My dream boy

Acorde, por favor!

Midoriya

     — Ele está vivo!
     — O quê?! – diz Todoroki em descrença
     — Oh meu deus! – diz Uraraka – Ambulância! Alguém chama uma ambulância!

   Não consigo fazer mais nada a não ser chorar, mas dessa vez, não é de tristeza, é de alívio, por ele está vivo. O Kacchan felizmente está vivo e é isso que importa.

     — Tem certeza? – diz Todoroki em choque
     — Tenho!
     — Pode ser só uma ilusão sua já que você está em estado de negação – insiste Todoroki na ideia de que o Kacchan está sim morto, completamente cético de que ele sobreviveu
     — Ele tá vivo sim!... – digo – Ele tá vivo sim!

   Digo enquanto seguro sua mão, que está suja de seu próprio sangue e a colocando em minha testa ao mesmo tempo que choro, mas agora por quê o Todoroki me fez cair na real... O Kacchan pode até ter sobrevivido, mas não significa que sua vida esteja salva, ele ainda está mal, muito mal.
   Os enfermeiros estão vindo com uma maca enquanto eu ainda estou junto ao corpo de Kacchan.

     — Por favor... Aguenta firme... Por mim – digo com a dicção danificada pelo choro enquanto um dos enfermeiros desprendem minhas mãos da do Kacchan e o colocam na maca com todo o cuidado e o levando para dentro da ambulância

   Eu me levanto e acompanho os enfermeiros até a ambulância enquanto o choro, pouco a pouco está cessando. Estou acompanhando por Todoroki que está com suas mãos, cada uma em um de meus ombros formando quase que um abraço e do outro lado, Uraraka segurando uma de minhas mãos.

     — Alguém tem o contato do responsável deste jovem?
   Falhando na hora de falar, o respondo.
     — Eu consigo falar com a mãe dele.
     — Ótimo. – para completar sua fala, o enfermeiro continua – Só um maior de idade pode ir dentro da ambulância o acompanhando, então infelizmente vocês não poderão o acompanhar
     — Tudo bem... O meu motorista está por perto da escola neste horário então falarei com ele para nos levar ao hospital. – diz Todoroki com uma expressão de preocupação e uma certa descrença – Não precisa se preocupar Midoriya – diz ele agora voltando sua fala para mim – no caminho ligamos para a sua mãe.
     — Ok... – digo – Uraraka...
     — Sim?
     — Você consegue vir com nós dois para o hospital.
     — Tudo bem, mas não posso chegar em casa muito tarde em casa – ela responde

+++

   No carro, ainda abalado com toda a situação, pego meu celular e ligo para a minha mãe. Sei que não devo a preocupar com nada, mas preciso dizer que está tudo bem comigo antes que apareça alguma notícia na televisão e ela se preocupe ainda mais.
   Além do Todoroki e da Uraraka, também vieram dentro do carro da família Todoroki, Kirishima e Denki, os dois amigos mais próximos do Kacchan.
   Depois de alguns toques, que por mais que tenham se passado alguns míseros segundos, para mim se passou uma eternidade, ela finalmente atende.

Call- ( Midoriya>>Inko ) start

     — Alô? Filho?
     — Mãe?
     — Oi meu filho? – diz ela em seu tom alegre de sempre – Aconteceu alguma coisa?

   Não resisto, e começo a chorar.

     — Mãe! – digo com a voz indicando o começo de um choro
     — Filho?! O que aconteceu?
     — Mãe, o Kacchan!
     — O que ouve com ele?
     — Ele... – começo a chorar, ficando incapaz de falar qualquer coisa. Junto forças, e em fim, consigo falar – Por favor... Me encontra no hospital da cidade, eu vou estar lá, e avisa para a tia Mitsuki por favor
     — Ok meu filho... E fica bem, já estou indo
     — Até mais – digo
     — E quem está com você?
     — O Todoroki, A Uraraka, o Denki e o Kirishima
     — Manda um beijo para eles por mim