Dominic
Acordei com um barulho estridente, intenso, capaz de estourar qualquer vidraça, e demorei alguns segundos para entender o que estava acontecendo.
Benjamim, ao meu lado, sacudia as suas pequenas pernas no ar e berrava com toda a força. No lugar onde estava Elisa, agora se via um amontoado de almofadas.
Quando ouvi o ruído de água, soube que Elisa estava tomando banho.
Levantei-me de imediato, pegando com cautela o pequeno e frágil corpo do bebê em meu colo, e pus-me depressa na direção da sala de banho. Uma batida na porta fez chamar a atenção de Elisa.
— O que queres Dominic? Não ouses entrar aqui! Espero que não sejas capaz...
Eu era ousado e capaz; no entanto, mesmo tentado, eu não faria uma coisa dessas.
— Elisa, o bebê está chorando; eu não sei bem o que fazer. Acredito que Benjamim está precisando de cuidados.
Reprimi o desespero na voz, tentando não parecer suplicante.
O silêncio de sua parte e o choro cada vez mais alto do meu filho deixaram-me agoniado.
— Elisa!
— Não há forma alguma de que eu saia agora. Tem uma bolsa com tudo de que precisas para trocar-lhe a fralda.
Me instruiu.
— Não posso fazer isso... nunca o fiz antes.
— Bem, farás agora. És tão inteligente... sempre à frente na astúcia; isso não te será um problema.
Não passou despercebido por mim a sua risadinha abafada.
Relançando meus olhos pelo cômodo, encontrei sobre a poltrona a bolsa que Elisa mencionara. Ainda trêmulo, a busquei.
Sentindo a minha testa franzir e os meus olhos se arregalarem, deitei Benjamim com cuidado na superfície da cama.
— Certo garotão... isso não pode ser tão difícil.
Céus! Uma fralda suja... a quem eu estava enganando?
Como a maioria dos homens (acredito), eu só tinha uma vaga noção de como se cuidava de um bebê; me interessava mais pelo princípio, com o ato de fazê-lo, do que com o que viria depois.
Abri a bolsa, pegando dali a única coisa que me era familiar: a fralda.
Depois de muito suar, consegui retirar uma parte das roupas miúdas do bebê; fiz o mesmo com a fralda suja, pensando, a todo momento, quanta coragem se tinha de ter para estar fazendo aquilo.
Nesse meio-tempo, enquanto esticava a mão para apanhar a fralda nova, repentinamente, um jato amarelo e quente voou no meu peito, molhando a camisa que eu estava vestindo.
Sem esperar, ouvi uma risada atrás de mim.
— Fizeste tudo errado!
Disse Elisa, parada na porta da sala de banho.
Vindo na minha direção, empurrou-me levemente para o lado e passou à minha frente, para mostrar-me como deveria ser feito. Instintivamente, dei um passo para trás.
— Bem, esta é uma habilidade que nasce com a prática. Primeiro, não se pode retirar a fralda por completo... coloque o paninho aqui; limpe com isto; tens de ser rápido para lhe pôr a outra fralda; assim... estás vendo?
— Sim, estou vendo.
Não era verdade: eu estava tenso, olhando-a em um grande choque, pois, o modo como Elisa saiu, enrolada em uma toalha... e, quando ela se curvava para cuidar do bebê, deixando parte de suas coxas amostra... e o seu quadril avantajado mais evidente... aquela visão tentadora do seu corpo voluptuoso golpeou-me os sentidos; senti-me muito agitado ao vê-la assim como estava.
Fora de mim e tentando me salvar, não olhei mais para ela e, de súbito, me vi na banheira, imerso na água fria.
Depois do banho, encontrei-me mais calmo, e não os achei no quarto. Vestido com um terno bespoke, atravessei a casa, atraído pelo som da voz de Elisa e dos balbucios do meu filho.
— Ainda bem que chegaste.
Disse-me ela assim que entrei na cozinha.
— Sentiste a minha falta?
Era uma pergunta que, naturalmente, no que a mim me cabia, eu já sabia a resposta; no entanto, eu teria gostado se ela dissesse que sim.
— Como ligo isto? Estou há tanto tempo tentando... preciso ferver a água para o chá. Como se usa este fogão? Não entendo... um fósforo e um girar de botões já não seria o suficiente?
Continuou ela, como se não tivesse me ouvido.
Eu nunca havia chegado perto de um fogão, e a dúvida dela também era a minha, mas não pude desperdiçar a oportunidade de estar bem perto dela. Fingindo distração, fiquei ao seu lado, de modo a encostar o meu braço no seu, e me agachei também, ao ponto de deixarmos nossos rostos muito próximos um do outro.
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Impossível Para Mim
RomansaDominic Metherral sabe que seu único destino é assumir o império de sua família e está preparado para isso, só não contava que seu futuro perfeito seria ameaçado ao colocar seus olhos em Elisa Collier, uma bolsista da faculdade em que estuda, e é o...