Todoroki
Ando pela rua durante mais ou menos vinte minutos até chegar ao local marcado com meu irmão. Ao entrar no restaurante, logo o avisto, pois a sua aparência não é tão comum por assim dizer.
Suas cicatrizes de queimadura e os piercings por quase todo o corpo são bem chamativas, o que facilita na hora de procurar o mesmo. Vou até ele.— E aí maninho.
— Já falei pra não me chamar assim. – digo já meio irritado
— Credo em! – diz ele – Aconteceu alguma coisa bem séria mesmo pra você está com esse péssimo humor. – ele se senta na mesa.
— Sério? Não me diga.
— Eita, só foi uma piada. – fala ele estendendo as mãos para cima em forma de rendimento – Mas ele acabou com você em kkk.
— Não vi graça.
— Eu vi.
— Vamos pedir logo esse rámen pelo amor do santo cristo.
— Ok. – diz ele procurando o garçom – Garçom! – fala ele chamando o garçom quando o encontra
— Bom dia senhor. – diz o garçom ao chegar na nossa mesa – O que vai querer hoje?
— O de sempre?
— Sim – respondo
— Dois rámen com tudo que tem direito e na maior tigela. Pode colocar na minha conta. – ele fala se referindo ao o garçom
— Tudo bem senhor Dabi.
— O meu eu vou pagar com meu dinheiro. – digo
— Pode deixar que eu pago maninho. – insiste
— Não quero nada que venha com seu dinheiro sujo.
— Caramba assim você me ofende.
— Se ofendo é porque estou falando a verdade e você está incomodado, simples.
— Mas em fim... foi muito feia essa briga aí?
— Nem me fale, quase não conseguir machucar aquele verme. Deve ter mais experiência de combate que eu.
— Você acha?! – olho para o mesmo com uma cara séria indicando a minha reprovação à sua fala – Ok parei.
— Mas ele ainda vai ter o que merece.
— Ficou interessante.
— Dessa vez eu preciso de alguma coisa para acabar com a vida dele.
— Deixa eu ver se eu estou pensando na mesma pessoa que você está falando... – diz ele – não é aquele mesmo menino que-... – o interrompo
— Não termina! – o repreendo – Alguém pode escutar.
— Vai tentar fazer a mesma coisa?
— Não. Desta vez vai ser diferente.
— Cada vez mais parecido com seu maninho.
— Credo. Nunca que eu vou ser igual a você Toya.
— Até parece que seria tão ruim assim.
— Seria. Diferente de você eu sou esperto e se for pra ser criminoso eu seria direito e não faria duplinha com um marginal de meia tigela.
— Você fala isso por quê não conhece ele. Ele não se basta em um simples marginal de meia tigela.
— Então eu quero só ver qual é a desse cara aí. – digo o provocando – Qual o nome dele mesmo? Ah... Tomura Shi...
— Não termina! – algumas pessoas nos olham
— Credo, parece que esse daí é bem interessante mesmo em, não pode nem falar o nome dele em público.
— E outra, não quero você se envolvendo com ele em Shoto! – diz Toya com firmeza
— Tá bom que eu vou te obedecer assim tão fácil.
— Shoto é sério! – ele pega em meu braço com força e até chega a me fazer sentir uma leve dor e deixar minha pele avermelhada quando eu puxo o meu braço de sua mão. – Ele é perigoso.
— Perigoso sou eu! – digo cruzando os braços meio irritado
— Tá certo que sua astúcia é bem maior que a dele, mas ele não deixa de ser menos perigoso por causa disso.
— Ele pode me ser útil, tá legal.
— E você quer se por em risco só por quê acha que ele vai ser útil?!
— Na verdade sim, é exatamente isso.
— Você perdeu a noção do perigo só pode!
— faça me um favor Toya! Desde que você fugiu de casa pra o caralho a quatro eu tive que aprender a me virar sozinho. Não é como se eu fosse uma pessoa indefesa que não sabe se cuidar.
— Porra shoto. Eu tô te falando sério! Com ele todo cuidado é pouco.
— Pois fique sabendo que quem deve ter cuidado aqui é ele. Não sou descuidado nem marginal. Eu sei fazer as coisas com cautela, já vocês são muito descuidados.
