33. Austrália

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Primeiro treino livre

Não chega a ser uma grande surpresa que o atual bicampeão Max Verstappen tenha dominado o primeiro treino livre do GP da Austrália, anotando 1m18s790 em sua melhor volta na noite desta quinta-feira (tarde de sexta, no horário de Melbourne). Mas a novidade é que, pela primeira vez em 2023, Lewis Hamilton figurou na parte da frente de uma sessão livre. O heptacampeão, que não vive dias fáceis com a Mercedes, foi o segundo colocado com 0s4 de desvantagem para o rival. Sergio Pérez completa o top 3.

O treino acabou mais cedo devido a uma bandeira vermelha acionada por uma falha na Williams do novato Logan Sargeant, dos Estados Unidos, quando ainda restavam quatro minutos para a bandeira quadriculada. Mas foi marcado por um episódio inusitado: uma falha no GPS de todas as equipes, que provocou confusão e congestionamento na pista - e por muito pouco, não houve um acidente.

O primeiro terço do treino foi protagonizado unicamente pelas duas RBRs. Verstappen e Pérez se revezaram na liderança da sessão, com o bicampeão se sobressaindo nos pneus macios e o mexicano, nos médios. A diferença entre eles chegou a apenas 0s015, mas o piloto do carro número 1 reduziu sua marca progressivamente em 1s e abriu meio segundo para o colega de equipe.

Ao contrário de Pérez, as outras equipes não conseguiram se aproximar do tempo estabelecido por Verstappen com os pneus de faixa amarela. Foi apenas com os macios que a disparidade diminuiu; do pelotão intermediário, as duas Ferraris saltaram para terceiro e quarto, respectivamente, com Carlos Sainz e Charles Leclerc.

As posições dos pilotos da escuderia se inverteriam perto do terço final do TL1, mas a dupla acabaria superada por Fernando Alonso até Hamilton surpreender quando restavam quatro minutos no cronômetro, fazendo o segundo melhor tempo para bater Pérez por apenas 0s024.

Correndo às cegas

Um movimento excessivo de carros na pista, anormal, chamou atenção nos últimos 20 minutos do treino. E não foram poucos os encontrões: Guanyu Zhou não ficou nada feliz ao ser cercado por uma RBR e uma Aston Martin, e Nico Hulkenberg teve que desviar do traçado pela grama para evitar bater em uma McLaren parada na pista.

Restando 23 minutos no cronômetro, bandeira vermelha e a explicação: o GPS de todas as equipes travou, o que impediu que pudessem orientar seus pilotos e causou o problema no tráfego. A direção de prova optou por paralisar a sessão por cinco minutos, mas o problema logo foi sanado

Houve um problema de GPS no momento, e a bandeira vermelha se fez necessária por razões de segurança, pois as equipes não conseguiam monitorar a posição de seus carros e a velocidade de aproximação - informou a Federação Internacional do Automobilismo (FIA).

Uns probleminhas aqui, ali...
Verstappen se queixou do câmbio e posteriormente de estar arrastando demais os freios traseiros ao longo do treino; Logan Sargeant e Hamilton, por sua vez, se queixaram por quiques nos carros. Yuki Tsunoda acabou escapando da pista, bem como Pérez, enquanto o mexicano abria volta

Na lista de pilotos atrapalhados por um rival mais lento em pista, Hamilton tornou a aparecer, pouco antes de Kevin Magnussen escapar do traçado. Restando seis minutos no cronômetro, foi a vez do líder Verstappen errar; o holandês rodou na saída da curva 4, passou por cima da zebra e travou os pneus, acionando uma bandeira amarela temporária

E as Mercedes?
Antes da última volta rápida de Hamilton, a octacampeã de construtores pouco havia aparecido. Hamilton, de médios, chegou a manter-se na terceira colocação e ensaiou uma única tentativa de volta rápida com potencial nos primeiros 12 minutos, com o tempo no primeiro setor da pista. Entretanto, seu W14 estava saindo de traseira na curva 9 e o britânico precisou abortar a tentativa.

George Russell, também de médios, andou atrás do colega de equipe por boa parte do tempo - cerca de 0s2 mais lento. Já no último terço do treino, o jovem britânico seguiu o resto do grid ao adotar os compostos de faixa vermelha e conseguiu superar o companheiro por algum tempo. Ainda assim, foi apenas nono na sessão.

Segundo treino livre

Foi Fernando Alonso quem terminou na liderança do segundo treino livre do GP da Austrália de Fórmula 1, realizado na tarde australiana — madrugada brasileira — desta sexta-feira (31). O piloto da Aston Martin ficou com a ponta, mas não há muito a tirar do rendimento dos carros. O motivo? Quem brilhou mesmo foi a chuva.

