dores.

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Quero dizer que fico muito feliz com cada comentário, cada retorno vale muito, é massa demais acompanhar vocês também. Obrigada! ❤️












A gritei mais de uma vez, mas Valentina não voltou, escutei o barulho da porta batendo forte e depois o seu silêncio.

Um choro compulsivo tomou conta de mim, assim como uma dor de cabeça e culpa instantânea, como se eu voltasse em minha consciência.

- merda, merda, merda!!

Sussurrei enquanto chorava e tentava controlar minha respiração, um enjoo tomou conta de mim, corri pro banheiro e tudo que vi, foi meu corpo debruçado sobre o vaso sanitário.

Após alguns minutos me levantei, tirei minha roupa e entrei de baixo do chuveiro.

- que droga você fez Luiza, que inferno!

Porque eu tentei forçar daquela forma? Porque eu fui abrir a porra da boca assim?

Eu me sinto a pior pessoa do mundo agora.

Nesse tempo eu venho tentando não a machucar, ser alguém diferente do que ela sempre teve.

Mas fui pior, a machuquei sabendo exatamente onde doí.

Me derramei em lágrimas novamente, e nisso quase acabei com toda água do planeta terra, quando finalmente sai do banho, coloquei um roupão de Valentina.

Me sentei na cama, depois me deitei, rolei pra um lado, depois para o outro, o tempo foi passando e nada de conseguir dormir.

Será que ela já estava dormindo? Eu iria piorar tudo indo atrás dela agora?

Em um rompante de coragem, me levantei e fui até o quarto que ela estava, tentei abrir a porta, mas estava trancada, entendi que ela realmente não queria falar comigo.

Me sentei ali em frente a porta, sim, eu só queria ficar perto de alguma forma.

Passou uns 10 minutos, eu me mantive ali, eu não tiro seus motivos pra não falar comigo, eu sei que mesmo com meus motivos, fui uma escrota, mas só de pensar na hipótese de perder Valentina, e por minha culpa, me deixava sem ar.

- você ainda tá aí?

Escutei sua voz baixa do outro lado da porta.

- sim, você quer que eu saia?

- seria bom você se levantar do chão, pode pegar resfriado.

Então ela ainda se importa comigo?

- eu não me importo, só quero ficar perto de você.

Ela não respondeu, mas eu escutei sua respiração, em seguida a porta sendo aberta.

Me levantei rapidamente e a olhei, Valentina assim como eu, também tinha chorado e muito.

- me perdoa, por favor, eu me ode-

- você ainda tá bebada?

Valentina me interrompeu com frieza, seu olhar era indiferente.

- acho que não, eu não sei.

- podemos conversar depois? Tá de madrugada e eu to muito, muito cansada.

Sua fala soou ambígua, será que ela estava cansada de mim?

- tudo bem se é o que você quer..

- é, é o que eu preciso na verdade. Eu tive uma dia péssimo, eu achei que acabaria bem em sua companhia, mas você fez questão de o deixar ainda pior.

Fiquei em silêncio, tudo que eu conseguia era me sentir péssima.

- me desculpa, eu to magoada, e muito irritada com você agora, por isso prefiro que a gente converse amanhã, antes que tudo piore.

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