— Olha quem fala. Deixou um monte de rastros nas merdas que andou fazendo esses últimos tempos.
— Eu já estou cuidando disso.
— Bom mesmo. E bom pra você por quê se der ruim a bomba só vai explodir o seu lado.
— Cala a boca Toya. Eu sou esperto seu o que estou fazendo.
— É bom mesmo. Aliás eu tenho algumas informações que podem te interessar bastante – diz ele tirando a cutícula da unha em uma postura provocativa e sarcástica
— Que informações? – falo intrigado
— Não sei se eu devo contar... – diz ele tentando me tirar mais do sério
— A não! – digo batendo as palmas de minhas mãos na mesa, fazendo o estralo ecoar pelo ambiente de tal forma que foi capaz de voltar a atenção dos civis que estão nas mesas ao redor – Me desculpem. – falo sem jeito e os referenciando em forma de desculpas enquanto Toya ri de minha cara, se segurando ao máximo para não ter uma crise de riso alí mesmo – Começou agora termina. – digo voltando a minha atenção para ele novamente e desta vez, sussurrando
— Sabe que, tínhamos um infiltrado na polícia para nós, mas ele quis seguir a vida de forma independe então fizemos ele ficar sem ar digamos assim.
— Tá falando do Stain?
— Ele mesmo.
— Fiquei sabendo que ele morreu esfaqueado no pulmão esquerdo três vezes. Vi logo que tinha coisa sua nessa história. Só você pra usar uma faquinha em todos os crimes. De qualquer forma isso não me agrega em nada
— Eh... Mas eu não terminei.
— Tem mais historinhas sobre seus crimes? – digo ironicamente
— Em base sim... Antes dele ir viajar, se é que você me entende, ele deixou algumas informações com nós. A princípio não ajudaria muito o Shigaraki, mas ajudaria você.
— Umm. Prossiga – falo intrigado, franzindo as sobrancelhas e colocando os cotovelos apoiados na mesa e cursando os dedos enquanto meu queixo repolsa sobre os mesmos
— O Endevor está como investigador oficial do caso do incêndio da sua escola.
— O Papai?! – digo incrédulo
— Ele mesmo.
— Isso não é bom. Preciso deixar tudo pronto o mais rápido possível.
— Como eu disse, a bomba só vai explodir o seu lado e não o meu.
— Tá, tá. – falo revirando os olhos – E quando você vai me levar para conhecer o Shigaraki?
— Já falei que essa história está fora de corjitacao Shoto! – diz ele se irritando e elevando seu tom de voz
— Se você não me levar eu mesmo vou atrás por conta própria! – exclamo
— Você não sabe onde está se metendo.
— Pelo contrário, sem muito bem até onde eu posso ir. Afinal de contas temos interesses parecidos.
— Não é só por quê os dois querem fazer a mesma coisa que ele não deixa de ser perigoso. Ele pode te matar!
— E eu acabar com a vida dele mesmo depois de morto!
— Eu não sei onde você enfiou toda essa esperteza que você diz ter. Mas você não está sendo esperto!
— Será?
— Sim. E outra eu não sou louco de te ajudar nessa. Se quiser falar com ele não me envolva no meio. O resto é por sua conta em risco.
— Por mim tudo bem, aprendi a me virar sozinho então não sou mais dependente do meu irmão mais velho.
— Sério que você vai ficar relembrando essa história ainda?!
— Sim. Você nos abandonou, foi covarde!
— Eu queria me livrar da merda do seu pai!
— Nosso pai! Mesmo nós não gostando dele eu vai continuar sendo nosso pai.
— Só se for o seu. – ele se levanta –Aliás perdi a fome.
— Como sempre vai embora. É só a situação ficar um pouco mais crítica que ele corre pra longe.
— Pense o que quiser Shoto. Eu não mando nos seus pensamentos. Mas é melhor você rever urgentemente quem é o vilão da história. Por quê eu garanto a você que eu deixei de ser vilão faz tempo.
