❤️🔥Nate Morgan❤️🔥
Coloco a calça moletom ainda sentido meu corpo molhado e vou na direção da porta.
Para que serve o porteiro se não me avisa quando alguém vai subir?
Pagar para ele não fazer nada? Isso não faz sentido para mim.
Porra, grudaram o dedo na campainha e não sabem mais tirar.
Abro a porta irritado dando de cara com a Manuela.
— Bateu no meu porteiro para conseguir subir?- Faria total sentido se ela concordasse.
— O velho estava dormindo com as pernas em cima do balcão, uma vergonha na verdade.
— Hmm, - observo ela passar por mim e entra no loft como se fosse dona do lugar, típica atitude de Manuela Camilo.- Ao que devo a honra da sua visita? Por mais que eu queria duvido que só tenha vindo me visitar.
— O motoboy, aquele que a gente encontrou e eu peguei o celular dele.
— Sei, o cara que mesmo tendo o dobro do seu tamanho você conseguiu botar medo.
— Está morto.
— Que? - olho sem entender nada- Você.... peraí, foi você ? Digo a sua família?
Que merda, como eu não soube disso antes?
— Não, um cara da polícia que está na folha de pagamento da minha família disse que encontram o corpo madrugada passada. Overdose.
— Overdose?
— Fachada, ele não teve uma overdose, forçaram ele a ter uma.
Caralho, as coisas estão passando dos limites. Cada vez mais perto da insanidade completa.
— Então aquele dia de forma indireta encaminhamos aquele cara para a morte.
Ela da de ombros e nesse momento eu vejo o quão parecida ela é com o pai dela, o senhor Camilo tem uma fama e tanto.
Conheci a fama dele bem antes de me mudar para Los Angeles.
— Acho que o velho está tentando eliminar pontas soltas, talvez o Ben seja o próximo, ou até mesmo você.
— Eu?
— Sem você eu não teria ido ver a luta e ia demorar um pouco mais para descobrir sobre a nova droga.
Droga, acho que agora é a minha última chance de pular do barco antes que ele afunde.
Tentar sair depois não vai dar, vou acabar me afogando...
— Você é rancorosa? - pergunto.
— O que? - ela pergunta confusa- Eu insinuei que você pode ser assasinado e o que te importa é se eu sou rancorosa? As lutas devem ter fodido com esse seu cérebro idiota.
— Não quero que fique com raiva de mim.
— E por que eu ficaria com raiva de você? - observo ela, observo a postura dela mudar do nada, eu virei uma possível ameaça.
— Tudo vai parecer muito suspeito, só que eu preciso que me escute. Bom, talvez seja até mais que suspeito, só que eu sou tipo um cão arrependido.
— Olha...- ela encara a porta - Odeio enrolação, fala de uma vez.
— Lembra que a gente falou sobre o meu pai e você perguntou se eu sentia falta e tudo mais? - ela concorda.-Eu não tenho contato com meu pai porque ele tá morto.
- Ah, é isso?
— Ele morreu em um incêndio quando eu era pequeno.
— Hmmm...
— Foi o último grande incêndio que teve nessa maldita cidade, Manu. Virou manchete, só que nunca descobriram o que causou o incêndio.
A postura dela muda completamente, agora eu não sou mais uma possível ameaça, sou uma ameaça real.
— Não, o seu sobrenome é Morgan.
— Eu não uso o sobrenome dele, nunca usei.
— Foi por isso que você se aproximou do meu irmão?
Noah Camilo....
— Não, seu irmão foi uma acaso, você foi um acaso.
Descobri o sobrenome do Noah um pouco depois de conhecer ele, mas claro que logo liguei ele ao famoso Camilo.
— Eu não acredito nisso, algo você queria da gente. Não existe coincidência, não nessa situação.
— De vocês? Eu nunca quis nada, bom eu queria saber o que motivou o seu pai a colocar fogo no meu pai ainda vivo. Eu vim e vi uma chance de ganhar grana fácil, mas logo eu perdi o controle da situação.
— É você por trás das drogas? - ela ri - Que merda, você consegui me enganar, achei que estava me ajudando a encontrar o responsável por estar fabricando aquela porcaria.
— E eu tô. Eu fiz uma coisa pequena e vendia para alguns caras da pista de corrida e do clube de lutas. Só que eu parei de vender e as drogas não pararam de ser vendidas. A conta não fechou e agora estamos nessa situação.
Eu achei legal no começo, mas depois eu deixei de lado e foquei nas lutas, aquilo sim ajudava a liberar a minha raiva, aquilo me dava toda a adrenalina que eu sempre gostei . Naquele lugar em me sinto vivo de verdade.
— O que você quer? Algum tipo de vingança? - ela me encara- Eu acabo com você antes mesmo de você chegar perto do meu pai.
— Se eu quisesse fazer algo já teria feito, eu não teria te contado tudo que estou contando.
—O Dean sabe de você? - nego.
— Não, ninguém da família dele sabe sobre mim.
— Por que está me contando isso? Sabe que não vou esconder isso do meu pai.
— Eu sei que não, parece um carrapato naquele velho. - Como não tenho pai crítico quem tem e não estou nem aí.
— Caleb mereceu tudo que aconteceu com ele depois que fez a minha mãe sofrer. As pessoas precisam aprender a lutar suas próprias lutas e atacar quem realmente deve ser atacado.
— Você sempre vai defender os seus pais.
— O que? Vai defender o seu pai.
— Não, mas escutar só a sua versão parece meio errado não acha?
— Não preciso de provar nada, e nem quero. Caleb está morto e não faz falta. E não é como se você pudesse escutar a versão dele- ela me encara com intensidade- E sobre a porcaria da droga, querendo ou não que as drogas continuem sendo vendidas você continua sendo o motivo delas estarem circulando por essa cidade.
— Já sei, agora é a parte que você me ameaça, vai lá- na verdade eu gosto da versão chefe do crime- Mas uma coisa eu te garanto, quero achar que está vendendo essa porcaria.