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❤️‍🔥Manuela Camilo❤️‍🔥

Observo meu irmão vir todo eufórico na minha direção.

— Temos que sair daqui agora.

— O Nate...

— Ele vai com a gente, vamos levar a mãe dele também. Só temos que sair rápido Manuela.- encaro o Nathanael que está parado atrás do meu irmão.

— Tem alguém lá fora? - devíamos ter sido mais rápidos.

— Não, tem alguém aqui dentro.

— O que? - encaro o Nate e depois a mãe dele .

Pela primeira vez eu olho direito para ela, passei o tempo toda focada no Nate. Ao ver que estou olhando para ela a mulher engole em seco.

Puta que pariu!

— O que você fez? - pergunto- É a droga do seu filho - digo indignada.

— Minha mãe não fez nada Mimadinha.

—Ah, fez sim! Tá na cara dela.- mantenho meu olhar fixo nela.

Se eu não estivesse tão focada no Nate teria percebido.

Ele tira completamente o meu foco, é péssimo.

— Minha mãe....

— Era você ou meu filho - ela diz me olhando- Eu realmente sinto muito, mas não tinha como eu fazer outra escolha , é o meu menino.- os olhos dela se enchem de lágrimas.

Nate encara a mãe totalmente confuso e meu irmão solta um palavrão.

— Eu não vou sair daqui né?- pergunto- Não adianta eu correr na direção da porta, certo?

— Não, todas as saídas possuem um tipo de trava digital. Eu sinto muito, ele sabia que você ia vir ele mandou instalar isso faz alguns dias .

— Merda!

Ele sabia que eu ia vir aqui.

Ele planejou isso tão bem.

— Como conseguiram acessar a casa? - confio no cara que está de vigia. Trabalha para o meu pai a anos e não iria trair a nossa família.

— Hmm- ela olha para o filho que parece decepcionado com ela e depois volta a me olhar.-  Essa casa têm acesso subterrâneo até um pequeno celeiro, o celeiro não faz parte do nosso imóvel, fica em outro que terreno que é acessado por outra rua. Esse acesso subterrâneo foi o motivo desta casa ser a escolhida.

Viro para o meu irmão.

— Você conhece nosso pai, logo ele está aqui - ele diz.

— Não estamos sozinhos aqui dentro, Noah. Somos presas encurraladas e assim que nosso pai chegar vai ser mais uma presa para aquele maníaco.

— Então, qual o plano?

— Não morrer. É basicamente isso o plano inicial.

Volto o meu olhar para o Nate, se eu não tivesse vindo atrás dele....

—Eu....-  ele tenta falar mas eu ignoro ele e vou até o faqueiro pegando uma das facas.

— É bom você não ter nenhum arranhão, Noah.- digo para ele, meio que ameaço.

Minha pulsação acelera quando escuto o assoalho do segundo andar regendo.

— Não acredito que você fez isso - escuto o Nate resmungar- Não mesmo.

— Você aparentemente gosta dessa garota, mas para mim ela é uma estranha e você é meu filho. Não tinha outra escolha.

Por mais irritada que eu esteja eu consigo entender a lógica de raciocínio dela.

                                       [...]

As coisas ficaram surprendente ruins muito rápido.

Foi como se a gente nunca tivesse realmente uma chance de lidar com tudo isso .

Vim aqui pelo Nate e agora meu irmão está correndo risco.

Estávamos na cozinha discutindo o que fazer e tentando bolar um plano quando dois caras entram. O homem negro que não sei o nem eu reconheci na hora já que ele estava na casa onde fui sequestrada.

Ele mandou o comparsa dele vir para cima de mim, mas antes que o ruivo pudesse se aproximar Nate já havia derrubado ele no chão.

Fiquei tão surpresa com a velocidade que mal vi quando o outro cara veio até mim e me segurou pelo pescoço.

— Você dá muito trabalho, não vale a pena te manter viva.

— Você não tem ideia de com quem está mexendo.

— Quanto maior a altura do seu ego, maior vai ser a sua queda.

— Digo o mesmo.

Pego a faca que havia escondido no cos da minha calça e enfio entre as costelas dele me liberando do aperto contra o meu pescoço.

Ele cai no chão e o sangue começa a escorrer  pelo ferimento e pela boca.

A senhora Morgan da um gritinho assustada, mas o que menos me importa agora é a saúde mental dessa mulher.

Observo que o Nate ainda está com o outro cara.  Sei que ele pode muito bem lidar com ele, mas ele meio que já se sentiu culpado pelo outro, então ....

Me aproximo e uso a faca suja de sangue para terminar o trabalho.

— A gente precisa ficar em um lugar mais seguro que essa cozinha.- digo  pois o lugar tem duas entradas.

— Eu juro que depois dessa eu vou te trancar no seu quarto e contar todas as suas rotas de fuga para o nosso pai.

— É...- meu castigo vai ser longo.

— Manu..- Nate segura meu braço quando vou me afastar...

— Não, eu...

— Caraca- a voz na porta da cozinha chama minha atenção- Eu sempre me esqueço que não devo em hipótese nenhuma subestimar você. Você é boa no que faz, uma assassina como o pai.

Não, eu não sou isso.

Só faço o que eu preciso.

— Você deve dar muito orgulho para ele, né? Alguém de pulso firme para assumir os negócios dele. Bom, os negócios que eram meus por direito, ao menos uma boa parte.

— Direito? É por isso toda essa merda? Você acha que tem algum direito sobre algo?

— Eu não acho, eu sei

— Você não tem direito a nada, ninguém tem.

Nem o Nate, meu pai está no controle e não vai ser uma quedinha idiota pelo filho do Caleb que a minha opinião vai mudar.

— Eu sei que o seu pai não vai me deixar em paz depois do que eu fiz. Vou ter que me livrar da família toda, incluindo os caras que estão no comando com o seu pai.

Tio Arthur e o meu padrinho.....

— Boa sorte em ir contra eles. Você não vai conseguir comandar nada se não se livrar de todos, e é óbvio que você não vai fazer isso, você não pode.

— Pequenas ações geram grandes consequências.

O barulho de uma arma sendo engatilhada atrás de mim me deixa tensa,  olho por cima do ombro e vejo que ela está sendo apontada para o meu irmão.

Isso tudo tem que acabar hoje e aqui, de um jeito ou de outro.

Caos Onde histórias criam vida. Descubra agora