coisas do passado.

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Bom final de semana, espero que gostem. 💖



Após o almoço eu deixei Luiza no studio. Fui pra casa e arrumei uma bolsa como ela pediu, biquíni, e roupa simples e leve.

Como não tenho muito o que fazer agora, passei o dia cochilando e vendo bobagens na internet, quando deu as 17h, tomei um banho e fui buscar Luiza em sua casa, ela tinha me avisado que estava pronta.

- vai dormir no apartamento de novo?

Minha mãe perguntou e veio atrás de mim assim que me viu passar pela sala.

- ah, oi mãe, não, eu vou pra casa de uma pessoa hoje.

- vai dormir lá?

- sim..

- a Juls me ligou.

Meu corpo inteiro adormeceu e o ar me faltou.

- e o que ela queria?

- saber de você, ela sente sua falta..

- e o que você disse?

- que você está indo bem.

- ela disse quando volta?

- porque você não liga pra ela? Ela parecia triste..

- mãe..

- sério Valentina, quatro anos, não precisa acabar assim.

Minha mãe tinha razão, por mais machucados que nos causamos, nosso término não precisa ser mais um.

- tá, eu vou pensar, mas não diga mais nada sobre mim quando ela perguntar.

- tá, você quem sabe..

- e como ela tá?

Não resisti e perguntei, eu ainda me importo.

- a semana de moda começou, ela tá se divertindo indo para os desfiles, fazendo compras caras, recebeu até convite pra desfilar também,  pra quela marca MIU MIU, acredita?

- sério? Ela sempre teve jeito, além de ser linda.

- sério, quer ver as fotos?

Algo em mim dizia que sim, mas algo maior dizia que não.

- melhor não..

Me afastei e minha mãe quase fez uma careta.

-  eu to indo, tá? Beijos, te amo.

Bati a porta e sai dali o mais rápido possível.

Fui o caminho inteiro até a casa de Luiza pensando em como são os ciclos. As coisas nascem, crescem, e morrem.

São boas até não serem mais.

Será que vai ser assim com Luiza também? Seremos ruins uma para outra em algum momento?

Estacionei o carro e andei até a porta de sua casa, me perguntei se deveria tocar a campainha, ou só apenas ligar e esperar no carro, num súbito de coragem eu toquei, e em pouco tempo, uma mulher abriu, acredito ser sua mãe.

Ela me olhou estranho, em silêncio, como se me reconhecesse, mas eu juro que nunca a vi na vida.

- você se parece muito com ele..

- oi? Sou Valentina, prazer.

Estendi a mão em cumprimento, mas ela não retribuiu.

Luiza logo apareceu atrás dela, e sorriu vindo em minha direção.

- Valen!

- mãe, essa é a Valentina. Estamos indo pro sítio, volto amanhã, ok?

- pro sítio? Claro que não Luiza.

Depois de você.Onde histórias criam vida. Descubra agora