Midoriya
Fico parado diante da porta do quarto onde a minha mãe está internada. Ela está em uma das áreas mais reservadas do hospital e a mais protegida, onde ela corre mínimos riscos de serem infectadas pela doença que deixou o pai do Kacchan acamado.
Uma certa ansiedade anseia por me controlar e desestabilizar a minha sanidade mental e luto contra isso para me manter firme até onde eu posso.
Ao mesmo tempo que eu quero ver a minha mãe e saber como ela está, esse também é um dos meus maiores medos no momento. Saber como ela está pode ser tanto bom quanto ruim e tenho medo de que nesse caso seja a segunda opção.
Caso ela esteja em um estado lamentável e muito pior do que eu suponho que ela esteja não terei as mínimas condições e nem a força emocional para suportar tal fato, afinal de conta é dela é a minha mãe e é óbvio que em um momento desses eu estaria enlouquecendo.
Depois de muito esperar diante da porta do seu quarto finalmente subo a minha mão até a maçaneta na intenção de abri-la. Estou aflito o suficiente para hesitar por alguns instantes antes de tomar coragem e abrir a porta.
Ao entrar no quarto, fico diante da minha mãe, que está acamada e conectada a alguns aparelhos médicos que provavelmente estão a ajudando em algumas necessidades que no momento são mais necessários do que normalmente seriam.
Ela está dormindo em um sono tranquilo e calmo, diferente do que ela estaria passando se estivesse acordada e tendo que passar por todas as dores e incômodos tanto da sua doença quanto da quimioterapia. Faço o mínimo de barulho possível para não acorda-la, mas é inútil, pois mesmo comigo estando em silêncio ela abre os seus olhos um pouco sonolenta olhando para mim.— I...zuko – diz ela com dificuldade
Ela solta um sorriso para mim ainda com os olhos levemente pesados e fechados por conta do cansado que a mesma tem que enfrentar quase que todo o momento.
— Me desculpa por acordar a senhora. – digo
— O importante é que voc... – ela tosse umas três vezes – Que você veio me visitar.É lamentável e doloso ver a minha mãe no estado que ela está. Por mais que eu soubesse que esse dia iria chegar uma hora ou outra e tendo me preparado para quando esse momento chegasse, quando se está diante da situação na mais pura realidade tudo é completamente diferente do que se espera ser.
Nunca imaginei que passar por essa situação fosse tão angustiante e triste quanto está sendo. Eta nítido para mim que a minha inocência sempre faz eu enxergar as coisas como elas realmente são ou como elas realmente devem ser.
Parando para pensar a minha vida sempre foi assim. Eu sempre deixei me levar pela ingenuidade e me deixei ser cego por ela, sendo incapaz de enxergar as coisas que estavam estampadas na minha cara, como foi com o Todoroki.
Todas as pistas que indicavam que ele era o culpado das coisas que estavam acontecendo ao meu redor foram completamente ignorada por minha racionalidade de uma forma que chega até a ser estúpida. Por mais que eu não tenha certeza que ele realmente seja ocupado essas coisas, além de nenhuma prova ser suficiente para condená-lo, eu nunca te esqueci de suspeito que ele fosse minimamente culpado mesmo o Kacchan tendo me alertado tanto.
Eu sei que é cansativo ouvir eu falar sempre do mesmo assunto e está constantemente pensando nas suspeitas que eu milagrosamente comecei a ter a respeito do Todoroki, mas assim como a doença da minha mãe, esse assunto está martelando a minha cabeça constantemente sim me deixar descansar por um minuto.
"Minha mãe está a beira da morte.", "O Todoroki é o culpado por tudo.", "Será que eu não estou tomando conclusões precipitadas?", "será que eu sou um bom filho?!"
Essas perguntas não param de ser passariam minha mente de uma forma que já está me fazendo abandonar minha própria sanidade mental. Estou dessa ansiedade e aflição a respeito da minha mãe juntamente com as dúvidas a respeito do real caráter do Todoroki está me consumindo de tal forma que eu não sei quanto tempo eu vou aguentar até enlouquecer de vez.
Minha mãe levanta a sua mão que está com o oxímetro ( o aparelho que fica no dedo do paciente pra poder medir a concentração do oxigênio no corpo dos acamado ) sinalizando para que eu chegue mais perto dela.
Eu sigo suas ordens e chego mais perto da mesma, cada passo fazendo com que o cheiro de roupa de cama de hospital seja mais perceptível para as minhas narinas. Ao chegar perto o suficiente de minha mãe, a mesma pega a minha mão e a segura com força, mas sem me machucar.
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My dream boy
RomanceIzuko Midoriya um jovem que está cursando o primeiro ano do ensino médio , é surpreendido com vários acontecimentos em sua vida que o leva à cometer o ato equivocado de tirar a própria vida. Katsuki Bakugou , um antigo colega de infância de Izuko Mi...