37° CAPÍTULO

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CONTÉM TORTURA☠️




Ângelo Fontana

A primeira coisa que fiz quando acordei às 09h:00 da manhã foi puxar os lençóis que cobriam as pernas da Lavínia, eu queria muito acorda-la chupando-a, mas vendo-a tão serena, dormindo feito um anjinho bonito, eu percebi o quão impiedoso e malvado eu seria por desperta-la do seu sono profundo, ainda que fosse de uma forma libidinosa e ela pudesse vir a aproveitar o ato. Eu simplesmente controlei meus instintos de macho predador, puxei os lençóis limpos de volta para cobri-la e fui tomar banho no seu quarto. Nós dois fizemos bagunça até as 05h:00 da manhã, lembro que tive que tapar sua boca com a mão para impedir seu gemido de aflição pela forma como eu a maltratava com o pau pela terceira vez seguida, tudo isso no mesmo horário em que os matadores chegaram. Eu me vi tão cruelmente possessivo por ela que até seus gemidos eu não queria de maneira nenhuma que desgraçado nenhum ouvisse nessa mansão, e não importava se era eu a dando prazer e provocando isso. Os gemidos dela eram meus. Simples!

Quando pensei em castiga-la essa noite meus planos eram os piores e os mais sórdidos possíveis. Eu desejava sim fude-la com toda a minha força, por que eu odiei escutar a porra do meu matador se atrever a se declarar para ela, odiei a forma como o vi olhando-a e odiei a mão do miserável na cintura dela, de alguém que ele sabia que já pertencia só a mim. Eu iria sim descarregar minha raiva e furor contra ela para marcar-me nela, iria marcar seu corpo com tapas ardidos, iria rasgar sua pele com o abridor de garrafa, iria mostrar que ela era minha e que ninguém poderia toca-la.

Mas ai, eu olhei pra ela, vi o olhar me pedindo o mundo, vi o desejo, vi o estado dela e o pior de tudo, senti meu coração me alertar que qualquer coisa de ruim que eu fizesse com ela, eu iria perde-la para sempre. Proteção não combinava com maldade. Paixão não combinava com ira. E prazer era muito melhor que causar medo e dor. E amor... amor era cuidado, afeto, e respeito. Eu podia simplesmente está agora apaixonado por ela, e eu não quero ter que descobrir isso depois de a ter machucado, isso seria um inferno lastimável. O que significa que a ira ainda está em mim carregada no meu peito e pronta para ser direcionada a alguém, e alguém precisa ser minha vítima para pagar por isso. Se eu falo que não é para toca-la, não é para toca-la e ponto. Não tem vírgula, não tem brecha, é minha palavra autoritária e inquestionável sempre. Eu a entrego liberdade, poder e o melhor do mundo, mas ainda assim ela não é um objeto tangível. NÃO VÃO TOCAR EM NENHUM FIO DE CABELO DA LAVÍNIA FADEL.

E PODE VIR O CAPETA, OU O DEUS QUE COMANDA ESSA TERRA TENTAR SE ATREVER A TANTO, E ELES ENTENDERÃO O POR QUÊ DO MEU FILHO AMADEU AINDA NÃO TER MORRIDO.

SE EU ESTOU CONTROLANDO UMA VIDA MORTA. ELES NÃO IMAGINAM O QUE EU SERIA CAPAZ DE FAZER PELOS OLHINHOS ÂMBAR AINDA VIVA.

EU PROMETI A ELA QUE NÃO IRIA MAIS MACHUCA-LA, NO ENTANTO, TODA VEZ QUE EU SENTIR ÓDIO POR ELA POR CAUSA DE ALGUM INFELIZ, ESSE ALGUÉM SERÁ PREDESTINADO A SER A MINHA VÍTIMA.

Frágil, pequena e magra, a Lavínia não será jamais escostada por nenhum outro homem com segundas intenções, ou que a faça se sentir pequena. Eu estou a criando para ser gigante e não ter medo. Eu, forte, alto e grande, sou menos digno que ela, e eu seria capaz de tudo por ela, para que ninguém nunca mais faça esses olhinhos de coruja chorar, para que ninguém nunca mais a faça sofrer. A cota de sofrimento dela eu dei um basta, e coitado do miserável que desacatar uma ordem minha.

Desligando a ducha gelada, enrolei uma toalha em meu quadril e sai do banheiro, esfregando as mãos em meus cabelos para tirar o excesso d'água. Enxergando ela acordar e sentar na cama, coçando os olhos, eu sorrio.

— Bom dia, princesa. _Desejo e ela me olha, esfrega o rosto e me olha de novo.

— Eu não estou sonhando. _Percebeu o óbvio e riu de uma forma engraçada. — Meu Deus! Que inferno de homem gostoso. _Ela afastava os lençóis do corpo e de joelhos vinha para a lateral da cama, chamando-me com as mãozinhas delicadas.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora