Desconfiança

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Toga

     — O senhor está bem? – pergunto para ele

   Mesmo que ele tenha sido cúmplice no plano maluco da mãe do Baku, que de certa forma é minha mãe também, dá um aperto no peito em ver ele, meu pai, nesse estado.

     — Está tudo bem comigo, na medida do possível.
     — Que bom. – falo
     — Mas eu preciso falar com você sobre uma coisa.
     — Que coisa? – falo um pouco curiosa
     — Eu queria te pedir perdão por tudo que eu te fiz passar por todo esse tempo.

   Eu o óleo surpresa e também um pouco emocionada com que ele acaba de falar.

     — Não precisa me pedir perdão. – digo
     — Precisa sim. – ele responde – Eu fiz parte de toda aquela armação da Mitsuki que só te fez mal por todo esse tempo. Eu te privei de ter uma vida normal, com uma família normal. O mínimo que eu posso fazer é pedir perdão. Sei que não é o suficiente, mas é a única coisa que eu posso fazer estando nesse estado.
     — Para de falar assim. Até parece que não tem esperança.
     — É difícil falar sobre isso, mas eu conheço o meu corpo. Eu não vou aguentar por muito tempo. Só não quero falar disso na frente do Katsuki, mas é a verdade. E quando eu morrer. Por favor fala pra ele que eu amo ele.

   Eu me emociono e meu olhos se enchem de lágrimas. No final das contas, é bom saber que eu não estou sendo totalmente agitada pela minha própria família. Também foi bom recebi um pedido de perdão. Foi como se um peso tivesse saído de cima de mim, por isso que...

     — Pode deixar, eu falo sim. E... Você tem o meu perdão.

   Após alguns momentos de conversa, decido deixá-lo descansar um pouco e sigo para a recepção do hospital.

   Ao chegar próximo aonde o Bakugou e o Midoriya estão, na tua presença da minha mãe no local, o que me deixa de certa forma espantada e com um certo medo de como será que ela vai reagir ao me ver.

   Ela é meio excêntrica e nunca sei como ela vai reagir ou em que intensidade será o chilique que ela vai dar.

     — Como foi lá? – o loiro me pergunta

   Pensa nas palavras que eu vou usar para que eu não fale mais do que eu devo e acabe deixando o Baku mais preocupado do que ele já está.

     — Emocionante de certa forma. – fala a loira – Mas a nossa conversa me fez bem.
     — Que bom. – fala o Midoriya – Quer vir com a gente?
     — Aceito viu.

   Quando já estava começando a andar em direção à saída, algo inesperado acontece e a pessoa que eu menos esperava, se pronuncia.

     — Espera! – minha mãe intervém
     — O que foi agora mãe?! – Bakugou fala já sem paciência
     — Eu quero falar com a garota.
     — Comigo? – falo, expressando surpresa
     — Sim, com você mesma.
     — Mãe não começa com seus surtos pelo amor de deus!
     — Calma Katsuki! Eu só quero conversar um pouco com ela. Não é nada de mais.
     — Eu espero que seja só isso mesmo.

   Ele me olha ainda um tanto desconfiado e diz:

     — Vamos te esperar no estacionamento, ok?
     — Ok.

   Eles vão na frente, me deixando a sós com a minha mãe. É estranho ela querer falar comigo, mas já sei que coisa boa não deve ser.

     — E então, o que você quer falar comigo.
     — Nada de mais.
     — Aham sei.
     — Só vou te falar uma coisa. O Katsuki pode até ter te tirado daquela clínica psiquiatra, mas eu tenho mais influencia que ele e posso te colocar lá de novo na hora que eu quiser.
     — Isso foi uma ameaça?!
     — Se você quiser interpretar dessa forma, fique a vontade. Mas eu acho melhor que você se afaste da minha família se não daquele lugar você nunca mais vai sair. – ela diz

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