49° CAPÍTULO

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🚨 ALERTA DE GATILHO🚨

🚨 NÃO ESQUEÇA QUE O TEMA É DARK E QUE QUANDO ALGUÉM MORRE, NÃO MORRE SEM MOTIVO🚨




Lavínia Fadel


A dor veio insuportavelmente sobrenatural e impiedosa quando acordei e me dei conta que não estava em um pesadelo inclemente e que aquela merda habitava em mim e estava definitivamente acontecendo comigo enquanto eu encontrava-se amarrada à mercê do diabo ao qual vendi minha alma, eu só esperava que o Ângelo aproveitasse a vida a partir de agora, pois me dói tanto pensar que estou passando por tudo isso atoa. Eu gritei com toda a força que minha garganta pudesse aguentar sem que rasgasse tudo por dentro, e as lágrimas rolaram pela lateral dos meus olhos sobre o travesseiro. Eu não podia suportar tamanha crueldade que aquele verme desalmado me subjugava logo pela manhã, aprisionando meu corpo imobilizado para seu domínio condenável, torpe e sujo. Eu me vi nua na parte inferior, sem a droga do jeans que eu havia dormido e que vesti após tomar banho sobre o olhar do demônio naquele noite infeliz, onde ele não me estuprou como sentia que a qualquer instante ele faria, ontem eu terminei o banho, comi algo que ele providenciou porque me viu fraca e faminta e eu fui novamente amarrada na cama como um animal selvagem, dormi por que não tive outra alternativa, e acordei agora com essa dor desconfortável e dilacerante e nua, sendo forçada e invadida por algo assustadoramente gelado.

Chorando medonha, debati meus braços tentando me soltar das cordas que estou amarrada e foi tentativa falha. Atormentada, olho para baixo e balanço a cabeça em ruína.

— POR DEUS... POR DEUS PARA... _Grito por complacência ou piedade para o filho da puta e ele riu com deslumbramento ao remeter a porra de algum objeto dentro de mim. Eu me estatelei e arfei forte, sentindo meu interior sendo ferido numa dor descomunal e infernal. Deus! Eu acabei de abrir os olhos... Por que me abandonar dessa forma?

— É um castiçal de vidro, minha mulherzinha. Eu queria um crucifixo bem grande, mas não encontrei. Eu precisava tirar um pouco dos seus pecados por ter trepado com meu filho... precisava purifica-la. _Ele afundou o objeto em minha entrada e eu gritei em horror, olhando para o teto, rasgando meus pulsos nas cordas. O miserável estava no meio das minhas pernas, segurando-as firmemente de modo que eu não conseguia sequer fecha-las. — Devia não confiar no seu maridinho ao aceitar algo dele. Meretriz, era nítido que eu colocaria algum sedativo na sua comida para você dormir profundamente e só desadormecesse com essa dor torturante e perfurante que causo em você.

Ele empurrou o castiçal de vidro mais forte e eu estremeci, aos prantos e gritando sem voz.

— Dói... está me dilacerando... Pelo amor de Deus... Vem você... Faz você. _Imploro para que ele use o seu corpo para cometer a violência contra o meu e não use mais aquele maldito objeto achando que está me purificando. A dor era tamanha que me cortava internamente. Qualquer coisa era melhor que aquilo, até mesmo suportar seu pau nojento.

Ele puxou o objeto para fora e eu desabei em lágrimas dolosas de alívio. Então ele veio para cima de mim, mostrando-me o castiçal de vidro, o objeto decorativo que usavam em igrejas e em decoração de casas. Olhei com repulsa para àquilo que por um milagre não estava sujo de sangue, a base do castiçal era larga, a ponta onde se colocava apenas uma vela compatível era mais fina e a haste, o corpo do castiçal havia ondas onde os dedos do miserável estavam encaixados.

— Agora que sabe que sou o próprio demônio e te causei tanto pavor ao ponto de está com o corpo horripilante e trêmulo, vamos conversar. _Ele jogou o castiçal no chão, assustando-me com o barulho de vidros quebrando. O olhar dele voltou-se para o meu rosto e rastejou para meu pescoço, então ele tocou a coleira. Eu choro com dor no interior do meu corpo. — Ele não vai te encontrar. Não tem mais esperanças para uma meretriz como você. Seu destino será esse, dias horrendos e apavorantes ao meu lado.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora