Reconciliações?

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Midoriya

   Deixo ele me beijar pelo menos um pouco. Necessito sentir o sabor do seu beijo sincero e transbordando de amor e desejo. Necessito sentir isso, pois a muito tempo que ele não me dá um beijo tão intenso. Mesmo eu não querendo me render, necessito disso.
   Ficamos alí por alguns instantes não muito demorados, mas o suficiente para que eu poça desfrutar de todo esse desejo e essa caliencia que o mesmo tem. Me liberto de seu beijo um pouco corado e ainda em choque com a situação e o encaro, assim como ele também me olha.

     — O que foi isso? – pergunto baixinho
     — Um beijo, droga.
     — Por quê você me beijou?
     — Por quê você deixou?
     — Kacchan é sério. – digo – Isso não deveria ter acontecido dessa forma. – falo – Eu me deixei levar ao calor do momento.

   Eu me levanto e vou indo em direção a porta para ver se algum dos garotos ou das meninas já resolveu abrir, mas sou impedido por Kacchan, que pega em meu pulso, agora com delicadeza e suavidade, diferente de poucos instantes atrás.

     — Então você não me ama mais?

   Eu o encaro com um olhar vazio de expressões, mas repleto de tristeza devido a toda aquela situação. Fico lá por alguns instantes enquanto penso com toda a cauleta que o momento permite que eu tenha para não responder nada errado.
   A verdade é que eu o amo, mas preciso mostrar para ele que eu não estou preso a esse amor. Não sou seu escravo sentimental e não estou sujeito a me prender a ele por conta de meus sentimentos. Preciso mostrar para ele que eu estou firme comigo mesmo e que se ele não tomar cuidado ele vai me perder.

     — Sim Kacchan – digo desviando o olhar do mesmo para que eu não consiga ver sua expressão – eu ainda te amo. Mas se você continuar desse jeito não vai ter amor certo que vá me prender a você.
     — Deku eu nunca fiquei nesse estado com ninguém – diz ele quase que começando a chorar novamente – não é prova de amor o suficiente?
     — Kacchan não precisa chorar, por favor. – digo um pouco preocupado com o estado que ele está
     — Se você quiser eu juro que eu não vou mais surtar desse jeito, – ele se levanta e vem mais para perto de mim e me segurando pelos ombros, nos deixando cara a cara – eu só não quero te perder

   A minha ficha ainda não caiu em relação ao estado que o Kacchan se encontra. Ele está em um estado totalmente deplorável e humilhante que chega até mesmo a ser irreconhecível e difícil de acreditar que quem está aqui na minha frente realmente seja o Kacchan.

     — Tudo bem Kacchan. Eu vou te dar mais essa chance. – digo – Eu também preciso pedir desculpas, até por quê eu não ajudei em nada nessa situação toda.
     — Eu te amo meu pequeno. – diz ele acariciando meu rosto com seu polegar
     — Eu... Também te amo.

   Escuto o som da trança da porta, o que indica que a mesma está sendo aberta. Os meninos nos observam do lado de fora e eu resolvo sair daquele lugar antes que as emoções tomem conta de mim.

Bakugou

   Mas que merda é essa que você acabou de fazer Katsuki?! Você não passa de um fraco mesmo não é?! Deixou suas emoções te levarem a se humilhar pelo Deku e ainda por cima chegou naquele estado deplorável de se ver.
   Esse não é o Katsuki Bakugou que eu conheço, esse não é o garoto de antes. Realmente esse garoto tem a capacidade de mudar o seu comportamento muito drasticamente em questões de momentos. Isso chega a ser aterrorizando para o seu próprio orgulho.

     — E aí? – Denki pergunta a respeito do fato de eu e o Deku termos feito as pases ou não
     — Cadê a porra do meu desodorante Denki?!!! – digo o perfurando com um olhar mortal – Eu sei que foi você que pegou para eu ficar preso no vestiário procurando enquanto o Deku entrava aqui!
     — Calma aí Baku. – ele levanta a mão, mostrando o meu desodorante – Tá aqui.

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