uma calma que eu estava longe de sentir, e, depois, de uma maneira tão intensa que a fez segurar-se em mim.
— Dominic, pare de me beijar, eu não te dei esse direito.
Retrucou, de repente, tentando desviar-se dos meus braços que ainda a detinham.
Eu ficava fascinado, pois, se ela tinha os direitos dela, eu também tinha os meus. Encarei-a.
— Retribuíste o meu beijo, Elisa; poderias muito bem ter me afastado, mas não o fizeste.
Aqui seus olhos tornaram-se inquietos e ela não soube o que dizer.
— Além disso, com um incidente desta natureza, posso quase jurar que estavas louca de vontade de me beijar.
Sorrindo, notei que a tinha chocado.
— O quê?! Estás louco! Realmente, não sei aonde vais buscar tanta confiança. Sabe tu, Dominic, que estás muito enganado.
— Será que estou mesmo enganado, Elisa?
Em segundos, ela me encarava... pálpebras semicerradas, testa franzida e, claro, com raiva.
Elisa, sem nada dizer, empurrou o meu peito, tentando livrar-se dos meus braços; não a soltei logo.
— Largue-me já, Dominic!
Rindo, acatei a sua ordem, vendo-a sair correndo do quarto.
Fiquei ali encostado a uma parede, repassando na mente o que havia acontecido. Estava feliz e absolutamente convencido de que Elisa não seria imune a mim por muito tempo.
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Impossível Para Mim
Roman d'amourDominic Metherral sabe que seu único destino é assumir o império de sua família e está preparado para isso, só não contava que seu futuro perfeito seria ameaçado ao colocar seus olhos em Elisa Collier, uma bolsista da faculdade em que estuda, e é o...