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❤️‍🔥Manuela Camilo❤️‍🔥

Mania chata de ficar dando em cima de mim.

Eu juro que não sei porquê toda essa palhaçada. Ele fala umas coisas sem pensar que até me deixam sem saber o que dizer.

— Hmm, - resolvo mudar de assunto - Que tal continuarmos andando na mesma direção?

— Garota, eu só estou te seguindo, não sei de nada.

Olha que a ideia de fugir foi dele, imagina se não fosse.

Era querer demais que esse cara tivesse um bom plano, é do Nathanael que estamos  falando. O corpo bonito  não tem nada a ver com o cérebro pifado.

— É um risco você ter me ajudado a fugir.- digo o óbvio.

— Gosto de adrenalina, mas não nego que é bem diferente do que estou acostumado.

— Sei, você prefere ir para um ringue e apanhar de caras gostosos.

— Cara gostosos? - começa a andar e ele me segue- Tipo, qual deles?

— É um bom lugar de se olhar, o pessoal costuma a lutar sem camisa. E eu nunca cheguei a perguntar o nome deles.

— Hmm, a única luta que vi você prestando atenção de verdade foi na minha. Estava me secando?

Olha só a audácia desse infeliz.

— Jamais, você não é lá essas coisas.- ele ri - Não ri seu imbecil.- Meu olhar vai até o braço dele- Seus pontos abriram- digo ao ver a mancha de sangue..

— Droga, eu nem senti.

— Era para você ter tomado cuidado, não ter saído que nem uma gazela pelo mato, olha só o resultado.

— Gazela? Gazela, Manuela? Eu vim até aqui para te ajudar e é assim que você me trata? Que babaca.

Deus....

Continuamos andando por um bom tempinho até ele conseguir um pontinho de sinal.

— É completamente estranho saber que você tem o número do meu pai.

— Tenho o da sua mãe também, muito simpática. Sabia que ela até me mandou mensagem perguntando se eu estava bem.

Odiei, nossa, odiei mesmo. Mas é bem a cara dela fazer isso, dona Bárbara sempre teve o jeitinho de mãezona.

— Cala a boca e liga de uma vez.

— Tudo bem..- ele clica para ligar e por sorte meu pai atende no terceiro toque.

— Espero que você tenha um bom motivo para ter sumido, eu já não gosto de você garoto....

— Oi pai.

— Manuela? Porra- ele respira fundo- Onde você está?

— Não sei dizer ao certo, estamos no meio do mato e eu preciso de ajuda.

— Ei?- ele chama alguém- Rastreia essa ligação agora, é bom você fazer essa merda rápido - Ele muda o tom de voz antes de voltar a falar comigo- Você está bem princesa?

— Sim.

— Nate, ela está bem?

O que? Me sinto ofendida.

— Ela precisa comer, está mais branca que folha de papel - reviro os olhos - Alguns arranhões e o ombro esquerdo fora do lugar. Mas vaso ruim não quebra, então vai ficar tudo bem.

Que palhaçada é essa?

— Vou chegar aí o mais rápido possível, Manu. Fica atenta e....

— O que?- encaro o celular vendo que o sinal caiu.- Não....

— Calma, ele vai te achar. Ele é bom nisso, né?

— Jesus é o melhor no que faz

— Jesus? Você é do tipo religiosa? Por essa eu não esperava mesmo.

— Deixa de ser imbecil, é só um apelido.

— Ah, eu não gravei o nome do pessoal que trabalha para sua família

— Que ótimo!

Um problema a menos, não sei como as coisas vão ficar depois que isso aqui terminar.

Minha pulsação acelera quando escuto o barulho de uma galho se partindo.

Alguém pisando...

— Nate ?

— Oi? - me aproximo ficando o mais perto possível dele.

— Estamos sendo observados.

— O que?

— Fiz merda, não devia ter ligado para o meu pai é isso que queriam.

Agora ele vai vir até aqui e ser um alvo fácil.

Porra...

— Manuela, seu pai sabe com quem está lidando. Você é boa nisso, mas acho que ele é melhor, mais experiente.

— Você tá tranquilo demais, o mais provável a levar  um tiro é você. Na visão deles você é descartável.

— E na sua visão ?

—Você faz perguntas de quais você não quer saber as respostas.

Ninguém vai querer saber essas respostas.

— Certo.

Olho para o lado quando escuto o barulho bem familiar, a arma sendo engatilhada.

— Foi um plano bem arriscado - digo alto- As chances disso terminar de forma errada para vocês é muito alta.- observo o loiro sair de trás de uma grande árvore.

— Não, armamos uma ratoeira e estão todos vindo na direção dela.

— Você tem um ego muito grande, loirinho. É algum tipo de compensação?

— Cala a boca sua vadia. Você só está viva pois  é um trunfo, já o seu amiguinho aí...- ele aponta a arma para o Nate.

— Você não vai fazer isso.

— Ah, é? Por quê?

— Porque o que vai acontecer com você já não vai ser legal, mas tocar nele vai piorar para caralho a sua situação.

— Você não está podendo fazer exigências.

— Você realmente sabe com quem está lidando? Realmente acha que tem algum tipo de chance contra a minha família?  Você está do lado errado nessa confusão, não vai ser sortudo o suficiente paga conseguir escapar de tudo isso.

— Não se garanta tanto.

— Cara, nem você se garante. É só um capacho do Blake, mas o que não te contaram é que o Blake só é um grande e velho capacho também. Todos vocês que foram burros o suficiente para se aliarem ao Blake vão ter o mesmo destino.

— Nem sempre você está no controle.

— Minha família sempre está no controle. Ainda dá tempo de você começar a pensar direito.

Só tenho que manter o Nate vivo até meu pai chegar...

Caos Onde histórias criam vida. Descubra agora