13° CAPÍTULO

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Lavínia Fadel



— Onde me trouxe? _Questiono ao olhar para uma casa muito bonita. Uma casa não, uma mansão, parecia coisa de filme.

— Minha casa. _Ele falou simples assim e saiu do carro, assustando-me ao bater a porta com força e dando a volta para abrir a porta do banco onde estou tirando o cinto. Meu Deus! Por que raios ele me trouxe para a casa dele?

Pouso meu salto para fora, firmando no chão e pego em sua mão estendida, saindo do carro e quase suspirando por vislumbrar aquela mansão surreal. Então ele é rico.

Claro que é, Lavínia. É só ver as roupas desse homem, o relógio e os anéis.

Não querendo demonstrar muito deslumbre e não parecer uma pessoa que nunca viu uma mansão tão de perto, limpo minha garganta e solto sua mão grande. Eu respiro firme e passo as mãos pelo tecido do meu vestido.

— Eu preciso voltar para a casa. _O olhei preocupada, lembrando que poderia ter muitos problemas se não desse notícias a cafetina. — Não faço programa que não seja no bordel.

O olhar daquele homem escureceu e sua mandíbula cerrou, como se o que eu acabei de dizer pudesse ter o desagradado muito.

— Não trouxe você aqui para fazer programa nenhum. _Seu olhar era decepcionado e a voz uma força de outro mundo. Vi ele retirar o celular do bolso e discar um número, colocando a chamada no viva voz para que eu ouvisse.

— Senhor Fontana, o que devo a honra? _É a cafetina, mas o que chama minha atenção é o mesmo sobrenome gravado naquela faca. Fontana... ele era um Fontana. Se aquela faca era uma herança de família destinada a alguém que pecou, seria ele o pecador?

Aliás, como esse homem chegou até mim e me salvou na estrada?

Ele simplesmente matou e explodiu uma viatura da polícia.

E não me matou quando fui tão atrevida com ele no caminho. Mas eu estava nervosa e fiz isso por que não consegui ficar quieta, eu pensava mil formas de virar cadaver e ele me arrasar depois de morta. Ele é louco!

Isso quer dizer que minhas chances de sobrevivência estavam ficando escassas, pois não se podia adivinhar quando esse doente poderia meter uma bala em minha testa.

— A Lavínia está comigo, irei levá-la de volta amanhã.

Eu nego, balançando a cabeça e a expressão dele fica carrancuda.

O que esse homem pretende fazer comigo aqui sozinha com ele?

Me matar?

— O policial disse que a traria de volta...

— Não importa o que ele disse. Estou te informando que a Lavínia está sobre o meu poder e eu a levarei de volta. _Ele indagou autoritário e eu engoli saliva, arrepiando-me com o tom de voz.

— Eu poderia falar com ela?

Ele veio para perto e foi infeliz a minha tentativa idiota de não respirar o seu cheiro forte de perfume masculino.

Os olhos dele me pediram sob pressão para que eu atendesse o pedido da Margaret.

— Estou ouvindo. _Digo e desvio os olhos para o visor do seu celular.

— Não cometa nenhuma besteira e volte para casa amanhã. _Ouço dela. Era uma ameaça velada. Eu nem poderia fugir caso pudesse, meu irmão está num internato onde só essa maldita sabe.

— Não se preocupe.

— E não esqueça. Nada é de graça. _Ela lembra e eu faço careta. Ela quer que eu cobre caso dê para esse homem?

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora