❤️🔥Manuela Camilo❤️🔥
Nossa, eu estou irritada para caralho!
A ponto de cometer um assassinato e simplesmente me entregar para a polícia.
— Vai Miguel, me explica.- digo impaciente.
— Você sabe que Harvard sempre foi a primeira opção, me escrevi em outras faculdades caso não entrasse em Harvard.
— Por que não me contou sobre a UCLA?
— Porquê....
— Achou que eu ia te pedir para ficar aqui?
— Eu só não queria te dar esperanças.
— Ok.- engulo em seco.
— Ok?
— Quer que eu diga o que ? Que grite com você ? - nego. - A escolha da faculdade só você pode fazer, assim como ter escolhido mentir para mim foi uma opção só sua.
— Manu....
— Óbvio que te quero aqui perto te mim, onde posso te ver todos dia e me sentir mais segura em relação ao que temos. Mas eu nunca iria me por entre você e o seu sonho.
— Eu só não queria parecer um babaca.- ele diz frustrado passando as mãos pelo cabelo.
— E esconder isso de mim te fez parecer o que?
— Você não está sendo compreensível.
— Ah, vai a merda - ando na direção da porta.
— Onde você vai?
— Assim como você não me conta as coisas eu não vou te contar.
— Temos que conversar como adultos, botar as cartas na mesa.
— Não me faça te odiar, já passou da hora de colocar as cartas na mesa.
Saio do quarto dele sem nem pensar duas vezes.
[...]
Acelero o carro e abro um sorriso ao ver que o meu adversário tá longe pra caralho. Mesmo com um carro emprestado eu levei a melhor.
Sigo invicta como a número 1 e assim vai continuar ssndo.
Sigo para as arquibancadas e ignoro mais uma mensagem do Miguel:
Eu quero quebrar a cara bonita dele. Ele não ter me contado demostra falta de confiança e eu odeio isso.
Em momento algum eu faria ele ficar por aqui. Não me contar fez com desse a entender que o Miguel me acha louca o suficiente para surtar pedindo para ele ficar.
O dia já estava ruim, mas quando essa chaminé sentou ao meu lado já na preparei para o estresse.
— O que aconteceu? Parece que vai socar alguém.
— É, e a vítima vai ser você.- ele ri - Te vi no jantar...
— Eu sei, estava me admirando.- bufo irritada
—Para quem odeia o padrasto você parecia estar em um lindo jantar em família.
— O que você está querendo dizer?
— Que não parecia que você odeia ele.
— Hoje é aniversário da minha mãe, ela pediu para eu ir no jantar e não consegui negar. Mas sentar na mesa com aquele homem não mudou o que sinto por ele.
— Hmm...
— E seu jantar, qual o motivo.
— Meu irmão tá namorando a filha do ex-namorado da minha mãe. O ex que o meu pai odeia.
— Que merda- ele ri.- Os almoços em família vão ser incríveis.
— Como são os almoços em família na su casa?
— É raro as ocasiões onde consigo terminar uma refeição com aquele cara.
— Você sente falta do seu pai biológico?
— Você não pode sentir falta de algo que nunca teve, escolha dele.
— Acho bizarro pensar que as vezes você passa a noite aqui. Sua mãe não reclama?
— É melhor do jeito que tá. Eu meio que aluguei um um loft, é bem pequeno.
— O tamanho do lugar te incomoda?
— Não, assim não cabe quase ninguém dentro e eu não vou receber visitas. Mas se você quiser é muito bem vinda, na verdade depois que eu terminar a mudança.
— Não fez ainda?
— Não, não vou levar tudo. Na verdade eu devia estar fazendo isso agora, aproveitar que não tem ninguém na casa.
— Então vai lá.
— Você bem que podia me ajudar.
— Você acha que.... Na verdade eu ajudo sim.
— Ajuda? - ele pergunta desconfiado
— Sim.
Uma brecha para estar dentro da casa do Blake, isso é bom.
— Você bebeu?
— Vai querer minha ajuda ou não?
[...]
Passo meu olhar por cada cantinho possível do quarto.
— Eu esperava algumas teias de aranha e talvez alguns morcegos.
— Ridícula- ele resmunga desmontando o computador.
— Como eu ajudo?
—Tem uma mala ali no canto - ele indica a localização da mala - coloca o que tem no meu guarda-roupa, mas fica longe da minha gaveta de cuecas. - ele provoca.
— imbecil.
Fico um bom tempo organizando até pedir para usar o banheiro. Nate está tão entretido que apenas indica a direção.
Óbvio que não fui no banheiro e sim no escritório, a porta estava trancada então tive que dar meu jeito de abrir sem deixar rastro.
O escritório tem tons escuros e cheira a eucalipto. Não sou burra então desde o momento que começou a mexer na porta coloquei uma luva de látex. Não estou lidando com um amador e sim com um policial treinado.
Vou direto na papelada que está em cima da mesa, tem muita coisa que não me interessa, papelada de outro caso.
Mas então eu acho a planta do novo hotel do meu pai, hotel onde vai ter um cassino clandestino. Tem uma folha com a listagem de todos os imóveis que estão em nome do meu pai e as que antes pertenciam ao Caleb estão destacadas.
Enfio a porcaria do pendrive no computador e mando uma mensagem para o Jesus dizendo que preciso que ele acesse a máquina.
Mexo até achar um mapa de Los Angeles. Nesse mapa a cidade está dividida em dois, o lado que meu pai comanda e o lado que o Calebe comandava.
Acho que o Blake sabe muito mais do que devia saber.
De algum jeito ele sabe até do Caleb. O cara tá morto e não é mais um problema para a cidade, então por que está sendo investigado?
Dean não exagerou quando falou do Blake. Agora vou ter que lidar com o traficante de um lado e o detetive do outro.
Preciso descobrir o que exatamente esse cara quer.
Me apresso em sair do lugar e voltar para o quarto do Nate.
— Eu tenho que ir- ele para o que está fazendo e me encara- imprevisto em casa.
— Tudo bem - ele me encara desconfiado- Eu te dou uma carona.
— Não precisa, dou meu jeito.
— Faço questão, te deixo em casa e depois vou para o loft.