na maresia.

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A autora fica feliz quando recebe o feedback de vocês, não esqueçam. Espero que gostem do presentinho de Natal adiantado.










- to te poupando de ficar com assadura amor, muito perigoso..

Valentina me olhou com uma cara, e eu entendi exatamente o que ela ia dizer.

- sem reclamar, lembra?

- eu não iria.

Sorri  com sua resposta e me levantei a enchendo de selinhos.

Almoçamos ali pela praia, tomamos muita água de coco, banho de mar e eu fiquei com uma marquinha espetacular. Já era fim de tarde quando  estávamos saindo, mas logo avistamos um aglomerado de pessoas, e uma música muito boa vindo de lá, e claro que nos juntamos.

- cerveja? Valentina perguntou enquanto já pegava duas com um ambulante, começamos a beber enquanto dançávamos em volta daquela roda deliciosa.

Logo começou uma música conhecida por nós duas, eu tinha mostrado ela pra Valentina dias atrás.

Puxei a mesma pela cintura com uma mão, mantendo a outra pro alto com a cerveja, ela fez o mesmo e logo começamos a nos embalar, devagar, nos curtindo, entre beijos sabor cerveja, sorrisos e olhares.

"Na maresia a gente vai coladinho
E com esse dengo, eu tô tranquila demais
Então, menino, vamo devagarinho
Que desse jeito, nossa história vai."

- "Esse encontro nosso é sorte grande
Me faz rir de amores que exigiam demais
Nosso laço tá bem amarrado
Em folha de arruda, esse amor foi banhado."

Valentina cantou sussurrando em minha orelha, me deixando totalmente arrepiada.

- "E a gente até balança, mas não cai
Tua mão tá presa na minha cintura
E aqui o balanço é bom demais
O balanço é bom, o balanço é bom."

Foi minha vez de cantar, agora sobre seus lábios, olhando em seus olhos, e com meu nariz tocando o dela.


Na quinta Valentina me levou para conhecer o Cristo, e mais uma vez eu me deslumbrei, realmente o Rio de Janeiro é lindo.

Os dias seguintes foram todos assim, muitos passeios, jantares, praia, e sua promessa de sexo todos os dias estava sendo mais do que cumprida, bem mais de uma vez por dia inclusive. Desde que começamos a nos relacionar, nunca tivemos uma vida sexual tão ativa como agora, acredito que a distância estivesse sendo nosso único empecilho, e não falta de vontade dela como por um rápido momento eu já pensei..

Teve dias em que ela se estressou com o trabalho, acordei com ela aos gritos falando com alguém por ligação,  e em outras até por vídeo chamada, em um deles vir ser seu pai. Fiquei um tantinho assustada, já que ela é sempre tão calma, mas resolvi me abster já que não era comigo, dei espaço e logo passou.

Fui obrigada a acompanhá-la em um jogo do flamengo no Maracanã, e pagando totalmente minha língua, sai de lá uma tremenda flamenguista. Inclusive depois de muita insistência, Valentina aceitou uma camisa retrô de presente, um modelo que ela ainda não tinha, e eu particularmente não via a hora de vê-la usando, ela estava radiante após seu time vencer em casa, e era contagiante vê-la daquela forma.

A cada dia que se passava ao lado dela, eu tinha certeza do quanto a quero pra sempre em minha vida, do quanto a amo e nos complementamos.

Valentina estava na sacada, escorada no para peito assistindo o por do sol, levemente inclinada, de calcinha preta e uma regata branca, era literalmente a visão do paraíso.

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