56° CAPÍTULO

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Ângelo Fontana


Despertei demoradamente, sentindo meu coração batendo disparado no peito e uma sensação de algo molhado, úmido e babado me endurecendo e retesando os minúsculos do meu corpo por completo, arrepiando-me cada molécula que constituí meu corpo. Abro os olhos com desconforto, uma dor de cabeça pulsátil do lado esquerdo da cabeça que a fez parecer pesada. As cortinas brancas estavam abertas e a vidraça dava claridade ao quarto suficiente para que eu vislumbrasse o por que de eu está acordando de fato nessa manhã. Agarrando no lençol fino que dormiamos, arrastei para baixo e fiquei impassível diante da Lavínia entre as minhas pernas chupando o caralho do meu pau como uma cadela esfomeada.

Automaticamente, meus olhos desviam para o móvel no canto da parede e vejo a última bebida que ela me deu antes de eu apagar. Correndo o olhar pelo chão do quarto vejo roupas dela espalhadas e que não é a camisola que tirei antes de fazermos amor essa noite. Meu corpo esquentado finalmente acorda e meu cérebro reage rapidamente. Para mim não era difícil perceber o que havia acontecido essa noite. A Lavínia me drogou com alguma substância, saiu da mansão e voltou de madrugada.

Com tudo, voltei o olhar sem emoção nenhuma para ela, onde não esbocei absolutamente nada, mas isso não diria que a voz não expressasse essa porra.

— Para, ou eu vou vira-la na cama e conseguir um anal seu na força bruta. _Sentencio num trovão.

No mesmo instante a Lavínia cessou a chupada e soltou a cabeça do meu pau, e segurando em minhas coxas ganhou impulso para erguer os ombros, o lençol deslizou por suas costas e ela sentava sobre os calcanhares. Meu olhar fuzilante pecorre seu corpo nu seriamente atento procurando qualquer indício da sua falta de juízo, trilhando suas curvas procuro qualquer rastro de que nessa sua escapada ela pudesse ter sido ferida, e a vendo intacta, afasto minhas pernas para a lateral da cama e me sento, antes que eu sentisse o calor do seu toque em meus ombros, levanto-me e com a cabeça latejando sigo até o banheiro.

De repente, estou com as mãos espalmadas na parede em frente o resisto da ducha enquanto recebo uma correnteza de água fria.

— Você está se controlando para não fazer nada contra mim? _A pergunta dela veio atrevida, desafiadora. Não gostei, e a ouvia além das pancadas de água em meus ombros pesados e cabeça.

— Exato! _É tudo o que digo até terminar o maldito banho e pegar uma toalha para enrolar nos quadris, caminhando e passando por ela já vestida na camisola que a livrei ontem, e na porta, tendo seu cheiro de lírio abraçando todo o meu ser. Por um segundo enquanto dou os passos fecho os olhos, e permito que seu aroma impregne dentro do meu ser, respirando através do ar que o trás. Chegando ao meu relógio no móvel ao lado da cama o pego, e solto um som de incredulidade. A cor ativada era amarelo e verde. Olho para trás. Ela estava de braços cruzados e numa tensão desgraçada, mirando cada ação minha. — Essas suas roupas jogadas no chão me respondem a cor amarela. Você saiu do alcance da minha segurança e deixou a coleira inativa. Se me drogou é por que me queria longe. _Balanço a cabeça, frustrado.

A Lavínia veio para perto em passos pequenos e incertos, como se eu, que a amo pudesse a machucar. E vou, mas um pouco só.

— Eu não queria você longe. Eu quis deixar o garoto protegido enquanto eu estivesse fazendo o que devia ser feito. _Confidenciou encorajada por alguma entidade de extermínio. Havia raiva, desprezo e certa satisfação na sua voz. Mas o que me deixa desnorteado é ela ter usado o adjetivo "garoto" para se referir a mim. Por um momento meu ar fica rareando e eu recolho meu celular, afastando-me dela e a dando as costas. Desbloqueio a tê-la rapidamente e entro nas mensagens e não tem nada. Ela sabe... — Amor, eu descobri tudo. _Meu coração deu pontadas e doeu como o inferno. — E eu sinto muito por tudo que você tenha passado nas mãos daquela mulher desalmada.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora