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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

Rome - Italy | 2007

- Por favor!

- Não adianta, Victoria. - disse, balançando a cabeça sem tirar os olhos da enorme pilha de roupas jogadas sobre minha cama - Já está tudo decidido.

- Qual é, mãe! Você sabe que eu não queria passar o verão naquele lugar idiota. - cruzo os braços.

- Vic, o que você fez foi inaceitável.

- Não foi tão ruim assim... - digo, seguindo minha mãe até a cozinha. Por mais errada que estivesse, eu tinha os motivos certos ou, até mesmo, os motivos necessários - Eu só fiz uma brincadeira com uma colega, o que tem de errado nisso?

- Brincadeira? Sério, Victoria? - mamãe franze a testa, enquanto pegava um pote de gelato na geladeira - Você puxou tanto o lado da minha família, que não sei mais distinguir se isso é algo bom ou ruim. - ela ergue o pote na minha direção - Pistache, quer?

Suspiro com insatisfação, observando a loira revirar a gaveta de talheres.

- Odeio como você me faz sentir culpada por coisas bobas.

- Você chama aquilo de coisa boba? -  a loira tira duas colheres da gaveta, logo jogando no ar uma delas para mim que, imediatamente, a pego.

- Na verdade, é super boba. - dou de ombros.

- Eu só queria saber de onde você tirou aquela ideia. - ela me encara, pensativa.

Pressiono os lábios em uma linha fina, segurando o riso.

FLASHBACK ON - uma semana antes - 02:25

- Vic, acho que isso não é uma boa ideia! - sussurrou meu melhor amigo, segurando meu braço.

Apreensiva, encaro Thomas e vejo temor transparecendo em seus olhos. Retiro as suas mãos pálidas que me seguravam com força e respiro fundo, buscando por coragem.

- Silêncio, Thomas! Apenas faça o que planejamos. - sussurro de volta, enquanto chegava mais perto da cama de Antonella. Loira, olhos verdes, dezessete anos, a garota exemplar e filha de um dos maiores CEO's da Itália. O alvo perfeito.

Thomas suspira inseguro e me entrega a tesoura, relutante. Com cautela, pego alguns fios loiros da garota, que estavam perfeitamente espalhados pela fronha de cetim azul tiffany do seu travesseiro.

Sinceramente, eu não tinha algo contra a loira. Antonella nunca havia olhado torto na minha direção ou tentado puxar algum assunto comigo. Na verdade, ela sempre viveu no seu próprio mundinho perfeito, parecendo não ter problemas ou se importar com alguém que não esteja ao seu redor a enaltecendo. Mas para mim era só mais uma garota bonita e de classe alta. Por esses e mais motivos, Antonella era muito popular no acampamento e o alvo mais apropriado para a minha estratégia.

AFFAIR | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora