29° CAPÍTULO

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Lavínia Fadel

No dia seguinte os três matadores; a mando do Ângelo no café da manhã, me levaram para conhecer um dos bunkers do clã aqui da Suiça. Ontem foi uma noite muito conturbada para mim e até mesmo para o Ângelo, a coisa deveria está muito feia pro meu lado para que ele, o mais perverso entre todos tenha enfrentado o seu orgulho e me confessado que meu próprio pai o pagou para me matar. Eu estou jurada de morte no país onde nasci.

Foi e está sendo muito complicado para eu digerir tudo isso, parece que minha vida toda é só percalços pelo caminho, também muita desgraça e uma enxurrada de tristeza e sofrimento. Chorei quando o homem que eu amava foi me arrancado, chorei quando meu irmão foi me arrancado dos meus braços, chorei quando não vi saída e fui obrigada a me prostituir e ontem, após o Ângelo me deixar na porta do meu quarto não foi diferente, chorei em depressão e em crise de ansiedade dentro do banheiro ao tomar banho, é muito doloroso saber que por ser mulher eu era vista pelo meu pai como uma moeda de troca, e quando ele não pode mais obter resultados comigo por eu ter fugido, mandou um algoz me procurar e matar.

Até um assassino com um passado tenebroso teve mais compaixão por mim do que o meu próprio pai.

Ao sair do carro e bater a porta com força, rapidamente olhei em volta do local deserto, percebi o abandono do lugar no meio do nada pela demora para chegar até aqui e vendo tudo ao redor é perceptível o isolamento extremo, meus olhos curiosos varreu o chão e vi algumas gramas mortas e galhos secos por toda parte, o que revelava que aquele local havia sido capinado para a construção daquela estrutura medonha de tão grande, o tal bunker visto de frente fazia a divisa entre o céu e sua estrutura, era praticamente um muro de concreto erguido sobre o chão e extremamente bem feito, posso está enganada, mas olhando daqui parece ser somente um andar, mas que certamente seguiria em linha reta pelos fundos como uma fileira inteira de casas.

Alguém toca meus ombros e eu olho para o lado, semicerrando o olhar e trazendo uma mão para fazer alguma sombra em meu rosto e proibir os raios de sol de queimar meus olhos. Era o matador 27 ao meu lado.

— Tudo bem? _Ele perguntou. — Parece em alerta. _Notou.

— Acredito cegamente que minha vida será assim a partir de agora. Olhando para tudo em volta e com medo de morrer. Sabe, não é todo dia que a gente descobre que nosso papai contratou justo o dono de vários clãs, sendo esse um matador de aluguel nato e que mata brincando, para simplesmente te assassinar. _Digo a espreita.

Se eu dissesse que estava me sentindo segura com os três aqui e agora, eu estaria mentindo. Mas eu tenho um trato com Ângelo, nós dois estavamos fudidamente aliados com toda essa merda jogada no ventilador. Eu com meu calvário de ter um pai misógino e ele por ter um pai que tinha o capeta nos coro.

Cara, que horror ler aquelas palavras daquele mostro.

O monstro naufragava o filho, uma criança, em um lamaçal de sujeirada a cada palavra escrota e escrita a próprio punho naquele livro idiota, ele culpava o Ângelo e ainda prometia banho de sangue, mesmo já tendo arrancado a alma dele quando criança.

Filho da puta.

Por culpa desse nojento eu não pude nem tocar no peito nu do desgraçado do Ângelo nas vezes em que trepamos.

— Eu a entendo por está na defensiva e sobreaviso, mas está segura conosco. _ O matador 27 retirou o óculos escuro, umedeceu os lábios carnudos e raspou a mão sobre o cabelo loiro, tudo olhando-me, retirando o ar do meu pulmão por ser um rapaz bonito.

— Vamos entrar, Lavínia. _ Era o matador 2, de pele morena, porém bem mais clara do que a pele do Ângelo, já que aquele maldito gostoso tinha uma pele quase dourada surreal. Ele deu alguns passos e ficou na minha frente, sorrindo e escondendo as mãos no bolso do shorts despojado que usava. — Você vai conhecer o nosso arsenal. _Revelou e finalmente eu compreendi o motivo de eu estar aqui. Isso significava que o Ângelo não mentiu para mim ao dizer que me prepararia para o ataque, pois hoje eu conheceria todas as armas do clã da Suiça.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora