Contra a parede

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Bakugou

   Ando em passos rápidos em direção a qualquer lugar que eu não tenha o procurado ainda. O meio a meio sumiu da minha vista e da de todos e ninguém sabe me dizer onde ele foi parar.
   Preciso achá-lo. Preciso enfrenta-lo. Preciso colocar aquele merdinha contra a parede. Sei que foi ele que chamou a assistência social para o Deku, não só eu, mas também o esverdeado também tem noção disso.
   Preciso eu mesmo ir atrás desse bosta para tirar essa história a limpo com ele. Não descansarei até encontrá-lo.

     — Encontrou ele? – pergunto pra Kirishima
     — Não. Só falta procurar na biblioteca.
     — Então é lá que ele deve estar. – digo começando a Dandara rumo ao local, com Kirishima me acompanhando logo atrás.
     — Você tem certeza que foi ele?
     — Quase. – digo – O deku também acha que foi ele.
     — Bom. Não é muito difícil suspeitar dele sabendo do que ele é capaz. – ele fala com a voz ofegante enquanto tenta apressar seu ritmo de caminhada para me alcançar e conseguir me acompanhar
     — Mas eu preciso tirar essa história a limpo com esse merda. Quem ele pensa que é pra tentar foder com a vida do Deku?
     — Ele já perdeu a noção do que é ter limites faz tempo. – Kirishima comenta
     — Vou ter que concordar com você.

   Viro à esquerda, na esquina do corredor onde a biblioteca se encontra. Cada passo que eu dou, mais perto eu fico de onde o meio a meio provavelmente está e com isso minha raiva sobe a cada segundo mais e mais, como se a mesma não tivesse limites.
   Entro com tudo na biblioteca, ignorando inconscientemente a Mei, que está no seu balcão de costume.

     — Oi Bakug... – ela para de falar quando percebe que meu humor não está dos mais agradáveis no momento

   Logo identifico a cabeleira bicolor em uma das mesas mais afastadas da entrada. Ele está lendo um livro verde com naturalidade e inocência, enquanto toma um expresso que provavelmente comprou na cafeteria da escola.
   Ando em sua direção com um olhar odioso e uma aura feroz. Ele está tão concentrado em sua leitura que não é capaz de perceber minha aproximação.
   Bato as mãos na mesa. O barulho que ecoa por toda a biblioteca é alarmante s algumas pessoas até me encaram com julgamento. O ardor na minha mão incomoda, mas não deixa de ser gratificante.

     — Precisamos conversar. – digo em um tom de voz sério e intimidador

   O meio a meio coloca seu copo de café em cima da mesa de forma calma e levanta sua cabeça lentamente para minha direção, estacionando seu olhar em mim e mantendo-se focado em minhas ações.

     — Sempre precisaremos. – diz em um tom sarcástico
     — O que você quer dizer com isso?
     — Nada de mais. – ele pega o copo e bebe um pouco do seu expresso – Só que sempre você vem atrás de mim querendo resolver alguma coisa. As pessoas devem achar que você namora comigo e não com o Midoriya.

   Tenciono os músculos de minha mãos enquanto a mesma ainda está grudada na mesa. Toda vez que esse merdinha fala alguma coisa, me dá raiva. Muita raiva. Ele faz questão de me provocar ao máximo.
   É como se ele pedisse pra levar uma surra na frente de todo mundo mais uma vez.
   Kirishima chega logo atrás de mim com uma aura de preocupação. Tem que eu exploda mais uma vez e arrebente a cara desse meio a meio de merda mais uma vez. Provavelmente será o que irá acontecer caso o meio a meio não se comporte da forma que eu queira ou fale algo que me irrite mais ainda.

     — Eu vou direto ao ponto Todoroki. – começo a falar , com uma calma a qual me é tão estranha – Eu sei muito bem que foi você que chamou a assistência social pra o Deku.
     — Assistência social?! – ele se faz de desentendido – Eu não sabia de nada.
     — Todoroki para de... – respiro fundo, sem dar continuidade ao que eu iria falar
     — Bro... – Interrompo o ruivo, pois já sei o que ele quer falar
     — Eu estou calmo Kirishima.

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