A visita

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Todoroki

   Saio da sala da direção um tanto quanto diferente em relação ao que me foi concedido pelo diretor, afinal de contas não é como se eu estivesse interessado em ver a minha mãe na clínica psiquiátrica onde ela está.
   Pode parecer um pouco insensível e escroto da minha parte pensar desta maneira, mas que mais sofreu nas mãos dela fui eu e agora que ela está catatônica não é como se fosse ter compaixão por ela em um passe de mágica.
   Eu obviamente não estou nem um pouco a fim de fazer essa visita para ela, Mas se caso eu não fizer chamarei muita atenção e muitos irão se questionar do porque eu não fui fazer a visita para ela, mesmo que não saibam que seja a minha mãe que esteja doente.

Bakugou

   Saio da sala na direção um tanto animado pois devido a oportunidade que o diretor acabou de nos dar, seria capaz de visitar o meu pai no hospital mais uma vez. Aliás espero que pelo menos depois desse tempo que eu fiquei sem vê-lo no hospital ele esteja melhor, não gosto de vê-lo daquele jeito tão debilitado aqui ele está ultimamente.
   Olhe para o meu lado e vejo o meu pequeno com uma aura radiante o rodeando e o brilho em seu olhar mostra o quão feliz está por ter a chance de ir ver como a sua mãe está. Fico feliz por ele afinal de contas uma das condições para eu estar feliz é que meu pequeno também esteja caso contrário, não estarei totalmente em paz comigo mesmo.
   Observo a sua alegria contagiante enquanto andamos de mãos dadas pelo corredor da escola rumo ao nosso dormitório.

     — Você parece mais animado Deku. – comento com ele
     — Deu pra notar?
     — Sim. – digo – Não tem como não notar quando você está feliz
     — Isso é ruim?
     — Não – exclamo – do forma nenhuma! É só que você não esconde que está feliz, aliás essa é uma das suas qualidades.
     — Mas também não é para menos não é Kacchan. – ele fala – Finalmente eu consegui tirar o peso do único problema que estava me desgastando.
     — Fico feliz por você pequeno. – digo – O bom é que de quebra também vou conseguir fazer uma visita para o meu pai no hospital.
     — Simm. Acho que todos nós estamos muito felizes.
     — Só espero que a minha mãe não arrume confusão com a Toga, não estou nem um pouco afim de aguentar os pitis dela.

   O pequeno me olha e vira os olhos, dando uma risada discreta em seguida.

     — Você tem que parar de se preocupar com os mínimo detalhes das coisas Kacchan. – ele diz – Nem é garantia que isso aconteça dessa vez.
     — Será?
     — Talvez ela nem se quer esteja lá.

   O pior de conversar com o Deku sobre esse tipo de assunto e saber que quase sempre ele está certo e eu terei que admitir tal fato, mesmo que eu odeie concordar com isso.

     — Ahr! – exclamou relutante – Você tem razão.
     — Eu sei. – ele fala com certo deboche – Agora se acalma e fica de boa com a situação. – ele sugere – Amanhã é um novo dia.
     — É isso aí.

+++

   Estou no meu quarto sozinho quando ouço a porta bater. Suponho que seja Kacchan, mas quando abro a porta sou surpreendido por uma pessoa totalmente diferente e que além disso, não estava com muita vontade de ver.

     — Todoroki? – pergunto surpreso
     — Oi Midoriya, posso entrar?

   Penso muito a respeito de seu pedido, e embora a minha vontade seja que ele não coloque nem se quer um pé para dentro de meu quarto, para todos os efeitos ele não sabe que eu estou desconfiado do mesmo e então para ele não existe motivos para eu estar receoso a seu respeito.

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