Sentença

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Bakugou

     — O julgamento, começa agora. – diz o juíz batendo o martelo em sua mão

   Essas palavras, junto com o som do martelo me produzem um frio na espinha que percorre todo o meu corpo. Olho o rosto do Kirishima e vejo pela sua expressão que os efeitos das palavras do juiz o agrediram de forma mais severa, até por quê, ele sua liberdade que realmente está em jogo.
     "Vai dar tudo certo Kiri." Digo em pensamento enquanto eu estou observando tudo o que está acontecendo ao nosso redor.

     — Estamos aqui hoje, para julgar, e dependendo da ocasião, condenar, o réu aqui presente, Eijiro Kirishima, acusado de tentativa de homicídio, contra o jovem, Katsuki Bakugou. – diz o juíz – Vamos iniciar com as palavras do Réu. – ele bate o martelo

   O Kiri olha para o seu advogado de defesa que o olha de forma encorajadora e reconfortante. O ruivo sege em direção ao acento indicado, que fica de frente para o juiz centralizado na grande sala do tribunal.
   O seu advogado, que está com sua toga ( roupa que o advogado usa em um tribunal ) preta e um cordão verde, vai em sua direção com a bíblia na mão. O Kirishima coloca sua mão direita sobre o livro sagrado e o advogado começa a citar o juramento:

     — Eu, Eijiro Kirishima, juro pela minha honra falar a verdade, somente a verdade, acima de todas as coisas, sobre o que eu souber e o que me for perguntado, aqui neste tribunal.
     — Eu, Eijiro Kirishima... – o Kirishima repete
     — Jovem Eijiro – seu advogado começa a falar – Você confirma estar na sala de aula no dia 12 de agosto durante o incêndio?
     — Sim.
     — Você pode nos confirmar se foi ou não o último a sair da sala de aula quando o incêndio estava acontecendo?
     — Não, eu não fui.
     — Pode nos contar mais detalhes sobre o que aconteceu naquele dia?

Kirishima

     — Bom. Naquele dia foi um dia normal para todo mundo. Um dia como todos os outros. – falo enquanto o juiz e os advogados escutam atentamente tudo o que eu estou falando e a moça ao lado do juiz vai anotando tudo – Nisso de repente começou a subir um cheiro muito forte de fumaça e o alarme de incêndio começou a soar...

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     — FOGO! – diz Denki olhando para o teto da sala

  Quando eu olho para cima, o teto está totalmente em chamas e em questão de segundos as lâmpadas explodem e a iluminação branca das lâmpadas da lugar a iluminação alaranjada e apagada do fogo.
   Quando me dou conta, tudo já está um completo pandemônio. As cadeiras estão reviradas e todos estão correndo de um lado para o outro e tentando sair da sala de aula.
   A fumaça vai aos poucos descendo e ficando mais densa a medida que vai tomando conta da sala de aula. Começo a me sentir sufocado e ficar tonto por conta da fumaça, enquanto tudo vai acontecendo.

     — Precisamos sair daqui! – diz o Todoroki se dirigindo ao Midoriya em um tom alto para que sua voz se sobressaia no som do alarme
 

   — E-essa fumaça não tá me fazendo bem... – resmungo em meio a tossidas, mas ninguém me escuta.

   Vejo o Midoriya sendo jogado para fora da sala de aula pelo Baku, que salva o esverdeado e o Todoroki de uma Viga de madeira em chamas que iria cair em cima deles.
   Sinto algo caindo em minha cabeça, junto com uma pancada forte e a dor estridente e dilacerante que em conjunto, me fazem perder a consciência.

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     — Então você quer dizer que durante boa parte do incêndio você ficou desacordado na sala de aula?
     — Exato.
     — Protesto meritíssimo! – diz o advogado de acusação, me fazendo sentir uma certa tensão
     — Protesto aceito.
     — Como o jovem mesmo acabou de confirmar com suas palavras, ele ficou desacordado boa parte do tempo. Então como ele pode afirmar que não foi o último a sair do local do crime?
     — Esse não é o ponto. – diz o meu advogado
     — Mas é claro que é! – o advogado de acusação retruca – Se o senhor mesmo perguntou para ele se ele foi o último a sair só local, precisamos ter certeza disso, não é?

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