Fiquei rolando na cama assim que me deitei, demorou, mas consegui dormir.
Acordei relativamente bem na manhã de segunda, afinal, apesar dos pesares, tive momentos muito bons.
Tomei um café da manhã caprichado e fui pro studio.
Hoje teria minha primeira aula com a turma nova.
Sorri ao lembrar de Valentina, sobre ela ter me dito que eu poderia dar aulas a mesma.
Assim que a turma nova entrou, eu dei uma leve introdução sobre a aula, sobre mim e sobre o espaço.
Eram 15 pessoas, todas da minha idade praticamente.
Acabei saindo mais tarde do que de costume, cheguei em casa as 14h e fui correndo almoçar.
Não tinha ninguém em casa, estranhei pois minha mãe está sempre aqui.
Mas bom, aproveitei pra por música alta e me curtir.
Arrumei algumas coisas, e depois fui fazer uma atividade que eu tava procrastinando pra terminar.
Me alonguei um pouco, fiz um lanche da tarde e fui me arrumar pra faculdade.
Logo meu pai chegou, tomou café e saímos.
- até quando você vai se negar a fazer as aulas de direção?
- é tão ruim assim ser meu motorista?
- nem vem com essa carinha de gato de botas, saber dirigir em São Paulo é questão de sobrevivência.
- aí pai, eu tenho outras prioridades.
- você deveria ser sua prioridade, e aprender a dirigir um carro se enquadra em coisas feitas pra você!
- ih, quê que é em?
- nada, só estou dizendo que você deve fazer mais por você.
- pai, quer me dizer algo?
- você quer me contar algo?
Ele me olhou afetuoso e voltou a prestar atenção no trânsito.
- não, nada pra contar.
- certo, caso tenha um dia, sabe que pode contar comigo pra tudo né?
- sei..
Mudamos de assunto, e realmente, preciso aprender a dirigir.
Encontrei com Duda assim que desci do carro.
Entramos juntas, ela queria saber todos os detalhes da festa sábado.
- tinha muita gente importante lá, não sabia que a família deles eram tão influentes assim, tinha um dj muito bom, a comida ótima, bebida ótima.
- eu fiquei realmente surpresa quando você disse que ia, decidiu dar uma trégua da Valentina?
- ah, ela é irmã do meu cunhado, e não é tãoooo chata assim, só um pouquinho.
Duda deu risada e eu também sorri.
Estávamos pelo pátio quando avistamos Juliana passar por nós, como de costume, não nos cumprimentou.
Mas diferente das outras vezes, ela olhou pra mim de uma forma que meu corpo se arrepiou inteiro.
Que sensação ruim..
Decidi ignorar, Duda foi para o pavilhão dela e eu fui para o meu.
Que estranho não ver Valentina por aqui.
Quando as aulas acabaram, me reuni com o pessoal de sempre pela área de convivência.
Estava conversando com Pedro, e ele mais uma vez estava me chamando pra sair.