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❤️‍🔥Manuela Camilo❤️‍🔥

Acordei super animada para vir trabalhar no casarão. Estou ansiosa pra contar tudo para o meu pai.

— Bom, o que você quer me contar Manuela?- ele pergunta assim que sento de frente para ele.

— Você sabe a pista de corrida?

— Aquela que você frequenta e insiste que eu não sei? - abro a boca chocada- Minha princesa, acho que as vezes você esquece de quem é o seu pai.

— Mamãe está certa, você é meu maluco - ele sorri- Então, tem outro lugar muito parecido com a pista, mas lugar de corridas de carro tem brigas. O pessoal compete, eles lutam um contra o outro até alguém estar a beira da morte.

— Luta clandestina? Isso não era para estar acontecendo nessa cidade, não sabia disso.

— Não acho que o clube de lua seja o grande problema, ou estão desesperados  por dinheiro ou por adrenalina.

— Se isso não é o problema o que seria?

— Isso- pego a droga que consegui ontem a noite e coloco em cima da mesa do meu pai-  Temos um novo traficante na área , olha só para a embalagem.

— Tem até a porra de um logotipo...- ele pega o pacotinho e analisa o produto.

— Isso, não estamos lidando com um traficante  qualquer. Seja quem for quer muito mais que vender umas coisinhas aqui ou ali, é um concorrente de verdade.

— Ele comanda as lutas?

— Ao que tudo indica não. Tem um cara que revende as drogas no clube.

— Hmmm, vou cuidar disso.

— Não verdade- engulo em seco encarando meu pai -  eu queria cuidar disso, eu achei o caso e acredito que posso lidar com ele.

— Você quer assumir a situação?

— Sim, acho que sou mais que capaz para lidar com isso.

— Você tem noção que isso é um caso grande, né? Ao que parece não estão só vendendo e sim fabricando.

— Eu sei disso, pai. Eu quero mesmo que você me deixe no comando, eu quero cuidar disso.

— Não posso deixar você cuidar disso sozinho.

Respiro fundo prendendo a frustração.

— Você é minha garotinha, nunca vou te expor a tento risco.  Então se você quiser comandar vai em frente, vai ter meu apoio desde que aceite ter alguém tá ajudando o tempo todo, até deixo você escolher a pessoa, desde que ela esteja no nosso círculo de confiança.

— Você é o melhor pai do mundo, amo você.

— Eu sei, mas você que conta pra sua mãe.

— Ah, não ! - choramingo.

— Eu não quero encrenca, então você se resolve com ela.

— Você é muito medroso quando se trata da mamãe.

— Você também pirralha.

Eu sei, ela é baixinha mas assusta.

                                         [...]

—Olha Miguel , eu tenho que ir hoje- dou um sorriso pequeno- Até te convidaria, só que você não gosta do lugar.

— Você precisa encontra o Nate na pista de corrida?

— Sim, é para um trabalho importante.- dou um beijinho rápido nele- Te vejo amanhã?

— Hmm, eu vou com você.- arregalo os olhos e fico com medo de não voltar ao normal.

— Você vai para a pista de corrida comigo? - pergunto pois isso não está fazendo sentido nenhum.

— É, não vou fazer nada ilegal, só companhia.

Suspeito, muito suspeito.

— Hmm, vai ser interessante.

Miguel se oferecendo para ir comigo, isso me pegou de surpresa.

Dirigi com ele até a pista, não teve muita conversa, apenas as músicas tocando no carro.

— Você vai correr hoje? - ele pergunta enquanto seguro sua mão e o puxo para a arquibancada.

— Acho que não, tenho assuntos importantes para resolver aqui.

— O Nate sabe quem você é? Sabe o porquê você precisa da ajuda dele.

— Não, ele me conhece como a herdeira mimada do poderoso empresário Victor Camilo. Não sabe da parte ilegal da situação.

— Bom, acho legal você estar virando amiga do amigo do seu irmão, bem legal.- ele resmunga.

— Credo, ser amiga daquele lá só se for uma obra de caridade - Miguel sorri pra mim e revira os olhos.

— Você é impossível, Manuzinha.

A gente se sentou e logo notei que um dos corredores é o Nate. 

Ele vem com muita frequência, quantas vezes por semana será que ele luta?

— Você pode comprar pipoca? - depois de um tempinho peço para o Miguel- Acabei nem jantando.

— Não jantou? Que coisa Manuela- ele me olha repreendendo minha atitude- Vi que tem cachorro quente, vou trazer um para você.

Ele levanta e vai na direção da lanchonete. Estou tão concretada no traseiro do Miguel que mal noto quando o Nate senta do meu lado.

— Consegui o número ou endereço do cara? - questiono.

— Boa noite para você também. Posso ter conseguido, mas vai depender do que vou ganhar em troca.

— Você não vai ganhar nada em troca- ele ergue uma sobrancelha- Quanto você quer pela informação?

— Dinheiro? Não preciso do seu dinheiro.

— Então o que você quer Nate?

— Uma revanche de verdade, só que dessa vez vai ser uma corrida limpa.

— Quer perder novamente na frente de todo mundo? É isso que você quer pela informação?

— Acredito que vai ser o máximo que vou conseguir de você, mas não é bem o que eu quero...- ele ergue o olhar para alguém que está se aproximando- Trouxe o seu namoradinho?

— Você está vendo ele, não está? Não faça perguntas idiotas.

— Sabe, não parecem um casal apaixonado.

— Vai a merda!- viro o rosto e abro um sorriso para o Miguel que me trouxe um cachorro-quente quente - Obrigada, você é incrível.

— Sem problemas- ele beija minha testa e dá uma olhada no Nate antes de sentar do meu lado.

— Você vai ter sua revanche - digo encarando o Nate - Assim que me der o endereço ou telefone do cara.

— Então, é que o Ben não levou  muito bem a ideia de me passar a informação.

— E como é que você vai ser útil então?

Que cara idiota, vontade de dar na cara dele.

— Bom, talvez eu possa ter seguido o Ben até o lugar que ele pega a droga.

— Então me passa o endereço.

— Não, eu te levo até lá.

— Nem fodendo!- digo irritada.

— Nem tudo é do teu jeito mimadinha, ou eu te levo ou tu arruma outro jeito de ir.

— Você testa minha paciência demais. Cuidado, Nate, uma hora você me estressa de verdade e eu vou fazer você se arrepender.

— Hmm, vai aceitar a proposta ou não?

Filho da puta!

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