— Você não estava indo embora? – digo ignorando o que o meu irmão acabou de dizer
— Ah, em fim...Ele sai do restaurante e eu não perco tempo. Rapidamente vou no caixa e dou o dinheiro do rámen que a garçonete acaba de preparar e pessoa desculpas por fazer eles perderem tempo. Também saio do restaurante e o sigo, pois sei com quem o mesmo vai se encontrar.
Após mais ou menos quinze minutos o seguindo e em algumas vezes tendo que me esconder para que Toya não me descobrisse, o vejo dobrando em um beco. Vou até a esquina do mesmo beco e fico escondido ouvido a conversa e esperando o momento certo para agir.— E aí Dabi! Voltou cedo em. Discutiu com seu irmão riquinho? – fala um cara com um curativo no canto da boca, que presumo ser Shigaraki
— Poisé. Ele Sisma em querer se envolver nas minhas coisas.
— Cara ele perdeu a noção do perigo? – Shigaraki faz piada
— Eu disse isso pra el... – eu entro no beco revelando minha presença, fazendo com que meu irmão pare de falar devido ao espanto – Shoto?!
— Eu disse que se você não me apresentasse pra o seu amigo eu mesmo iria atrás dele. – digo caminhando em sua direção
— Eu te disse pra não... – Shigaraki o interrompe
— Então você é o famoso Shoto! – diz Shigaraki caminhando em minha direção, se posicionando quadr que na frente do meu irmão
— Exato. Muito prazer.
— Eu ouvi errado ou você estava querendo entrar em contato comigo?
— É isso mesmo.
— E o que de tão importante o irmão do meu amigo iria querer com um mero rapaz que nem eu?
— Eh... ele só está-... – meu irmão começa a falar em um tom nervoso, mas Shigaraki o impede mais uma vez
— Deixa ele falar Dabi. – ele diz em um tom firme que me deixa de certa forma intrigado, pois meu irmão não é de receber ordem de ninguém.
— Bom. Não verdade eu fiquei sabendo que temos interesses e propósitos iguais a respeito de duas pessoas.
— E quem seriam essas duas pessoas?
— Presumo que uma delas seja responsável por esse machucado em sua boca.
— Continue – fala ele intrigado e interessado no que tenho a dizer
— Estou falando de Katsuki Bakugou e Izuko Midoriya.
— O verme do Bakugou...
— Sabia que você iria se interessar.
— O que tem em mente?
— Muitas coisas, mas primeiro preciso saber se você aceita.
— Tudo bem, eu entro nessa aí com você. Mas temos mais uma integrante no nosso grupo que também os detesta.
— Quem?
— Dabi chama ela lá. – Shigaraki se dirige a Toya
— Ok...Após alguns instantes, chega de uma porta dos fundos que tem no beco uma garota loira. Seu cabelo provavelmente é longo pois consegue fazer dois coques nele o que a deixa muito fofa. Seu sorriso é bem radiante e cheio de alegria. Seus caninos são bem afiados, mas não parecem ser artificiais.
— Oii!
— Todoroki essa aqui é a Toga.
— Prazer, Toga.
— O prazer é todo meu. – ela fala em um humor estranhamente bom, como o de uma criança.
— Toga, o Todoroki irá se juntar a nós para acabar com aqueles muleques.
— Ihihi!! – ela da uma risada estranha e fina
— Todoroki... – diz Shigaraki
— Oi – digo voltando minha atenção que estava na Toga para ele
— O que você está fazendo não é só por você. – diz ele sorrindo, mas tenho dúvidas em ser um sorriso de gratidão ou de perversidade – Você está fazendo isso... por mim, por você e por todos nós.Permito que um sorriso de canto se for em meu rosto o que sinto que ficou meio maligno, mas não dou importância. O que importa agora é que eu vou finalmente me vingar daqueles dois. Bakugou por entrar no meu caminho, e Midoriya por me humilhar na frente de todos.
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My dream boy
عاطفيةIzuko Midoriya um jovem que está cursando o primeiro ano do ensino médio , é surpreendido com vários acontecimentos em sua vida que o leva à cometer o ato equivocado de tirar a própria vida. Katsuki Bakugou , um antigo colega de infância de Izuko Mi...