A realidade é que o tempo de pista seca foi de mais ou menos 20 minutos. Quase no fim deste tempo, Alonso conseguiu anotar 1min18s887, ainda usando pneus médios, e terminou na dianteira. Somente Sergio Pérez e Alexander Albon chegaram a colocar os macios, mas a pista já não estava para eles

Por quase 40 minutos, a chuva caiu e acabou mexendo com a pista. Os pilotos passaram a andar de pneus intermediários e não mais tiraram tempo representativo para a tabela. No TL2, ao menos, não teve problema com o sistema de GPS, como aconteceu na atividade da manhã.

Charles Leclerc foi segundo colocado, com 0s445 de desvantagem para Alonso. Max Verstappen foi terceiro, seguido por George Russell, Carlos Sainz, Esteban Ocon, Sergio Pérez, Lando Norris, Nico Hülkenberg e Pierre Gasly.

A temperatura definitivamente caíra entre os dois treinos. Quase quatro horas se passaram entre as atividades, mas quando chegou o momento do segundo treino livre a situação era de 16°C de temperatura ambiente. O sol, antes liderando o céu apesar das nuvens, agora estava escondido entre muitas nuvens carregadas. A temperatura da pista não passava de 24°C. Chuva? Estava próxima.

O primeiro a sair na pista, assim como pela manhã, foi Carlos Sainz a bordo da Ferrari. Mas novamente a pista encheu quase que imediatamente, o que fazia sentido, por conta das condições climáticas.

Sainz, na pista com pneus médios, foi quem completou volta na frente dos demais: 1min20s378. Durou apenas poucos minutos, até Max Verstappen também passar de médios e engolir a volta ao cravar 1min19s759. Em cinco minutos, 19 dos 20 pilotos já haviam andado no traçado.

O único fora da pista era Logan Sargeant, que sofreu problemas de ordem elétrica no fim do TL1, e tinha os mecânicos da Williams trabalhando pesado nos boxes.

A grande maioria de pilotos e equipes decidiu tomar a pista com pneus médios. Somente Sergio Pérez e Alexander Albon saíram de macios, enquanto Nyck de Vries, George Russell, Lance Stroll, Nico Hülkenberg, Lewis Hamilton, Lando Norris, Yuki Tsunoda, Pierre Gasly e Nico Hülkenberg usaram os pneus duros.

É bom lembrar que a escolha de pneus da Pirelli para o fim de semana é a mesma da última corrida: C2, C3 e C4.

As voltas iam se sobrepondo nos primeiros 15 minutos, e Fernando Alonso assumiu a liderança ao anotar 1min18s887. Aí, contudo, apareceu a temida chuva. Primeiro, Russell foi avisado que chovia em parte do traçado, mas era pouco. Nos minutos seguintes, a força da precipitação foi aumentando. Logo a Mercedes avisou que estava “chovendo bastante agora”.

O próximo aviso importante partiu da Alpine. “Acho que devemos ir para a pista, a chuva vai apertar mais em dez minutos”, foi o aviso para Esteban Ocon. Em seguida, Norris escapou na curva um, onde já estava molhado. A situação da pista piorava e, com isso, todo mundo foi para os boxes.

Com 30 minutos para o fim da sessão, o top-10 tinha Alonso, Charles Leclerc, Verstappen, Russell, Sainz, Ocon, Pérez, Norris, Hülkenberg, Gasly.

Passando da marca de metade do treino, alguns pilotos começaram a colocar os pneus intermediários para testar a pista. Russell foi o primeiro, mas Leclerc e Sainz fizeram o mesmo, bem como Ocon, Gasly e Hamilton. “Não tem sentido de andar desse jeito”, foi a resposta de Leclerc. E, assim, todo mundo foi voltando para o pit-lane.

Daí em diante, era uma dança de teste dos pneus para pista molhada, que ainda não haviam sido utilizados em 2023. Verstappen e Pérez saíram quase juntos; depois, Alonso e Stroll; Piastri e Norris. E assim por diante. As equipes iam colocando seus carros para algumas voltas de pneus intermediários, mas nada tão emocionante.

Importante foi a Haas resolver os problemas de DRS de Hülkenberg e conseguir devolvê-lo à pista, bem como a escapada e sambada na briga por parte de Stroll. A chuva diminuiu para os dez minutos finais, mas não havia tempo para a pista secar o suficiente. O final foi assim, com mais de 35 minutos onde muito pouco aconteceu.

Amor por acaso / Temporada 2023 ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora