Perturbado

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Bakugou

   Estou terminando o expediente na biblioteca da escola. São por volta das 6:00 da tarde o que indica que está na hora de terminar de arrumar as coisas na Biblioteca e ir para casa.
   Estou arrumando a última pilha de livros e os colocando na prateleira quando Mei venha também para puxar assunto.

     — E aí. – diz ela
     — Oi. Alguma coisa? – pergunto sendo o mais direto e reto possível
     — Quem tem que me dizer isso é você. – fala com um sorriso sarcástico de ponta a ponta estampado no seu rosto
     — Como assim? – pergunto olhando e desviando o olhar em menos de um segundo e continuando a arrumar os livros
     — Qual a ordem de cores para os livros nas prateleiras?
     — Verde, azul, roxo e vermelho.
     — Umm! – bate palminhas – Parabéns. Essa até que foi fácil. Vou fazer uma pergunta mais difícil.
     — Ao seu dispor.
     — Uiii! – fala ela expressando um pouco de surpresa – Gostei do que falou. – diz com um sorriso estranho no rosto – Espero que continue assim kkk.
     — Eh... Direto ao ponto, o mais rápido possível. – digo tirando o seu cavalinho da chuva para que eu não termine alimentando mais ainda essa vontade de dar mole para mim
     — Tá bom estressadinho. – fala fazendo gesto de rendição – Então vamos lá... Qual o corredor dos livros de pesquisa?
     — Corredor 23 na prateleira da esquerda.
     — Aventura?
     — Corredor 17, direita.
     — Terror?
     — Corredor 13, direita. Aliás manda renovarem os livros de terror dessa escola porquê drácula é ultrapassado de mais.
     — Vou anotar depois. – responde – Ação?
     — Corredor 25 esquerda.
     — Mitologia?
     — Corredor 13, esquerda.
     — Ficção, história e didáticos?
     — Corredor 17 esquerda, Corredor 12 direita e Corredor 7 na esquerda. Nessa ordem.
     — E os livros restritos?
     — Que livros restritos?!
     — Os livros restritos apenas para os professores e a direção.
     — E tem isso aqui?!
     — Você deveria saber, né Bakugou. – fala sarcasticamente
     — Sua pilantra, não me falou de propósito!
     — Você não falou que eu precisava falar tudo.
     — Argilosa!
     — Ai assim tu me ofende. – fala ainda em tom de deboche – De qualquer forma aposta é aposta, então você vai ter que cumprir o combinado.

   Confesso que não consigo não me sentir desconfortável na presença da Mei. Tudo bem que ela não sabe que eu namoro o amigo dela mas eu acho meio para frente esse fato dela ficar dando em cima de mim e me tocando toda hora.
   Se fosse outra época da minha vida Eu até que não iria me importar e se duvidar eu até gostaria e daria bola para ela. Mas agora eu estou muito focado no meu relacionamento com o esverdeado e não tenho tempo para esse tipo de situação.

     — Em nenhum momento eu falei que não iria cumprir. – digo a retrucando da forma mais bruta possível
     — Sabe que eu até que gosto de homens que se fazem de durões
     — O que?!

   Ela se aproxima de mim e passa a mão entre meu tórax e olhe para mim com a cara maliciosa.

     — É. Homens assim me deixam louca. Homens que nem você!
     — Kacchan? Ainda está aí?
     — Deku?
     — Midoriya?!

   Para minha felicidade e tristeza da Mei, bem na hora certa o pequeno chega e me salva daquela situação constrangedora que eu estava passando. Teria que me lembrar de agradecer a ele depois pois eu realmente estava quase me matando de tanto constrangimento.

     — Eu estou aqui Deku! Já estou indo!

   Vou até o pequeno, que está em frente ao balcão de atendimento. Quando chega até o mesmo o recebo com um suave selinho na intenção de demonstrar carinho ao mesmo tempo que deixo bem claro para a Mei que já estou comprometido e que não tem a mínima possibilidade de termos alguma coisa por mais que ela queira.

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