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                        ❤️‍🔥Manuela Camilo❤️‍🔥

Já estou esperando o meu estresse do dia, daqui a pouco o meu pedaço de pão seco chega.

Já tentei fugir uma vez e não deu muito certo, o pessoal daqui não é nada agradável.

Vou tentar de novo e foda-se as consequências. Não posso ficar aqui, preciso achar meu pai a tempo de ajudar a minha mãe.

Como esperado o meu café  da manhã chega, tenho a impressão que é o mesmo pedaço  de pão de ontem.

— Soube que você não tem comido...

Esse filho da mãe do caralho. Me falta xingamentos para usar contra esse ser.

— Come você esse pão seco- Nate ri e tira algo do bolso jogando para mim, por instinto pego vendo o chocolate.

— Não quero, não gosto desse.- observo o KitKat.

— Eu já vi você comer diversas vezes na pista de corrida.

— Você é a porra de um maluco.- Fica vigiando até o que eu como, não é possível.

— O que  você ganha com tudo isso? Vai se arrepender dessa sua escolha de merda- ele passa mão pelo cabelo.

— Para de surtar Mimadinha. Já deixei bem claro que nunca  faria nada para ajudar o Blake.

— E mesmo assim aqui está você.

— Por sua causa...- ele diz e se aproxima - Eu estou ajudando o seu pai desde de a porcaria do acidente.

— E meu pai por acaso sabe que você está aqui?

— Não, mas é complicado.

— Claro que é- sou obrigada a rir.

— Estou falando sério, tive a oportunidade de vir e não deu tempo para avisar o senhor Camilo.

— Por que não avisa agora?

— Não tem sinal nesse lugar.

— Ah, que conveniente para você.

— Olha, eu sei que você não tem muitos motivos para confiar em mim, mas eu estou aqui por você.

— Por quê? Por que você se arriscaria para me ajudar?

Nathanael não diz nada só fica me encarando em silêncio e depois suspira.

— Tenta confiar em mim só dessa vez. E come o chocolate, pelo menos uma vez não seja birrenta.

Birrenta?

Nossa, se eu tocar nesse rostinho bonito dele já era.

— Hmm, não era para você estar em um hospital?

— Ganhei alta bem rápido.

Sei....

— Onde a gente está?

— Uma casa no meio do mato, eu não faço ideia a quem pertence, mas com certeza não está no nome do Blake.

— Não confio em você, nunca deixam só uma pessoa ficar comigo. Por que deixariam você entrar sozinho...- ele apenas me olha - Não deixaram, né?

— Não acho que seu pai vá conseguir achar esse lugar de imediato, o que me resta é ajudar você a fugir.

— E como você planeja isso?

— Sua porta vai ficar aberta depois do jantar, você precisa conseguir sair da casa. Vou dar um jeito de deixar o corredor aqui de cima sem ninguém.

Confiar nele?

E se isso tudo for um jogo psicológico comigo.

—  Manu, eu estive em ambos escritórios do seu pai, casarão e mansão,  se quisesse já teria contado para o Blake a localização de ambos.

— Você diz que esteve....

— No escritório da casa  tem algumas fotos de família. Uma delas é seu pai com uma bebê que tenho certeza que é você, estão em um casamento, eu acho,  você está sorrindo para ele enquanto ele segura sua mão como se estivessem dançando.

O casamento da tia Carol...

— E também tem muitas fotos da sua mãe, o cara é obcecado por ela. Quis fuçar o seu quarto, mas não tive a oportunidade- olho irritada para ele - pensei que poderia encontrar algum tipo de diário com meu nome escrito dentro de um coração.

Merda, ele esteve mesmo lá....

                        ❤️‍🔥Victor Camilo❤️‍🔥

A primeira vez que o sequestro aconteceu eu prometi que não deixaria isso se repetir, e aqui estamos nós.

Só que agora é diferente, quando chego em casa a minha esposa vem correndo na minha direção para perguntar sobre a nosso filha.

Eu tenho que dizer que não consegui nenhuma informação e ver ela ir chorar perto do nosso filho.

É horrível a sensação de impotência, não poder ajudar a minha princesinha...

Mas uma coisa é certa, Blake não vai ter um final feliz, faço questão disso.

— Cadê o tal Nathanael? Pensei que ia vir aqui hoje.

— Não sei, João. Ele não me atende desde ontem.

— Acha que ele traiu você? - Arthur pergunta.

— Não tenho certeza, ele tinha concordado em ir até a casa do Blake.

Os sentimentos negativos pelo delegado pareciam muito reais.

— Então acha que o padrasto dele fez algo?- encaro meu cunhado.

— Não sei, Arthur. Mas é uma possibilidade, no momento tudo é possível.

Mas se o Nathanael fizer merda vai para o mesmo lugar que o pai.

— O que esse homem tem a ver com o tráfico em Los Angeles? Caleb e você? - João Lucas diz confuso- Eu sinceramente não entendi o que esse cara quer. Se fosse o Nathanael podíamos considerar vingança, mas ele? Porra, não faz sentido nenhum.

— Realmente, Victor, não entendi a lógica de raciocínio dele. Ele parece querer o comando da cidade, mas não é como se tivesse algo para recuperar.

— Minha filha parece confiar naquele rapaz...

— Confia mesmo? - Arthur questiona- Tem a chance dela só estar cega pela paixão?

— O que?- Não fode!

— Usa o Miguel de exemplo Victor, Manu sempre deixou passar muita coisa por ser obcecada por ele.

— Está criticando o meu filho, Arthur? Acho melhor eu estar enganado.

— Não estou  criticando ele, Miguel é um bom rapaz. Só estou dizendo que a Manu pode ser um bloco de gelo, mas quando alguém entra no coração dela...

— Minha filha não está apaixonada por aquele garoto, ela só precisava dele, nada mais que isso.

Mania horrível de querer arrumar casinho para a minha filha.

— Só estou dando uma possibilidade, sua filha é complicada Victor, mas você  conhece  muito bem ela.

— Inferno, não acho que posso confiar 100% no Nathanael, mas acredito que ele se importa o suficiente para querer ajudar ela.

— Ok.

— Manda o Jesus tentar rastrear aquele garoto.

Só espero não encontrar um cadáver....

Vou pegar cada lugar que foi do Caleb e não vou deixar nada vazio o suficiente para crescer outra praga.

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