❤️🔥Manuela Camilo❤️🔥
Quem sabe o meu pai não me deixa de castigo sem poder sair de casa nunca mais. Assim eu não vou ter que lidar com as consequências desse ato imbecil.
Espero que o castigo venha rápido. Pelo amor de Deus, que venha muito rápido.
Me inclino e deixo um selinho nos lábios dele.
Tento ser rápida em voltar a minha posição inicial mas Nate segura meu rosto.
— Um beijinho, mas um de verdade, mimadinha. Esse aí mal conta como beijo.
Por que caralhos eu não desvinculei do toque dele? Eu posso fazer isso facilmente, seria tão simples me afastar.
A única resposta possível é que eu não quero.
Meu Deus! O que está acontecendo comigo?
Eu não faço o mínimo esforço quando ele puxa meu rosto na direção dele.
Os lábios dele voltam a tocar os meus e eu não nego quando ele pede para aprofundar o beijo.
Nate segura a lateral do meu rosto e me dá um beijo de verdade, um bem lento como se estivesse tentado conhecer cada cantinho da minha boca.
Meu corpo reage de uma forma extremamente impropria, estou em um hospital e ainda por cima com a droga do Nathanael.
— Porra, - ele me dá dois selinhos- se eu eu soubesse que para ganhar uns beijinhos eu precisar levar um tiro já tinha te chamado de gostosa na frente do seu pai e adiantado o processo.
— Ridículo- ele sorri e puxa meu rosto me beijando de novo .
Era para eu sentir essa sensação estranha no estômago?
Será que tem algo a ver com os meus pontos.
Droga...
Acho que isso não vai terminar nada bem para mim.
Escuto alguém limpando a garganta e me viro na direção da porta, assim que vejo minha mãe eu chego até mudar de cor.
Certeza que meu rostro está em um tom bizarro de vermelho.
— Mãe?
— Não queria atrapalhar, mas vim ver o Nathanael e isso aí parecia não ter fim. Tive que interceder antes de ficar constrangedor para mim.
Droga....
Ela se aproxima e sorri para o Nate .
— Como você está?
— Bem, muito bem.- ele limpa a garanta.
— Sei .....- ela me olha e depois olha para ele - Eu amo muito o meu marido e não quero que ele tenha um infarto ou algo do tipo- então por hora não se agarrem em lugares que ele possa ver. Desde já agradeço.
—Mãe, acho que já tá na hora de irmos.
Por favor, vamos embora!
— Claro. Tchau, Nate.- ela sorri novamente para ele.
— Você vem me ver de novo, mimadinha?- Ah...
— Não, com certeza meu pai vai me dar um castigo daqueles... Nem sei se vou poder sair de casa.
— Castigo? - minha mãe ri- Até parece que seu pai te colocaria de castigo, todo idiota quando se trata de você.- olho indignada para ela
De que lado ela tá? Aparentemente não é do meu.
— Ótimo, vou esperar a sua visita- ele pisca para mim.
[...]
Assim que cheguei em casa tentei ir direto para o meu quarto e ignorar tudo, mas a minha mãe foi mais rápida.
Me fez sentar na bancada da cozinha e fez chocolate quente. Foi praticamente uma tortura ver ela fazer tudo na maior calma possível, me deu até calafrios.
Observo ela me olhar e respirar fundo.
Lá vem um daqueles assuntos constrangedores...
-Então... que bom que ele está bem, né? Foi muita sorte.
— Acho que sim, é bom ele não ter morrido.- dou de ombros.
— Manu, fala com a sua mãe... E seja sincera.
— Ok, é muito bom que ele esteja respirando.
— Manu, você não nunca teve problemas para falar do Miguel para mim, o que aconteceu?
Engulo em seco sentindo mal por ver que ela realmente está chateada com isso.
— Parece estranho falar dele para você, me sinto meio mal.
— Você não precisa se sentir mal por gostar de outra pessoa, está tudo bem. Sou sua mãe e é importante para mim que você se sinta confortável em me contar as coisas.
— Bom, eu me sinto confortável em falar as coisas para você. Posso ser sincera?
— Sempre, filha.
— Eu não quero admitir tudo isso que está acontecendo, gostar de outra pessoa parece um tipo de traição...
— É difícil, você desde de pequenininha idealizava um relacionamento com o Miguel, é estranho para você admitir que tudo o que idealizou não vai ser real. Mas você tem que deixar isso de lado, só está perdendo tempo ignorando o que sente por aquele garoto.
— Ele vai ficar muito convencido se descobrir que eu gosto dele.
Posso até ver o sorrisinho arrogante naquele rostinho bonito dele.
— Deixa o menino...
Escuto passos e viro o rosto vendo o meu pai entrar na cozinha acompanhando do meu irmão.
— Sobre o que as minhas garotas estão conversando? - ele beija a minha testa e depois a da minha mãe.
— Papo de meninas, amor. Não vai ser feito jantar hoje , o que querem pedir para comer?
— Quero a comida mais gordurosa possível - meu irmão diz. Ele beija o topo da minha cabeça e senta do meu lado.- Eu mereço.
— Sua tia surta com isso.
— Ela banca a enfermeira que cuida da saúde para cima de mim, mas vive postando foto de comida - ele diz tirando uma risada da minha mãe.- Muita hipocrisia da parte dela.
— Que tal a gente pedir comida mexicana?
- Tudo que você quiser- meu pai diz escutando o Noah bufar.
— Era para você me apoiar, pai. - o mais novo resmunga .
— Eu quero paz por alguns dias, brigar com a sua mãe não tá na minha lista de afazeres.
Pau mandado....
A gente acabou pedindo a jantar e comemos juntos, eu amo os momentos em família, desde pequena aprendi a dar muito valor a cada um deles.
Pode ser meio disfuncional e ter mais emoção do que o necessário, mas eu amo muito a minha família e não mudaria nada nela.
— Posso chamar a Mel para almoçar aqui no fim de semana, mãe? - Noah questiona.
— Claro, filho. Você pode até chamar o seu amigo se ele já tiver recebido alta, estou devendo uma lasanha para vocês.