20° CAPÍTULO

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🚨CONTÉM CANIBALISMO

Deixando claro aqui que não concordo com nada escrito e que já avisei que viria um Dark Romance com personagens problemáticos.

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Ângelo Fontana


Eu, que tinha todos os motivos para não ter clemência, para odia-lá, machuca-la até que ela se esvaisse em sangue denso e viscoso, feri-la da forma mais imprópria, sórdida e imoral possível, estava diante de um anseio interminável por qualquer olhar ou gesto que pudesse acalentar o vazio da demora por suas próximas palavras. Para vislumbrar e mirar sua escolha...

O olhar dos meus homens sobre mim era uma mistura de confusão com incredulidade. Lavínia, uma mulher que devia está morta, sendo simplesmente alvejada por mim, e tendo a mudança aparetemente abrupta de alguém predestinada a morte convidada a matar aqueles que a deram agonia e dias intermináveis de dor latente, onde sua alma se escondeu do seu corpo e fugiu para algum lugar que eu sabia que seria encontrada.

Eu, que tinha planos de machuca-la miseravelmente, e eu tinha um ódio mortal para isso, olhar para a corujinha dos olhos bonitos era como olhar para o meu fracasso. Eu não a matei e eu não sei ainda o porquê...

Eu sonhei ansioso para esse dia, o dia em que sentiria o sangue dela escorrer por minhas mãos, o dia em que sua respiração pararia de vez e que jogaria seu corpo na floresta e deixaria para os animais selvagem fazer o restante do trabalho. Eu, imaginei por todas as vezes que a vi uma tortura diferente e todas acabavam da mesma forma, eu a fudendo em desespero, investindo em penetração fundas e dolosas, até ouvi-la gritar para que eu parasse. Não teve um dia em que não a fiz gritar, machucar e a sangrar em minha mente deturpada.

Eu ultrupassei todos os meus limites, se isso significava trazer para fora o mal e o demônio que habitava dentro dela, eu a condenaria a viver o meu mundo comigo. Por que eu não conseguia acreditar que haja pessoas tão anjo ao ponto de não querer provar do sabor fulminante da vingança.

Eu não me importava de vê-la na sua versão condenável, desde que isso significasse que ela ficaria comigo agora.

Eu precisava cruelmente que ela lutasse comigo, mas também por mim, por que eu queria encontrar forças das trevas para encontrá-lo e mata-lo. Matar o homem que foi meu carcereiro por muito tempo... o homem que ainda me atormentava em pesadelos desde muito pequeno.

Eu não me importava de dobrar e manipular a Lavínia para descer comigo ao mundo sombrio que mergulho desde a adolescência. Eu só não queria mais descer sozinho. E ela tinha motivos para ir comigo, também sofreu.

Eu estava diante da utopia mais linda em que poderíamos exterminar os nossos tormentos. E meu coração quase pulou da minha boca quando veio sua resposta para o meu pedido sanguinário.

— Está me chamando para fazer parte do seu clã de matadores? _Perguntou em um timble que não havia tanta indignação quanto pensei que teria, a aceitação da minha proposta ardeu em mim quando ela virava os calcanhares na porta, uma ação forte e potente de ser comparada a interesse.

Estendi um olhar frio de ordem para os três homens presentes na sala e sinalizei para que nos deixassem sozinhos. Eles não pestanejaram, exigências por mim nunca deixou de serem acatadas, isso me embebedava deliciosamente com o gosto saboroso do poder sobre as pessoas.

Então minha atenção extrema voltou-se para minha convidada ao trono de matança. Eu queria ela reinando comigo, isso era um fato.

De pé, vaguei até a pequena estante de madeira na cor mogno de verniz e recolhi o decanter com conhaque, servindo uma boa quantidade num copo da coleção de cristal lapidado.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora