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                        ❤️‍🔥Manuela Camilo❤️‍🔥

Não consigo pensar mais nada, minha cabeça está presa na mais nova informação.

Sai daquele loft sem saber exatamente qual a minha opinião sobre o Nathanael, foi uma grande descoberta em pouquíssimo tempo.

— Você sabia disso? - meu pai pergunta nada feliz.

— Não - Dean resmunga confuso- Caleb tem um filho? Caraca, eu tenho um sobrinho que nunca conheci.

— Hmm....- ele encara o advogado sem acreditar na fala dele.

— Estou falando sério. Desde que eu neguei o negócio da família o Caleb simplesmente me excluiu da vida dele. Eu vivia com a minha família materna e ele com a paterna, tive bem dizer nenhum contato com eles. Caleb nunca mencionou uma criança ou até mesmo soube de algum relacionamento sólido dele.

— Então um merdinha de um adolescente simplesmente fabricou uma nova droga e começou a vender? - concordo.- Essa merda tá se espalhando pela cidade.

— Nate parou com a fabricação e destruição só que alguém continuou no lugar dele.

—E você acredita nele? No filho daquele cara?

-Bom, definir a pessoa pela família que ela tem não me parece justo. Mas a questão aqui não é acreditar no Nate, se ele quisesse fazer algo não ia fazer sentido me contar tudo sabendo que eu não ia pensar duas vezes antes de te contar.

Ele tinha o Noah por perto e tinha fácil acesso a mim.

— Ele está usando o charme dele em você? - olho indignada para o meu pai.

— Ele é gato, mas não sou imbecil desse jeito. Não estou dizendo que confio nele, só não acho que vingança seja o objetivo dele. Ele passou tanto tempo a sós com o Noah e nunca fez nada, nunca tentou tirar informações, nunca perguntou da nossa família.

Bom, pediu meu número mas isso a gente finge que não sabe.

— Ele começou com essa merda de droga e simplesmente parou?

— Foi o que disse, mas eu achei bem estranho. Não da para fingir que não, tem algo estranho no jeito que ele faz parecer tão simples. Se não tivesse simplesmente largado ia ter uma chance muito boa de ir longe nessa cidade. O produto era acessível e de boa qualidade.

— Algo nesse garoto me incomoda.

— É algo além dele ser um garoto e estar perto da sua filha? - Dean pergunta. -Eu não me surpreenderia se fosse esse o grande problema.

— Você veio aqui para responder uma pergunta, respondeu e já pode ir. Não foi útil, então vida que segue.

— Sempre muito simpático, a Bárbara deve ter jogado pedra na cruz.

— Jogou e foi castigada tendo que te conhecer, sua ratazana infeliz.

E lá vamos nós....

— Vamos voltar ao assunto principal? - chamo atenção- Eu acredito no que o Nate disse sobre ter alguém para denunciar a minha mãe e isso deve ser o foco agora. Não acredito de forma alguma que isso seja um truque dele.

—Quero ser o advogado da Bárbara - Dean diz e meu pai nega na hora.- Milena é boa, mas eu sou mais. Já lidei com pessoas como o Blake, posso ser muito útil, posso facilitar as coisas.

— Não.- meu querido pai nada simpático diz.

— Melissa me disse que isso está afetando o Noah e eu sou pai, faço o que posso para agradar minha filha. Fora que é da Bárbara que estamos falando, o carinho por ela não sumiu.

— O que a sua esposa acha disso?

— Está de acordo, não é louca que nem você. Faz anos e você ainda me vê como o ex que quer a Bárbara de volta. Eu amo minha esposa, só quero ajudar a sogra da minha filha, nada mais. Eu sou bom no que faço é posso ajudar.

Tem um fato que meu pai não pode negar, Dean tem uma fama do caralho, é um advogado e tanto. Tenho até calafrios ao lembrar do meu avô não poupando elogios para o Dean.

O velho não aceita que não vai ter nenhum descendente que vai ser advogado.

— E Manu - ele me olha- Você pode me passar o telefone do Nate? Querendo ou não é meu sobrinho, tenho interesse em conhecê-lo. Se cresceu longe do Caleb tem a possibilidade de não ser um completo fodido das ideias.

— Eu acho que você devia chamar ele para jantar aqui em casa amanhã, filha.

— Pai...

— Quero avaliar com quem estou lidando.

Ser maluco é foda.

[...]

Eu não fiquei surpresa com a reação do Noah, é o melhor amigo dele.

Meu irmão parece se importar muito com o Nate e obviamente toda essa situação é desconfortável para ele.

— Bom, ele não está mais vendendo. Pelo menos não é para estar.

— E o que você acha? - ele me encara.

— Que não há motivos para ele mentir sobre isso. Se o grande plano fosse vingança ele não teria me contado nada.

— Nate nunca me pareceu do tipo vingativo. Se bem que também não parecia do tipo que trafica....

— Uma coisa tenho que admitir, ele foi genial. A droga é de boa qualidade, mas o logotipo de uma fênix foi a cereja do bolo - dou risada da minha própria desgraça - ele até me explicou a teoria sobre a fênix, errei em não desconfiar.

— Que merda, nosso pai vai acabar com ele.

— Ao que parece ele não é o grande problema. Alguém aproveitou o esquema que o Nate criou e está tentando nos derrubar.

— O nosso pensamento é diferente no momento, Manu. O que te importa é manter o posto e ser o único fornecedor da cidade, para mim toda a história com o Nate me deixa mal.

— Você não tem que ouvir o que eu tenho para falar dele, o certo é você ouvir do próprio, vai até ele e conversa para poder tirar suas próprias conclusões. Mas faz logo que o maluco do nosso pai está tramando trazer o Nate para cá, depois disso vai ser ladeira abaixo.

— Observar muito bem a presa antes de estripar o coitado.

— Nate não tem nada de coitado e nosso pai não vai fazer nada, não por hora.

— Eu devo ter algum defeito, namorar a filha do Dean e ser melhor amigo do filho do Caleb. Senhor Camilo deve estar se perguntando porquê não me deixou no orfanato.

Que merda....

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