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                      ❤️‍🔥 Manuela Camilo❤️‍🔥

Hoje eu vim sozinha para a pista de corrida.

Noah ia ter uma noite romântica com a namorada e o Miguel não ia querer vir comigo. Eu amo esse lugar e espero que ele  não cause problemas no relacionamento que eu ainda não tenho.

Bem que  o Miguel podia ter vindo aproveitar isso aqui e depois deixar eu me aproveitaria dele.

Já corri e agora estou sentada observando  as outras corridas. Eu estranhamente gosto daqui, acho que meu pai também gostaria daqui se frequentasse, ele com certeza seria do tipo que aposta.

Respiro fundo ao sentir alguém sentar perto, só tem um ser idiota o suficiente para fazer isso. Eu não sei como esse garoto encontrou esse lugar, deve ser meu carma.

— Hoje eu ganho minha revanche?  - De novo a mesma história, acho que temos um mal perdedor.

Viro o rosto encarnado ele. Nate tem um rosto bem marcante, mas hoje o rosto além de marcante está marcado. Há  um corte no  supercílio  e um corte  nos lábios.

— Nossa que inveja de quem te deu uma surra. Tem como marcar a minha vez? Eu até pago ser for necessário.

— Não acho que você ia se sair bem.- Coitado, se soubesse do que sou capaz....

— O que aconteceu?

— Posso te levar lá para ver. Você gosta disso aqui, então provavelmente vai gostar de lá.

— Defina o " lá".

— Só vai ver se aceitar ir comigo.

— O que? Vai me matar para assumir a posição  de primeiro lugar por aqui?

— Que engraçadinha. Vamos lá, Manu. - ele dá um meio sorriso - Se você se garante tanto não precisa ter medo de mim.

— Medo de você - sou risada- Tenho medo é da minha mãe, você é um Zé ninguém para mim.

Eu sou muito curiosa e não é como se ele fosse conseguir fazer algo contra mim, tamanho não é tudo em uma briga física.

— Você disse que eu ia gostar, se não gostar vou arrebentar o seu outro supercílio.

— Seu namoradinho desse sofrer violência doméstica em casa, você é toda nervosinha- ele fica em pé e estica a mão para me ajudar a levantar e eu simplesmente ignoro-  Você é um porre garota.

Sempre fui muito impulsiva, presentinho que que herdei do meu pai, então entrei no carro sem nem saber para onde estou indo.

Levou muito tempo para chegarmos, no lado oposto de onde estávamos notei que é muito parecido com a pista, bem escondido.

Meus olhos observam cada canto possível, mas o que mais me chama atenção é o  ringue de luta.

— Quem é o dono disso aqui? - pergunto um pouquinho mais alto pois tem muita gente gritando sobre a luta que tá acontecendo agora.

A pista é ilegal só que meu pai sabe dela, conhece quem comanda e deixou continuar do jeito que está. Mas tenho certeza que sobre isso aqui meu pai não sabe, se ele sobrasse eu também saberia.

— Não faço ideia, um amigo vinha aqui e me indicou quando eu disse que tava precisando de uma grana a mais.

Dinheiro? Bom, não achei que ele precisava de dinheiro. Se precisasse é só vender o carrão dele que ia ficar tudo bem.

— Você luta por dinheiro?

— As apostas aqui são bem altas. Tem gente que aposta nas corridas, mas isso aqui é coisa de outro mundo. O pessoal adora tirar sangue. Uma vez oi outra até apostam quantos ossos vão ser quebrados.

— As apostas são altas?

— Você nem imagina gatinha.- ignoro o final e viro encarando ele.

— Você pode me apresentar para o seu amigo que te trouxe para cá?

— Ih, seu namoradinho sabe que você está querendo conhecer outro cara? - Apenas dou uma boa olhada nele - Ok, ele tá lá no ringue. - viro encarando os caras brigando- O moreno, o nome dele é Ben.

— Ben? De onde vocês se conhecem?

— Estudamos juntos.

— Hmm...-  Observo o Ben  bater com tanta força no rosto do oponente dele que tenho certeza que quando o cara cospe sangue sai uns dois dentes juntos.

                                         [...]

—Para quem não estava interessada nesse lugar o seu repentino interesse é bem suspeito.

Ignoro e continuo observando o pó branco dentro do saquinho. É diferente dos que eu já vi, a embalagem não é da nossa organização e nem de um dos traficantes que botamos para correr.

Acho que é uma fênix, mas não tenho certeza.

—Estão vendendo drogas por aqui? - pergunto

— Não vendem aqui. Bom, não a organização do evento, mas tem uns caras que vendem por aí e tem gente que compra para revender aqui.  Tem um galera que cheira antes de subir no ringue,  então pagam muito caro nas drogas por aqui, só querem se drogar e ter um pique de energia.

— Você é um deles?

— Já testei, mas não é muito meu estilo. E você, parece que tá apaixonada pela droga.

— É, eu queria muito o contato de quem tá vendendo isso - encaro ele- Não o revendedor, o vendedor original.

— Isso é uma merda, não recomendo.

— Não pedi conselhos, pedi o número do cara que vendo essa merda, amor.

Ele me olha de cima a baixo e respira fundo antes de responder.

— Vou ver o que consigo, mimadinha. Mas você tem que entender que nem tudo é do jeito que você quer, mesmo assim vou tentar te ajudar nisso.

— Você tem que conseguir e ponto final.

— Olha, eu perdi a parte onde você da as ordens e eu obedeço. Vai encher o saco do seu namoradinho.

— Ah, pode deixar que vou aproveitar muito o meu tempo com ele enquanto você me consegue o telefone do cara que vende a droga. Não precisa nem ser o telefone, passando o  endereço eu me viro.

Preciso falar com meu pai sobre isso. Convencer ele de que como fui que descobriu isso, eu que mereço ficar no comando da operação.

- Ei Nate!- Um cara negro que mais parece um poste de tão alto que é para do nosso lado.- Jaime vai lutar e a gente precisa de um adversário a altura, topa?

— Não dá, trouxe acompanhante e não posso deixar ela sozinha.

— Ninguém vai machucar ela, eu cuido da moça.

— Ela  é completamente maluca, cara. Capaz de ela dar um jeito de machucar alguém por aqui.

Caos Onde histórias criam vida. Descubra agora