Gostando disso de um capítulo por dia, até quando? Não sei skskskkssk, mas tô adorando o retorno, continuem!!
Valentina e Marcos passaram um bom tempo lá em cima, e isso me deixou curiosa. Catarina estava sendo muito simpática e receptiva, o que me deixava confortável. Após um tempo os dois desceram e voltaram ao nosso encontro, Valentina estava com o nariz e olhos vermelhos, claramente tinha chorado. Mas porquê? Ela estava também com um envelope grande em mãos, seria algo do trabalho, alguma espécie de presente?
- tá tudo bem amor? Perguntei para que só ela ouvisse, enquanto fazia carinho em sua mão.
- tá sim.
Ela me deu um selinho e se interagiu na conversa, logo estava rindo, mas pra mim era um riso forçado.
- quando quiser ir me fala, tá?
- acho que podemos ir então, tô cansada..
- bom família, a gente tá indo.
- ah não meu amor, dorme aqui com a gente, certeza que sua cama sente sua falta.
- eu tenho outra cama agora que também sente minha falta.
Graças a Deus, sei que pode parecer loucura da minha parte mas certamente não é uma das melhores coisas do mundo dormir com Valentina em uma cama onde aquela mexicana maluca pintava e bordava. Urgh, que nojo!!
Porque Valentina teve que viver antes de me conhecer? Que ódio!
Balancei minha cabeça dissipando meu pensamento, Valentina estava se despedindo e eu fui fazer o mesmo.
Estava oferecendo minha mão pro Marcos apertar, mas me surpreendendo, ele me puxou pra um abraço apertado. - obrigada por fazer bem a minha filha.
Quando nós separamos do abraço, Carol e Igor nos olhava chocados, aparentemente ele não era tão afetuoso assim com "estranhos."
Valentina também olhou surpresa, e deu um leve sorriso em direção ao pai, que fez um aceno de cabeça. Saímos na promessa de logo voltarmos pra um churrasco.
- como foi?
- bem amor, fico feliz da sua mãe ter superado aquela lambisgoia, ela é uma fofa inclusive.
- a dona Catarina é um docinho mesmo, longe dos feitiços daquela lá, é melhor ainda.
- já seu pai é meio durão né? Fiquei surpresa com o abraço.
- ele é, mas com o tempo ele amolece.
Fiquei curiosa em perguntar sobre o envelope, mas deixei pra lá.
Chegamos em casa e eu fui logo tomar um banho pra amenizar os sintomas do vinho, Valentina disse que logo viria, mas quando voltou pro quarto, eu já estava me preparando pra dormir.
- desculpa, eu acabei ficando perdida no tempo.
Mais uma vez, presa naquele bendito escritório.
- tudo bem, obrigada por hoje, eu adorei a sua família.
- obrigada você, por hoje e pelos últimos 9 meses.
Valentina se aproximou de mim, seus olhos brilhavam, tinha um misto de sentimentos ali que eu não consigo descrever. Ela tocou meu rosto com delicadeza, fazendo um carinho sutil. - promete pra mim que nunca vai esquecer do quanto eu te amo e te quero bem?
- eu não pretendo me esquecer da mulher que me deu a sensação de vida, nunca.
- eu amo muito você.
Ela me deu um selinho, depois outro, até me beijar, um toque doce e sútil apenas de lábios. Quando nos separamos vi lágrimas em seu rosto, enxuguei com meus polegares e colei minha testa na dela.