GracieQuem inventou a tal bebida alcoólica deve ter algum pacto com o demônio.
Não tem condições de existir algo tão bom e ao mesmo tempo tão prejudicial.
Ainda estou me perguntando porque bebi na festa que aconteceu na casa de uma das fraternidades do campus na noite anterior.
Só aceitei ir depois de tanta insistência de Cameron.
E então, ao entender mais uma vez o porque quase nunca vou, achei que a tequila me traria um certo alívio por estar em um ambiente que detesto.
Isso, para não admitir que bebi de verdade para evitar ter certo advogado em meus pensamentos por tanto tempo.
Não contei quantas doses, só tenho certeza que foi mais do que deveria. O que justifica acordar ao lado de Cameron na cama do motel para o qual viemos sem me lembrar de muita coisa.
Merda.
Atrasada.
- Bom dia, gatinha. - Minha bochecha foi beijada ao ser encontrada acordada.
- Bom dia. Preciso ir. - Falei depois de ver as horas no meu celular e me sentar apressada na cama.
- Vou te levar. - Cameron sentou ao meu lado e me beijou de forma lenta.
Achava sexo algo tão desconfortável.
Não conseguia entender o porquê das pessoas gostarem tanto.
Beijei sua bochecha brevemente e corri para o banheiro para tomar um rápido banho. Ainda teria que passar rapidinho no dormitório e trocar minhas roupas. Pelo menos estávamos perto e minutos depois fui deixada na porta da empresa.
Odeio chegar atrasada. Isso quase nunca aconteceu.
Andei a passos largos, pronta para verificar no espelho do elevador se minhas roupas estavam no lugar certo e se meu cabelo estaria decentemente arrumado, considerando que me arrumei no desespero para mais uma sexta de trabalho.
Graças a Deus, faria meu último exame e poderia ficar livre este fim de semana para poder visitar meus pais. Sorri com a expectativa de ser paparica por papai o final de semana inteiro.
Ele sempre dá um jeito de fazer todas as minhas comidas preferidas e arruma um tempo para fazermos algo juntos. Seja cozinhar, vermos um filme ou seu jogo favorito, como até mesmo nos dividirmos na organização da casa.
Pensar nele me distraiu tanto que entrei com tudo no elevador, paralisando ao ver Joshua sozinho ali dentro se virando para a porta no exato momento que dei dois passos para trás na tentativa de sair e entrar em outro antes que me visse.
Porém, ele foi mais rápido me puxando pela cintura, impedindo que a porta se fechasse em mim.
Meu ex chefe era inteligente o bastante para ter conhecimento que o sensor da porta a impediria de se fechar e me machucar.
Nesse momento tudo que tive foi certeza que Joshua foi subjugado pelo próprio corpo, tendo seus reflexos mais rápidos do que a informação pôde chegar em seu cérebro.
Reflexos que me colocavam em primeiro lugar.
- Cuidado!
Meu coração martelou no peito, deixando minha respiração entrecortada ao sentir suas mãos em meu corpo e seu olhar fixo no meu.
Segundos se passaram enquanto permanecíamos presos um ao outro. Enquanto ele me estudava e eu a ele.
Deus, por que continuar nos colocando tão perto?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha Ruína
Romansa*Esta não é a versão original do livro* Joshua Price Nunca pensei que me apaixonaria na minha vida. Não depois de fechar meu coração para esse sentimento após tudo que vivenciei dentro da minha própria casa. Agora, imagina me apaixonar pela esposa d...