Forasteiro

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A chuva estava mais forte do que Hinata esperava, estava terminando de tirar a torta do forno quando começou a notar as goteiras que se formavam nas telhas.

Suspirou fundo havia pouco tempo que ela estava naquele lugar, no começo teve dificuldade em se adaptar mas logo pegou o jeito e desde então a cabana deixada por sua bem feitora virou de fato seu lar.

Ali ela estava segura e longe daquele louco, sentia falta da sua família mas ao menos até o divórcio ser assinado pelo doente que um dia foi seu marido ela precisava se manter escondida de todos.

Vestiu a capa de chuva amarela e pegou o guarda chuva, antes de sair olhou brevemente pela janela não enxergava nada lá fora.

Decidiu pegar seu 38, desde que sofreu o ataque do ex-marido antes de chegar aquele lugar ela nunca saia sem sua arma mesmo que estivesse sozinha.

- Me deseja sorte Max.

Falou com o gato persa que se espreguiçava no encosto da poltrona, precisava ir até o celeiro pegar os baldes pra aparar as goteiras, daria um jeito naquele telhado pela manhã.

...

- Oi tango, noite barulhenta não é lindo?

O equino imediatamente relinchou a reconhecendo imediatamente, Hinata amava aquele cavalo e o carinho era recíproco da parte do grande aninal, notou que ele estava mais agitado do que de costume.

- O que foi garoto? Medo de trovão?

Neste momento ouviu algo chacoalhar abaixo da pilha de feno ao lado do estábulo improvisado, logo apontou a lanterna pro local junto com sua arma em punho.

- Quem está aí? Anda responde ou juro por Deus que vou atirar!

Não houve resposta, juntou toda a coragem e começou a afastar o feno e então a surpresa, tinha alguém lá e estava muito ferido.

O homem também estava com uma arma mas não tinha força sequer pra empunhar contra ela.

- Meu Deus, quem é você?!

- Por favor... me ajude.

Foi a última frase que ele proferiu antes de desmaiar, imediatamente ela terminou de tirar o feno e pôde notar o ferimento a bala ele perdeu uma quantidade considerável de sangue e estava muito pálido, notou que era um cara grande pra 1.57 que ela tinha mas teria que tirar ele dali de qualquer jeito, olhou pro carrinho de mão e estava decidida daria um jeito de colocar aquele homem ali e o levaria pra dentro da cabana, ele precisava de cuidados urgentes.

...

- Hei Max olha oque eu achei.

O gato pulou da poltrona indo cheirar o forasteiro que jazia no carrinho de mão, Hinata foi até o quarto e voltou com um colchonete, travesseiro e um grosso cobertor, acomodou tudo no tapete da sala e com muito cuidado colocou o homem sobre o fino colchão.

- Você deve ter aprontado algo muito sério hein loiro?

Observava atentamente o ferimento do rapaz a bala ainda estava lá, com cuidado ela o despiu cortando suas roupas o deixando apenas de cueca, foi até o fogão colocando água pra esquentar.

Voltou novamente ao homem e tocou sua face que pegava fogo, aquilo não era nada bom, abriu sua pálpebra e notou os olhos azuis um pouco acinzentados aquilo também não era bom.

Ela era veterinária mas não achava sua profissão assim tão diferente de quem lidava com humanos, mas lógico que naquele caso iria improvisar.

Notou que além do tiro o homem tinha várias escoriações e hematomas, ele certamente tinha apanhado, colocou o lenço em seus cabelos, desligou a água do fogo, foi até seu quarto e logo estava com tudo que precisaria usar, não iria permitir que aquele forasteiro morresse na sua casa.

- Quem é você?

- Eu quem devia perguntar, você que invadiu meu território moço, por favor não fale está muito fraco.

- De-desculpe...

Foi tudo oque ele disse antes de desmaiar novamente, ela achava até melhor pois iria tirar aquele projetil do abdômen dele sem qualquer anestesia, era o único jeito.

Depois faria a sutura e usaria os analgésicos que tinha disponível, assim que amanhecesse o colocaria na picape e iria deixá-lo no hospital mais próximo, ela queria ficar longe de encrenca e esse cara com certeza era uma e das grandes...

...

NaruHina: A cabana Onde histórias criam vida. Descubra agora