Você não é a minha mãe

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Bakugou

   Acordo.
   Minha cabeça dói de forma agoniante quando eu levanto da minha cama tão rápido quando a minha vertigem precisa pra agir.
   Toda a minha cabeça dói, meus braços e pernas estão meio dormentes e minha visão está distorcida. É como se eu estivesse bêbado, mas sem a êxtase do alcoolismo.

     — Onde eu estou? – resmungo, analisando o local e rapidamente identificando-o como o meu quarto

   Levanta a minha de forma descuidada, os efeitos da minha vertigem exagerados pela ressaca, que não está em mim por conta de alcoolismo, mas sim por conta de uma dosagem exagerada do tranquilizante dos médicos.
   Salto alguns grunhidos em sinal de reclamação a respeito da dor de cabeça. Após a dor vem o sentimento de frustração por não ter conseguido proteger a minha irmã.
   Agora mais do que nunca preciso dar um basta em toda essa história de uma vez. Preciso confrontar a minha mãe de uma vez por todas, pois essa situação já saiu do controle faz tempo.
   Confesso que por uma parte, o erro também é meu de não ter controlado a situação antes que chegasse ao ponto que chegou, mas é como o velho ditado fala, não adianta chorar pelo leite derramado.

+++

   Chego na porta da minha casa. Fico parado observando a propriedade do meu pai, hoje nesse exato momento os dois devem estar juntando ou assistindo algum filme juntos enquanto a minha irmã está sofrendo dentro da clínica psiquiátrica.

   Você deve estar se perguntando como eu consegui sair da escola sendo que estamos em confinamento, mais burlar o sistema de segurança da escola e driblar os próprios seguranças é uma tarefa até que fácil para mim.
   Ando em direção a minha casa. Ao me aproximar ouço um som de televisão, abafado pelas portas e janelas fechadas. Vou até a janela da sala, que por sorte está com a cortina aberta.
   Uma raiva sobe sobre mim quando vejo minha mãe e meu pai, abraçados enquanto gargalham de frente para o filme que estão assistindo. É como se eles estivessem comemorando e apreciando o que fizeram a Toga passar.
   Não me seguro por muito tempo. Vou em direção a porta de casa, coloco a chave na abertura e a giro, entrando em casa rapidamente. É satisfatório ver a cara de surpresa dos meus pais quando ouvem o barulho da porta e pulam de susto, olhando para a minha direção instintivamente.

     — Bakugou!? – fala meu pai surpreso
     — O que foi pai? – falo irritado – não me esperava aqui, não é?

   Minha mãe se levanta de onde estava já com uma cara desconfiada e mantendo sua pose de centrada, pose essa que todos sabemos que só serve de faixada. Ela me olha e em um tom sério diz:

     — É claro que não o esperávamos aqui filho. – ela diz – O que você... – não a deixo terminar de falar e já a interrompi
     — "Filho a minha piroca sua velha desgraçada!
     — Olha o respeito Katsuki! Eu sou sua mãe você querendo ou não!
     — Você vindo falar de respeito?! Me poupe sua louca fudida!
     — O que é isso Bakugou! – meu pai fala me repreendendo

   Olha para o meu pai, que com um olhar inocente indica que não sabe de nada do que está acontecendo.
   Minha raiva sobe cada vez mais deixando meus nervos a flor da pele e fazendo com que o meu temperamento piore a cada segundo que passa. Não consigo me conformar que a mulher que eu por anos chamei de mãe fez tanta merda para uma pessoa que nunca a fez mal.

     — "O que é isso" pai? – falo – Sabe o que é isso?! É que essa mulher – aponto na direção de Mitsuki – que está ao seu lado aprontou mais uma!
     — O quê? – ele desvia o seu olhar até ela – Do que ele está falando Mitsuki?

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