Shitty mother

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Bakugou

   O final da aula se aproxima. Já sou capaz de notar os primeiros indícios da bela iluminação alaranjada produzida pelo pôr do sol.
   Não gosto muito de ficar sem fazer nada por muito tempo, eu começo a refletir sobre coisas que eu não realmente não iria refletir e de vez em quando acabou tendo até uma leve crise existencial.
   Esse não é o caso agora. Porém Estou parando para pensar e acabei de notar que eu estou preso dentro da escola e não posso sair. Pelo fato da ficha ter caído sinto um leve incômodo, como o de um felino que se sabe que está preso em algum lugar começa a ficar inquieto, mas casa não note, seguirá sua vida normalmente como se nada estivesse acontecendo.
   No meio das minhas reflexões, sobre o estado de voltar para a realidade por uma mão tocando em meu ombro, mão essa que sei muito bem de quem é.

     — Kacchan – ele diz – Eu esqueci de te perguntar... Como o seu pai está?
     — Ah. Ele está bem melhor agora. – respondo – Se eu bem me lembro é hoje que ele recebe alta do hospital.
     — Nossa que bom! Fico muito feliz por você.
     — Obrigado kkk
     — Pena que vocês não vão poder se ver.
     — É, você tem razão. Mas o que importa é que ele está bem.
     — É assim que se fala!

   O suor do sinal que indica o fim do dia de aula e com a por toda a escola, fazendo com que no mesmo instante os alunos se levantem e arrume seus materiais com pressa.
   Não os jogo vou fazer isso, até porque sempre quando chega o final da aula a única coisa que eu consigo pensar é na minha cama e na boa dormir do que eu vou dar quando eu chegar no dormitório.
   Estudar em período integral acaba sendo cansativo principalmente quando você estuda em uma escola de elite. Acaba aqui os exercícios de trabalhos são mais puxados do que o normal e a rotina acaba sendo mais cansativa do que o normal como consequência.
   Meus materiais já estão arrumados e apenas fico na porta da sala de aula esperando o esverdeada terminar de arrumar suas coisas para podermos ir juntos para o nosso dormitório.
   Ele pega a pilha de livros e cadernos sobre a sua mesa e caminha até a minha direção em pequenos passos rápidos.

     — Pronto. – ele fala – Agora podemos ir.

   Andamos pelos corredores rumo aos nossos armários. Após guardarmos nossas materiais no local, caminhão de direção ao nosso dormitório para que enfim possamos descansar de verdade.
   No meio do caminho batemos de frente com o nosso diretor. Ele parece estar com o humor melhor do que o de costume, O que é bom de certa forma, já que quando ele não está nos seus melhores dias ele inconscientemente acaba descansando nos alunos.

     — Era com você mesmo aqui eu queria falar. – ele fala apontando para minha direção
     — Eu? – fala também apontando para mim mesmo
     — Isso mesmo, você jovem Bakugou.
     — Eu não bati em ninguém! – falo tentando me inocentar de algo que eu nem sei o que é
     — Até onde eu sei você realmente você não bateu em ninguém.
     — Então...
     — Posso roubar ele de você rapidinho jovem Midoriya?
     — Claro, – o esverdeado concorda – sem problemas.

   O diretor começa a andar na direção oposta a nossa. Devido o acompanhar, já que ele quer falar comigo. Não seria de bom então da minha parte ignorá-lo, ainda mais com ele sendo o diretor da escola que eu estudo.
   Fico em silêncio, enquanto sigo o mesmo caminho que o mesmo faz, ficando logo atrás dele.
   Olho para o lado externo do prédio, onde a noite já toma conta do seu quase que por completo e a luz do belo luar começa a ilumina a cidade. Não me aguento de curiosidade e volto meu olhar para o diretor que também está em silêncio e andando do seu jeito tranquilo de sempre.

     — Então... – hesito em quebrar o silêncio – O que o senhor queria falar comigo?

   Ele, ainda virado de costas para mim, apenas move sua cabeça um pouco para o lado, para que eu entre em seu campo de visão.

My dream boy Onde histórias criam vida. Descubra agora