Ângelo FontanaO meu quarto cheira a lírio.
Foi isso que pensei enquanto terminava de me vestir em frente ao espelho, pois eu acordei mais cedo e precisa sair para resolver algo com urgência. Vendo-a se remexer na cama, sorrio largo, virando-me e seguindo até a dorminhoca, que sentava-se na minha cama, se espreguiçando, e focando em mim com seu rostinho angelical marcado pelo tecido do travesseiro e cabelos bagunçados.
— Então é assim que você acorda? _Pouso um joelho na cama, impulsionando o meu corpo para frente e beijando-a no topo da cabeça.
A Lavínia fecha os olhos por alguns segundos e respira fundo.
— Que perfume gostoso. _Seu rosto inclinou e ela me surpreendeu lindamente ao cheirar meu pescoço. — Eu devo está horrível.
Me afasto dela, dando a volta na cama e recolhendo minha arma, guardando-a no cós da minha calça atrás das minhas costas.
— Você é perfeita, corujinha. _Elogio, pegando meu relógio de ouro ballon bleu e o colocando em meu pulso, travando-o e exergando a hora, ficando imediatamente satisfeito por ainda ter alguns minutos com a Lavínia. 07h:03min.
— Eu não devia ter dormido com você. _Ela distanciava os lençóis e cobertas que me fez providenciar as 02h da manhã por alegar que sentia frio, mesmo o ar condicionado está acionado no 24° C naquele inverno, uma boa temperatura que fez criar uma primorosa atmosfera acolhedora e aconchegante naquele dia de frio entre nossos corpos. Eu a observo e ela se arrastava para levantar-se da cama.
— Devia ter dormido comigo sim. _É nítido o meu contentamento por ela está no meu quarto e na minha cama, despertando após apenas dormir comigo.
Recolho sua sandália do chão que se encontra do lado ao qual estou colocando minha corrente no pescoço e dou a volta na minha cama, agachando-me a sua frente e alcançando seu pézinho pequeno que não tocava o chão, e que eu fui muito burro por ainda não ter se atrevido a tocar com minhas mãos, amparando-o com as mãos, eu sentia no tato o quanto eles estavam quentinho, e o admiro por alguns segundo, contemplando seu pé limpinho, e hidratado por sentir na maciez do meu toque ao acaricia-lo, então eu me via espiando curiosamente as unhas dela cortadas corretamente e bem feitas. Vermelhas... eu gosto. Eu beijo seus pés alvo, branquinho e inalo o cheiro. Por fim a olho malicioso, mal sabe ela que me deu uma vontade desgraçada de chupar seus pés enquanto a estivesse fudendo.
— Meus lábios estão doendo, Ângelo. _Ela disse manhosa e tocava os lábios, não percebendo as perversidades promíscuas que se passava na minha cabeça só por tocar seus pés.
Sorrio, encaixando a sandália em seu pé direito e logo depois no esquerdo.
— Certamente foram as mordidas que nos demos a noite inteira. _A lembro, ficando de pé e puxando-a para pular da cama e vir para mim.
Após a presentear com a minha neve, a contar que a neve era vista por mim como um símbolo de um fenômeno da natureza divino de esperança, nós acabamos nos odiando a nossa maneira, nos bejavamos a noite toda como se a nossa droga de vida dependesse apenas disso, da necessidade de beijos, quando cessamos e paramos para respirar e abrandar o fôlego escasso já era tarde demais, eu não deixaria ela sair dos meus braços nem se me matassem... e ainda assim eu viria atrás dela. Julgo que não admito perde-la mais nem para a morte.
— Por um momento eu achei que você ia se atrever...
Eu a interrompo, roubando-a um beijo.
— Eu sei dos seus limites. Eu tentei uma vez, você não deixou, morreu o assunto. _Descansei as mãos em sua cintura. Ela me encarava e rastejava o olhar pela minha barba por fazer, nariz, olhos e cabelos.
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A MERETRIZ - Predestinada a morte
RomanceDARK ROMANCE Lavínia foi raptada do seu país para se prostituir na Suiça, mas seria capaz de fugir da morte? Seu algoz está à espreita. Resta saber se vai mata-la, ou corrompe-la. Pois ele se ver como o demônio sugador de almas.