Capítulo 58

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Joshua

Pegar um resfriado em um dia tão importante não estava nos meus planos.

Mas tudo que acontecia entre mim e Gracie também não.

Quis provocá-la mais cedo, só por isso fui realmente infantil. Porém a cada segundo tendo-a ao meu lado precisava respirar fundo para não enlouquecer de vontade de correr ao seu encontro e prendê-la em meus braços para que ouça tudo que eu tenho pra falar.

Não tenho mais psicológico pra essa merda.

Só preciso que esse dia termine, e o próximo também. Para que eu possa ir pra casa e manter vários quilômetros de distância entre nós, antes que eu cometa a loucura de prensá-la na parede e beijá-la até que esqueça do próprio nome.

Estou enlouquecendo.

Tudo porque a vi mais cedo na porra do roupão semiaberto que me permitiu ter detalhes da lingerie que usava. E tudo o que queria naquele momento era me aproximar, abrir a peça lentamente, colocar minhas mãos em sua pele macia e conhecer cada pedaço do seu corpo.

Merda.

E depois que a vi vestida para o coquetel parecendo uma deusa, meu pau se agitou com a vontade de tomá-la.

Que. Caralho.

Então descemos, e consegui sentir cada instante que seu corpo retesou na presença de outra pessoa. Primeiro com Claire, em seguida com Pennelope.

Ela estava... com ciúmes?

Ou agia assim porque eu a estava evitando deliberadamente em prol da minha saúde mental?

Como se isso estivesse sendo possível, idiota.

Prefiro acreditar que era a segunda opção, levando em consideração que pensar nela com ciúmes de mim só faria esse coração estúpido e idiota ter uma migalha de esperança.

Observei Gracie ficar totalmente envergonhada pela proposta da ceo. Clair sempre foi... direta com o que quer.

Eu a provoquei. Claro que eu jamais aceitaria. Se um dia fosse pra ter Gracie na minha cama, não a dividiria com ninguém.

Podia até não ser ciúmes da parte dela com as duas mulheres, mas a vi claramente incomodada. As três taças de vinho que havia bebido eram prova disso.

E quando fui até o banheiro para me certificar que estava bem, dei de cara com Pennelope vindo do lugar. Ela me cercou e teve a iniciativa de me puxar pela gravata me beijando.

Devolvi o beijo com a mesma ânsia apenas porque pela minha visão periférica pude ver a dona dos meus surtos diários se aproximando com seus olhos queimando em nós.

Também vi quando desviou o olhar, encarando a mão fechada em punho. Sendo o motivo do meu sorriso e da finalização do beijo.

Ao voltar para o salão do restaurante, ainda acompanhei quando saiu apressada pelo corredor, e a segui com os olhos ao caminhar pela área externa do resort enquanto eu voltava para meu lugar à mesa que agora contava com um novo integrante.

Vicent tentaria seduzi-la, tinha certeza disso. Ele a cercou desde que chegamos ao resort e em momento algum disfarçou seu interesse.

Me mantive atento aos seus passos. E foi graças a porta de vidro e minha visão não bloqueada pelas pessoas dentro do restaurante do local, que vi o exato momento que se desequilibrou.

Em questão de segundos me levantei, andando a passos largos me desvencilhando dos convidados. Corri assim que meus pés alcançaram o lado de fora.

Não pensei em mais nada ao pular na piscina ainda vestido.

Minha RuínaOnde histórias criam vida. Descubra agora