I confess my love to you

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Bakugou

   Estou na sala da casa do Deku, esperando o mesmo chegar para em fim resolver as coisas com o pequeno. Não tive tempo de fazer nada de tão especial, mas eu sei que o que eu pensei para fazer, ele irá amar.
   Mas uma coisa ainda está me perturbando a mente... A minha conversa com o Todoroki hoje mais cedo.

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     — Desta vez?
     — O que foi agora?
     — Você falou "desta vez" como se você já tivesse feito algo para mim – digo jogando um verde para o meio a meio
     — Foi só modo de falar. Só impressão sua.
     — Se me der licença, tenho que ir agora.
     — Vai lá. Com certeza vai levar um fora do seu amado. Parece que o pinscher loiro foi adestrado pelo dono.
     — Sinceramente eu não vou pagar de surtado pra cima de você Todoroki. Se é isso que você quer, vai ficar esperando. Não vou te dar o gostinho de conseguir me tirar do sério, não hoje.

   Saio de lá me segurando ao máximo para que eu não me permita cair nos joguinhos de provocações do meio a meio, pois como já falei, não darei esse gostinho a ele.

→→→

   Mas e se no final das contas ele estiver certo?... E se eu terminar machucando o Seu no final de tudo?
   Essas perguntas percorrem minha mente como um vírus de computador, corroendo cada um de meus neurônios, mas tento ao máximo não me abalar com isso. O momento não me permite hesitar.
   É como o Kirishima disse mais cedo... Esse papo de hesitar não é coisa de Katsuki Bakugou. E agora estou decidido em relação ao Deku. Estou determinado a correr atrás do pequeno. Estou disposto suficiente para me confessar.
   Deku chega em casa acompanhado da Uraraka, ambos com algumas sacolas de compras que provavelmente trouxeram do shopping.

     — Uraraka. – chamo-a sussurrando, mas ela não escuta de primeira – Psiu!
     — Ah?

   Faço com um sinal com a mão em sinal de que estou chamando a mesma, que vem até mim em seguida.

     — Oi. – diz ela ao chegar até mim
     — Então... – checo se Deku está distraído
o suficiente para o fato de que desviei a atenção de sua amiga para mim passasse a despercebido por ele – Você consegue me ajudar em um negócio?
     — Com o quê?
     — Amanhã eu vou me declarar para o Deku. E eu... – ela me interrompe com um grito, transmitindo sua empolgação
     — Mentira?!!!!!
     — Fala baixo sua louca!!! – digo sussurrando, mas sendo capaz de demostrar minha reprovação
     — Desculpa.
     — Em fim, você me ajuda ou não?
     — Claro que ajudo! – diz ela – O que eu posso fazer?
     — Então...

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Midoriya

   Clic, clic, clic. O botão da minha caneta faz um barulho consideravelmente irritante, mas nesse momento, é a única coisa que me permite sobreviver ao tédio que a escola está hoje. A única coisa que me conforta, é a iluminação meio amarelada só sol se pondo, o que indica que já estamos no final da aula.
   Fico apertando o botão da caneta por alguns minutos, já esperando alguém me repreender por estar produzindo um barulho um tanto irritante. Kacchan se vira para trás de mim e subtrai a caneta de minha mão com certa agressividade, o que de certa forma me espanta por não estar esperando uma abordagem deste nível.

  — Barulho irritante do caralho. – diz ele
   Não dou muita importância para o que ele fez, pois com o tédio tomando conta de meu corpo e de minha consciência, é meio difícil ligar para qualquer coisa ao meu redor. Em vez disso, cruzo meus braços sobre a mesa e os faço de travesseiro quando abaixo minha cabeça para tirar um cochilo.

My dream boy Onde histórias criam vida. Descubra agora