esposa.

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Capitulo daquele jeitinho pra terminar o domingo, e começar a semana. Leiam com calma, é o penúltimo.🤍


19:45h, tava tão imersa em um caso que não vi as horas passarem, e agora, eu teria mais uma discussão em casa.

- merda!!

Sai às pressas da delegacia, olhei o celular, uma ligação perdida de Luiza e três mensagens perguntando onde eu estava e o que estava fazendo.

Achei melhor não responder, eu já tava indo embora e uma mensagem agora não mudaria o bico enorme que ela estaria.

Dois meses atrás, Jade brigou no colégio, na verdade, ela só estava se defendendo de um fedelho mal educado. Fomos chamadas para uma reunião com os pais daquele orelhudo. O corno do seu pai,
simplesmente nos culpou, dizendo que duas mães não tinham culhão pra cuidar de uma criança, e que Jade era raivosa porque certamente eu e Luiza éramos desequilibradas em casa.

O que não é verdade, nunca discutimos na frente da Jade, e até brigadas, nos esforçamos pra nos mostrar bem na frente da pequena.

E não ficando atrás dele, a sua esposa, uma megera mentirosa, tentou fazer a cabeça da minha mulher, dizendo que além de uma mãe ruim, eu era infiel e vivia dando em cima de todas as outras mães do colégio, inclusive dela.

O que obviamente fez Luiza arrancar mechas do cabelo daquela sonsa, sim, tudo isso em frente a diretora do colégio da nossa filha.

Mas não é que mostrar um distintivo de delegada federal e alterar a voz resolveu as coisas?

- minha vizinha gata favorita, que bom que você apareceu.

Merda!

- Oi Alice, tudo bem?

- melhor agora, pode me ajudar com isso?

Olhei pro porta-malas do seu carro, algumas compras, se ela organizasse melhor daria pra subir com tudo sozinha, mas tudo bem, gentileza gera gentileza.

Peguei algumas coisas, e entramos no elevador, vez ou outra eu pegava ela me olhando, eu tentei fingir pra mim mesma por um tempo que ela não dava em cima de mim, mas é um fato, fato esse que tenho que engolir já que sua filha Aninha é melhor amiga da Jade.

E céus, como uma pessoa casada pode ser tão sem vergonha? Talvez o maridão não dê conta e ela tenha que procurar na rua, mas eu tenho quem da conta de mim todos os dias, então lamento muito.

O elevador se abriu, nosso andar era o último, era enorme, mas só possuí quatro apartamentos. Andei com ela até o seu, o último do corredor, eu já estava ali, então, entrei, deixei suas coisas na mesa da sala, ela puxou assunto, mas eu já tinha me atrasado demais, então me despedi.

Quando saí e me virei, Luiza estava na porta. Com os braços cruzados, me olhando com raiva como se eu tivesse cometido o maior crime do mundo.

- muito obrigado Valen, espero poder te retribuir depois.

MERDA CALA A BOCA!

Se quer me virei pra olhar aquela atirada, apenas andei em silêncio pra direção de Luiza, que assim que a mulher fechou a porta, veio pra cima de mim com os dois punhos fechados. Eu rapidamente os segurei, impedindo que ela me batesse.

- qual a merda do seu problema Valentina?

- eu vacilei, eu sei, mas podemos conversar e não discutir?

Ela se soltou de mim, olhou em direção ao apartamento ao lado mais uma vez, continuou na nossa porta, e eu ali no meio do corredor pensando em uma forma de não morrer hoje.

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