My dream boy

lembre de mim

Midoriya

   Ao olhar os seus olhos abertos, a alegria toma conta do meu corpo e não consigo conter o meu choro. Mas dessa vez o choro não é de tristeza e sim de alegria. Tudo o que eu sempre fiz questão de acreditar finalmente se realizou. O Kacchan acordou.
   Mas mesmo assim, algo nele não estava certo. Era o Kacchan, o mesmo Kacchan que eu conheço. Mas tinha alguma coisa errada em seu olhar algo diferente. Quando ele olhava para mim, seu olhar, sua expressão facial, eram os mesmos. Mas quando ele dava para qualquer outra pessoa, e principalmente para todoroki, sua expressão era neutra como quando olhamos para alguém aleatório na rua que não passa de um desconhecido.
   Deixa esses pensamentos de lado por alguns minutos pois o que mais me importa agora é que o Kacchan está bem, e finalmente acordou como desde o começo eu sabia que iria acontecer uma hora ou outra.

     — De... Ku... – diz ele conserta a dificuldade, e constante que são afetada talvez pelo fato de fazer algum tempo que está desacordado e também pelo fato de ter sofrido um grande trauma.
     — Kacchan... – não me contenha e começa a chorar mais do que eu já estava chorando antes

   Eu não costumo chorar na frente das pessoas, mas o Kacchan tem o poder de fazer isso comigo. Só ele é capaz de me desestabilizar de tal forma com que faça eu chorar em público. Esse é o dom que somente ele possui e mais ninguém e eu queria saber o porquê ele, e só ele é capaz de me tirar todas as estruturas que me mantém firme com a postura inabalável.

     — Agora está tudo bem, – digo para ele – você não tem mais com que se preocupar.

   Ele sorri para mim inclinando a sua cabeça lentamente para o meu lado esquerdo e adormecendo novamente.
   Por mais que tenha sido só alguns segundos e não tenho espaçado nem sequer um minuto com ele de olhos abertos, meu coração se encheu de esperança, não há esperança do Kacchan se recuperar, mas sim da esperança de que a minha vida não teria acabado naquele dia do incêndio da escola.
   Todoroki permanece parado o tempo todo no mesmo lugar desde que entrou nessa sala. Seu semblante é de uma pessoa assustada por algum motivo que eu não consigo compreender, por algum motivo que a minha intuição diz não ser nada bom, mas não dou atenção no momento, não é devida atenção que tal fato merece.

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   Algumas horas depois do acontecido, estamos eu minha mãe, os pais do Kacchan e o Todoroki na sala de espera do hospital aguardando as notícias que o médico tem para nos dar. Cada segundo que passa parece uma eternidade e por mais que eu sei que o Kacchan agora está melhor não deixe de me preocupar pois querendo ou não ele teve uma parada cardíaca e por mais que tenha sido por alguns segundos ele estava lá, morto, bem do meu lado.
   Não sai da minha cabeça a cena que eu presenciei mais cedo. Seus olhos estavam abertos, sua visão estava focada em mim, sua visão desfocada e confusa mesmo assim estava focada em mim, e da sua boca saia com dificuldade os sons que formavam meu nome.
   Minha felicidade foi tanta que eu não conseguiria calcular nem se me dessem a vida toda para ficar dentro de uma sala cheia de quadros e folhas para fazer anotações cheia de cálculos matemáticos só para saber o resultado da intensidade da minha felicidade das minhas emoções que estavam todas do Flor da Pele naquele momento.
   A tia mitsuki, está andando de um lado para o outro sem parar, porque está me deixando Tonto e provavelmente não só eu, mas sim a todos que estão sala de espera conosco esperando notícias do Kacchan.

     — Mitsuki minha querida, acalme-se. Desse jeito você vai acabar abrindo um buraco no meio do hospital – diz o tio Masaru com toda sua gentileza que já é comum ver em seu tratamento com todas as pessoas.
     — Como eu vou ter calma Masaru? – ela fala, um pouco nervosa, sua fala está confusa e o nervosismo está tomando conta dela mesmo que a mesma esteja lutando contra isso. – O meu filho está dentro daquele quarto, sendo examinados por um monte de médicos e nenhum deles veio nos trazer notícias. E já faz horas que estamos aqui esperando. Tenho motivo suficiente para estar nervosa e agitada, não acha?
     — Minha amiga, – minha mãe começa a falar também com sua gentileza de costume e com tratamento casual que ela sempre tem falando com a mãe do Kacchan. Acho que pelo fato dela ser amigas há tempos – entendemos toda a sua preocupação. Essa situação é mesmo difícil de se passar e manter a calma. – a tia me disse que faz uma expressão de como quem queria dizer "pois é" – Mas por mais que seja tão difícil precisamos sim ser fortes e manter a calma e apesar da falta de informação da apreensão e da ansiedade precisamos ser pacientes e fortes pois é como o meu filho já tinha falado antes... – brevemente, minha mãe olha para mim e sorri de canto e uma forma reconfortante e amigável, tal forma que eu nunca vou me esquecer nem por um segundo, para dia sim que eu sempre me lembrarei da minha mãe. Com a pessoa que para mim eu não tenho só como mãe e sim como amiga que está comigo nas horas mais difíceis – Ele vai sair dessa, vai se recuperar e vai voltar para casa e não vai parecer que nada disso aconteceu com ele de tão bem que ele vai estar.