❤️🔥Manuela Camilo❤️🔥
Mil vezes droga.
Que merda, eu vou me foder legal!
— Isso não vai terminar bem para você - aviso e sinto o aperto contra a minha mão se intensificar.
Eu não sei dizer em que momento ocorreu, mas o Nate não está mais atrás de mim e sim do meu lado
— Somos dois contra um - aviso.
— É questão de tempo para o resto aparecer aqui, você não está no controle aqui, princesa.
Odeio quando alguém além do meu pai me chama assim.
O loiro sorri olhando de mim para o Nate.
Eu amo a adrenalina, mas isso aqui é demais até para mim.
— Até seus amiguinhos chegarem você tá sozinho- não sou eu quem diz- A desvantagem é sua, babaca.
O loiro que tem uma cicatriz assustadora leva pouquíssimos segundos para sacar a arma e mirar na cabeça do Nate.
Mas que inferno..
— Você tá sobrando aqui...
Na hora eu gelo já imaginando o pior, mas consigo ser rápida o suficiente para desarmar a droga do loiro. Mas ele consegue me empurrar fazendo com que eu bata com tudo em uma árvore, sou obrigada a soltar um gemido de dor.
A mão vem até o meu pescoço mas antes que eu possa me defender o corpo cai com tudo no chão e o Nate começa a bater nele.
Escuto passos se aproximar e tento localizar a arma no chão, mas o escuro não está cooperando, fora que o Nate não para de bater no cara que nem está mais reagindo.
Não consigo achar a arma a tempo e um outro cara aparece e começa a enforcar o Nate por trás para tentar tirar ele de cima do amigo.
Que inferno, cadê o pessoal?
Tiro o canivete do bolso da minha calça e não penso nem duas vezes antes de enfiar na carótida do cara que estava enforcando o Nate. Enfio duas vezes e o sangue começa a correr.
—Ei- seguro o rosto dele - Você tá bem?
— Estou sim- ele passa a mão no rosto e eu posso ver o sangue- Você acha que eu matei o cara? Porra, se não matei ele vai morrer logo, isso é do caralho...
— Ele não vai morrer...- Vai sim- Relaxa.
Escuto mais passos se aproximando.
— Droga - ele murmura - Achou a arma?
— Está muito escuro.
— Eu tô com aquela que peguei no seu carro.- não faço ideia de onde ele tirou essa merda, mas eu pego sem pensar duas vezes.
— Por que não disse antes?
— Não sou acostumado a dar tiros por aí. A criminosa da relação é você.
— O tiro foi só de raspão mesmo? Deixa eu ver, tá sangrando muito.- ele puxa o braço não me deixando ver a porcaria do tiro.
— Eu tô bem.- Não acredito.
— A gente deve ir- confiro a munição da arma.
—Aí - ele resmunga e leva a mão até o pescoço. No mesmo instante olho para trás vendo um cara alto, negro e muito forte.
No instante em que observo a seringa na mão do cara o Nate cai para o lado.
Olho por cima do ombro e vejo mais alguns caras se aproximarem.
— Eu vou atirar o meio da sua cara - aviso,
- Tudo bem, mas não acho que consiga atirar em todos nós.
Como pode ter tantos deles aqui?
Sabiam onde eu estava e para onde eu ia.
Estou completamente fodida, posso lidar com alguns desses caras, mas não com todos.
❤️🔥Nate Morgan❤️🔥
Minha cabeça está latejando, na realidade meu corpo todo dói.
Mas a minha cabeça dói mais que a porra do tiro que eu tomei.
Abro os olhos e encaro o teto completamente branco.
Certeza que no céu eu não estou, afinal sou eu...
— Você acordou - a voz feminina chama minha atenção.
— Minha cabeça dói demais - murmuro.
— A enfermeira já vem - olho para ela - Não sei se você lembra de mim, já nos encontramos antes.
— Você é a mãe da Manu, a senhora Camilo.
— Isso.
Observo ela morder os lábios e então subo o meu olhar para os sues olhos olhos meios inchados.
Porra...
— Cadê a mimadinha da sua filha? - ela me olha e respira fundo.
— Victor está procurando por ela, sei que vai trazê-la para casa. Confio no meu marido.
— Levaram ela?- ela concorda.
— Quando o pessoal chegou encontrou você desmaiado, três mortos e dois feridos.
Ela deu conta de quarto caras?
— Seu marido acha que estou envolvido nisso tudo, né?
O velho já não gostava de mim e me tinha como suspeito, imagina agora...
— Victor está surtando com toda a situação, no momento até o vento é suspeito. Faz anos que a gangue não é a primeira coisa na lista de prioridades dele.
— Eu tentei ajudar ela, talvez você não acredite, mas eu tentei...
— Eu acredito, sei que tentou ajudar ela. Sabe, eu sabia que em algum momento a vida dela ia correr risco, mas essa situação - ela nega e vejo os olhos ficarem marejados- Nossa, isso aqui é muito pior.
— Ela vive se gabando da família e principalmente do pai, daqui a pouco ela tá aí. Aquela história de um Camilo está sempre no topo- a senhora Camilo da um pequeno sorriso.
— Eu não chamei ninguém da sua família, não sei o telefone da sua mãe...
— Não precisa chamar ninguém, tô bem sozinho.
Tudo que eu menos preciso é o Blake no meu pé por conta desse tiro, não iria terminar bem.
— Acho que você não devia ficar sozinho.
— Eu já estou muito bem, posso sair daqui agora mesmo.
— Não está não.
— Estou sim, senhora.
— Teimoso, tenho dois assim em casa. Olha, eu tenho que ir, não queria que acordasse sozinho.
— Tudo bem - olho para ela - Obrigado- digo sem jeito.
Logo após ela sair o Noah entrou.
—Como você está?
— Bem.
— Tô vendo.
— Tudo dói, mas tirando isso....
— Meu pai soube que você acordou e está vindo para cá.
— Ótimo, já não estou quebrado o suficiente.
— Ele só quer a minha irmã de volta. Se você não tem o que esconder não precisa se preocupar.
Hmm, não é bem assim....