❤️🔥Noah Camilo❤️🔥
Manuela passou horas na sala de cirurgia, minha mãe teve que doar sangue e tudo mais.
Desde de toda essa bagunça ela tá se cuidando muito pouco, só quero as duas bem de uma vez.
A situação com o meu pai não está muito melhor, o fato de não ter conseguido achar o Blake só piora a situação.
— Acha que ela vai ficar bem? A gente vai poder visitar quando?
— Não sei, Mel. Nem meus pais conseguiram ver ela ainda.
— sua mãe deve estar arrasada- concordo - E como você está? É a sua irmã, amor.
— Só quero ver ela de uma vez.- ela sorri e passa os braços ao redor da minha cintura - E seu amigo?
— Vai ficar bem, convenci ele a ficar no quarto por um tempinho. Aquele maluco não para quieto.
— Um primo....
— Eu prefiro ignorar completamente essa informação.- ela da um pequeno sorriso.
— Bom, acho que devíamos levar a sua mãe para comer algo. Tenho certeza que não comeu nada desde que chegou aqui.
— Claro, vamos lá.
[...]
Foi muito difícil convencer a minha mãe a comer algo, mas no fim conseguimos.
— Pelo menos começaram a liberar visitas, seus pais estão lá dentro. Já é um avanço, logo ela acorda.
— Essa merda tá me deixando louco, Miguel. Pensar na Manu lá, ela levou um tiro
Porra, isso parece surreal. A porcaria de um tiro.
— Ela sempre quis fazer parte da bagunça dos nossos pais. Eu sempre disse que era perigoso e que podia terminar mal.
— É a Manu, nada faria ela mudar de ideia.
— Espero que ela repense sobre essa ideia depois disso tudo. Só quero ela bem e segura, é tudo que realmente importa.
— Minha irmã é parecida demais com o meu pai - admito que se parece bem mais do que devia- não vai desistir apesar de tudo.
— Espero que ela acorde logo. Eu vi o seu avô na recepção, ele vai causar problemas, né ?
— Com certeza vai. Só que não contar não era uma opção, seria bem pior se ele descobrisse de outra maneira.
— E o que disseram para ele?
— Para todos ela foi assaltada e não terminou bem.
— Se ele comprar essa história vai ficar puto o suficiente para querer encontrar o assaltante. O senhor Passos sempre foi cabeça dura, Noah.
— Um passo de cada vez. Depois a gente lida com ele, sei que meu pai vai acabar dando um jeito.- Miguel apenas acena em concordância.
— Certo.
— E as suas aulas?
— É complicado. Não quero perder nenhum dos dois.
— Eu sei que resposta você quer de mim, mas eu não posso dar, não dessa vez.
— Imagino....
De todos os ângulos só se vê complicações.
[...]
Manu acordou só 68 horas depois de dar entrada no hospital por conta do tiro.
Os médicos estão por aqui o tempo todo e isso me deixa agoniado, é como só estivesse esperando algo dar errado.
— Depois daqui vou te levar para passar uns dias na praia- Provoco- está parecendo um fantasma. Já era feia, mas agora...
— Idiota - a voz dela sai baixinha o que é estranho já que geralmente ela tem uma voz e tanto.
— Está com muita dor?
— Um pouco, sinto meu abdômen arder.
— Talvez deva pedir para aumentar a dose do remédio.
— Os médicos sabem o que estão fazendo, maninho.
Olho para o Miguel buscando algum tipo de apoio.
— Ela tem razão, estão monitorando ela. Levando em consideração que ela tomou um tiro é normal ela sentir o incômodo na região.
— Tá bom.
— Hmm, eu apaguei lá no lugar, não lembro de como vim parar aqui.
— Tio Arthur.
— Me encontrou sozinha? - observo ela brincando com os dedos.
— Não, Nate estava com você.
— Ele estava....
— Ele tá em um dos quartos do hospital.
— Ele se feriu?
— Os pontos abriram e tem alguns outros machucados, nossa mãe que encheu o saco dele para ficar internado por pelo menos 4 dias. Ele não quer, mas também não consegui negar para ela.
— Bananão- ela revira os olhos mas tem um minúsculo sorriso nos lábios dela.
Algo que só quem conhece percebe, e o Miguel conhece até demais.
A dor de cabeça que isso vai me causar. Por que ela não escolheu fazer parte de um convento, seria tudo tão mais fácil.
— Eu vou lá fora falar com a minha mãe e logo volto- Miguel avisa.
Ele sentiu que a Manuela quer saber do Nate mas não quer perguntar na frente dele.
— Ele não levou mais nenhum tiro, né?
— Não. Só abriu os pontos daquele dia e toda a correia não ajudou com a costela quebrada. Vai ficar bem, sempre fica.
— Tem chances do Blake querer descontar nele por ter me ajudado.
— Com certeza nosso pai já pensou nessa possibilidade. O que você tem que fazer é ficar aí deitada e descansar até o seu corpo se recuperar.
— Só quero ir para casa, odeio hospitais.
— Você é uma chata que odeia 4 a cada 5 coisas.- digo o óbvio.
— Não enche o meu saco.- abro um sorriso- Não era para o Miguel estar na faculdade?
— Sim, mas ele não podia simplesmente ir e te deixar aqui desse jeito.
— Daqui a pouco a vó dele pega um avião só para vir aqui me sufocar.
— Você é importante para ele, completamente compreensível a escolha dele.
— Agora que eu já acordei ele vai quando?
— Não sei, não cheguei a perguntar sobre isso.
— Hmmm....
— Faz 8 minutos que nosso pai arrastou a mamãe para comer, logo ela está aí. Garanto que nem chegou a mastigar.
— Se você quiser pode ir ficar com o seu amiguinho.
— Como é?
— Não acho que ele avisou a mãe, então está sozinho. Como você é o único que suporta ele deveria ir lá.
— Na verdade, acho que não sou mais o único.... Quando nosso pais voltarem eu dou uma passadinha lá no quarto dele.
— Ele vivia no meu pé, aposto que agora ele traumatizou - ela sorri - Acho que me livrei dele.
— É...
Mal sabe ela que ele levou bronca de três enfermeiras porquê queria tirar o soro para vir ver ela....